Nunca tive interesse sexual na Rose. Ela era amiga dos meus pais e sempre me viu mais como uma criança do que qualquer outra coisa. Mas, ao observar aquela foto, fiquei completamente enrijecido. Resolvi curtir e comentar:
— Está linda.
Ela curtiu o meu comentário. Fiquei ainda mais excitado. Não sou de correr atrás de ninguém em rede social, mas, naquele momento, meus desejos carnais falaram mais alto.
— Tudo bem com você? Que saudades.
Ela respondeu:
— Oi! Tudo sim. Saudades de vocês também. Todo mundo bem por aí?
Fiquei encarando o chat por alguns minutos, sem saber se mandava outra mensagem. Mas o calor no peito e a tensão lá embaixo não me deixavam quieto.
— Sempre achei você tão elegante… essa foto me pegou de surpresa — escrevi.
Ela visualizou rápido. Digitou, apagou. Digitou de novo.
— Haha, obrigada. Você está crescido, hein?
Essa resposta acendeu algo. Eu precisava continuar.
— Crescido em todos os sentidos…
Dessa vez ela demorou mais para responder, mas respondeu.
— Olha o respeito, mocinho.
Mocinho. Aquilo me fez sorrir. E endurecer de novo.
— Desculpa, Tia Rose… é que é difícil não notar como você tá linda. Sempre foi, na verdade. Esses pezinhos, essa sua boca...
Ela mandou um emoji de risada seguido de outro com um coração.
— Bobo. Vai dormir.
Mas não fui.
Esperei uns minutos. Tirei uma foto. Estava pelado, deitado. Cortei o rosto, só o abdômen, a virilha… e claro, ele. Mandei para Rose e depois que vi que ela visualizou eu apaguei.
— Foi mal, achei que tinha mandado pra outra pessoa.
O coração batia na garganta. Arrependimento e adrenalina se misturavam. Eu tinha ultrapassado todos os limites.
Ela visualizou. Silêncio por uns bons minutos.
— Você tem noção do que mandou?
— Juro que foi sem querer.
Mais silêncio.
— Você está diferente. Atrevido demais. Isso é errado, sabia? Mas como ele é grande hein. Meu pai amado.
Eu apenas respondi com emojis de fogo. Tia Rose era mais safada do que eu imaginava.
Ela digitou algo longo. Apagou. Mandou apenas:
— Você não faz ideia com quem está mexendo…
Meu corpo inteiro arrepiou. Ela não bloqueou. Não se afastou. Ela viu. E continuou ali.
— Talvez você possa me mostrar.
A mensagem foi entregue. Visualizada.
O coração batia forte no meu peito, os dedos tremiam. Eu não sabia se ela responderia… ou se isso seria o fim da nossa conversa.
Até que a notificação apareceu.
Foto recebida.
Abri. Era ela, no banheiro. Cabelos molhados, a toalha branca enrolada no corpo, tampando os seios com uma mão, a outra segurando o celular. O espelho embaçado. O olhar direto, firme — mas com algo escondido ali… uma provocação silenciosa.
Logo depois, outra mensagem:
— Tem certeza que quer continuar com isso?
Fiquei paralisado por um instante. Não sabia se respondia com ousadia ou respeito. Mas eu já tinha cruzado a linha, e ela também. Mesmo tentando manter o controle, ela estava jogando comigo — e eu não queria parar.
Digitei:
— Nunca tive tanta certeza de nada na minha vida.
Ela visualizou. Nenhuma resposta imediata. Apenas três pontinhos de digitação… depois, o silêncio.
Minutos se passaram desde minha última mensagem. A tela do celular permanecia silenciosa. Nenhuma nova notificação, nenhum emoji. Só o reflexo do meu rosto suando, esperando, desejando.
De repente, vibração.
“Tia Rose está te chamando em uma vídeo chamada.”
Fiquei paralisado por dois segundos. Depois atendi, com o coração batendo forte demais no peito.
A imagem abriu. Ela estava com a câmera frontal ativada, ainda no banheiro. Os cabelos molhados colados à pele, a toalha branca agora amarrada frouxamente no peito. O vapor ainda tomava parte do espelho atrás dela. O rosto estava meio sombreado, sensual, mas firme.
— Você não perde tempo, hein? — disse ela, com um meio sorriso.
— E você gosta disso? — respondi, tentando parecer mais seguro do que eu estava.
Ela ergueu uma sobrancelha.
— Talvez...
Com a outra mão, segurava o celular. A toalha começou a descer, imperceptivelmente. Primeiro, um pouco do colo. Depois, os ombros. Devagar. O silêncio entre nós era cheio de tensão.
— Eu devia desligar agora — ela sussurrou, mas não desligou.
— Mas você não quer — falei, quase sem voz.
A toalha desceu mais. A curva dos seios quase apareceu. Ela segurou ali. Parou. Me olhou pela tela.
— E você? Vai ficar só olhando?
Inclinei o celular. Mostrei como eu estava: nu, deitado, rígido, pulsando por ela.
Ela soltou um suspiro curto e mordeu o lábio inferior.
— Meu Deus… — murmurou.
— Isso tudo é culpa sua.
Ela riu, com aquele ar de mulher que sabe exatamente o efeito que causa.
— Então… o que você quer que eu faça agora?
A toalha escorregava, mas ainda cobria. Ela estava testando limites. E eu estava mais do que pronto para cruzá-los com ela.