Foram nove dias longe. Nove noites de cama vazia, de travesseiro cheirando só a sabonete de hotel, de ligações rápidas por conta do fuso e mensagens que, por mais intensas, nunca substituíam a presença.
"Você já tá quase voltando, né?", ele escreveu na quarta noite.
"Contando as horas." respondi.
Lucas sempre teve esse poder sobre mim: me fazer querer voltar mesmo quando eu ainda nem fui. Nosso casamento era assim — um equilíbrio entre saudade e presença, entre espaço e desejo. Nos últimos dias, nossas mensagens esquentaram. Entre uma foto do pôr do sol e outra da minha comida, começaram a surgir confissões abafadas de saudade, de carência, de vontade. Eu conhecia aquele tom dele. Ele queria mais que minha volta.
O voo chegou às 17h45. No caminho do aeroporto, no Uber, eu não conseguia pensar em mais nada. Revisei a camisa três vezes, conferi se o perfume ainda estava no ponto. Mandei uma última mensagem:
"Chegando, amor."
"Tô te esperando. Fiz seu jantar favorito."
A porta se abriu antes mesmo que eu tocasse a campainha. E lá estava ele.
Lucas. Camisa preta de algodão colada no peito, um sorriso contido como quem espera há horas. Os olhos dele me atravessaram — o tipo de olhar que aquece mais que o abraço. Mas o abraço veio. Forte, longo. Um abraço que grudava e que dizia, sem palavras, não some mais assim.
"Você tá mais bonito ainda ao vivo", ele disse perto do meu ouvido, e eu senti os arrepios subindo pelas costas.
Jantamos juntos como se fosse a primeira vez. Ele fez massa com molho branco, meu favorito, com vinho tinto encorpado, música baixa ao fundo. O clima era de reencontro, mas também de espera. De promessa.
Conversamos muito, mas havia silêncio entre as falas. Silêncio com sabor. Sorrisos que não eram só gentileza, eram desejo em repouso. Os joelhos que se tocavam sob a mesa. Os dedos que se procuravam de leve, como quem estuda o caminho antes do toque completo.
Quando terminamos, ele recolheu os pratos e disse com uma voz baixa, carregada de intenção:
"Você parece exausto. Quer tomar um banho e deitar?"
Assenti. E era verdade. O corpo cobrava o fuso, o tempo, a saudade acumulada. O cansaço foi maior que a vontade de estender a noite.
Deitei ainda com o cheiro do sabonete no corpo, e Lucas veio logo depois. A cama que parecia estranha nos últimos dias voltou a ter o cheiro e o calor dele. Dormimos abraçados. O tipo de sono que o corpo não luta, só se rende.
E aí veio a manhã.
Acordei com a luz tímida atravessando as frestas da cortina. O relógio marcava 6h03 da manhã, e meu corpo ainda estava em meia rendição ao sono. Mas havia algo mais me acordando. Algo quente, suave… vivo.
Lucas.
Seu corpo estava colado ao meu, costas contra meu peito, como se não tivesse se mexido a noite inteira. A respiração dele era lenta, mas os quadris... se mexiam de leve, num ritmo quase imperceptível, como quem sonha e se entrega sem saber.
Eu sorri.
Acordar assim era quase um convite.
Minhas mãos buscaram instintivamente a cintura dele, e ele suspirou. Acordado. Fingindo estar dormindo. Meu pau ja sabia o caminho de seu cuzinho, encaixou perfeitamente. O sorriso em seu rosto o entregava.
"Você tá acordado faz tempo, né?", murmurei, roçando os lábios na nuca dele.
Ele não respondeu. Só se empinou mais, encaixando-se perfeitamente e meu pau latejou sentindo aquele cuzinho quente de chegando e se abrindo aos mesml tempo. Lucas sabia o que fazia.
"Safado..."
"Sentindo saudade", ele murmurou, virando o rosto o suficiente pra me encarar com um olhar carregado de fome contida.
Beijei seus ombros, depois a curva do pescoço. A pele dele estava quente, sedenta. Quando deslizei a mão pelo seu peito, ele arqueou levemente, guiando o toque, oferecendo o corpo como um terreno conhecido, seu cuzinho foi se abrindo e meu pau entrando aos poucos, ele gemendo e tudo estava excitante.
"Você não imagina quantas vezes eu sonhei com isso nesses dias", ele sussurrou, agora se virando de frente.
O beijo que nos calou em seguida foi lento, profundo. Tinha gosto de reencontro, de urgência, mas também de intimidade. Nossos corpos já sabiam o caminho, mas os corações batiam como na primeira vez. A bunda dele se entrelaçaram no meu pau e nas minhas bolas, quando sua mão desceu por minha cintura, ele mordeu o lábio.
"Me mostra que voltou mesmo...me soca, acaba com meu cu amor"
Lucas não precisava pedir.
O jeito como ele me olhava — entregando-se inteiro, olhos cerrados de prazer antecipado — dizia tudo. A pele dele pedia, gemia sem som. O corpo falava uma língua só nossa, e eu estava pronto pra respondê-la toda.
Posicionei-me, coloquei lubrificante, e fui metendo com mais força, meu pau entrava e ele gemia mais alto cada vez que entrava mais, minha pixa entre sua bu da, e ele abriu espaço como quem já esperava há dias. Beijei suas costas, seu pescoço, Lucas estava entregue. Os olhos semicerrados, o quadril movendo-se sutilmente, como quem implora sem dizer.
"Vai..mete mais.", ele pediu, ofegante.
"Me fode mais rápido."
Me inclinei, encostando meu corpo mais perto das costas dele e comecei a macetar com toda força.
"Você é meu."
E fui.
Com firmeza. Com carinho. Com fome, com rapidez.
Lucas me recebeu com um gemido rouco e um sorriso satisfeito, enquanto eu o comia, ele batia punheta. Ele gozou primeiro melando o lencol da cama.
Ele era intenso. Guloso. E adorava provocar. Se movimentava como quem queria me enlouquecer, seus movimentos e reboladas deixava meu pau cada hora latejando mais e mais. Cada investida era recebida com prazer escancarado, com gemidos abafados no travesseiro, com mãos me puxando mais fundo.
"Mais…", ele pedia, entre suspiros.
Beijei sua boca, sua nuca, seu ombro. Beijei como quem agradece o corpo que se oferece inteiro, sem pudor. E continuei, firme, sentindo cada reação dele como se fosse minha. Sentia seu cuzinho piscando depois que ele gozou. Cada estremecer, cada arquejo, cada aperto dos dedos na minha pele.
Estávamos em um ritmo só.
Ele gemia e pedia leitinho no cuzinho.
Nossas respirações estavam mais ofegantes
E quando o clímax veio, meu gozo não foi só físico. Foi um transbordar de tudo o que tínhamos acumulado nos últimos dias: saudade, amor, necessidade e vontade de foder.
Lucas se desfez gemendo quando percebeu que comecei a gozar, ele gritava meu nome.
Tallis, voce ta melhor a cada dia. Tenho sorte de ter casado com voce.
E eu fui logo depois, envolvido pelo calor dele, pelo cheiro de sexo, pelo som abafado da nossa intimidade preenchendo o quarto.
Ficamos ali. Suados. Ofegantes. Abraçados.
Ainda com as pernas entrelaçadas, os corpos colados e meu pau amolecendo dentro do seu cuzinho.
Ele sorria. Eu também.
"Bem-vindo de volta", ele disse, com a voz arrastada, quase rindo.
"E você é um baita anfitrião", respondi.
No final fui ver o cuzinho do meu macho e percebi que tinha arrombado mais que nas outras vezes.
Silêncio.
Depois, só o som dos nossos corações tentando desacelerar, enquanto o sol tomava o quarto aos poucos.