A Esposa de Todos — Viagem de Miami.



A Esposa de Todos

LUNA.

Ainda falando do George, primeiro amante, há seis meses atrás, em Miami, Flórida, Estados Unidos.

Quando a transa terminou, fiquei sem fôlego nos braços do Théo. O cheiro do amante, impregnado na minha pele. O coração: tum-tum-tum, acelerado. Meu corpo inteiro tremendo de emoção, de tensão, de liberdade.

George saiu lentamente da cama, eu olhei para ele nos braços do meu marido, querendo memorizá-lo, guardar a imagem do seu rosto, do seu pênis, o gosto do seu beijo, que trocamos tantas vezes naquela tarde quente.

O mais curioso: é que mesmo com toda aquela confusão na minha mente e sensações, meus olhos procuravam o Théo. Ele, ao meu lado, inclinado para frente, com um olhar que eu jamais esquecerei: intenso, atento, quase colocando uma coleira em mim, para eu não o abandonar e ir embora com George.

Com certeza: se não fôssemos casados, ou estivéssemos namorando, ou ficando por pouco tempo, isso iria acontecer. Transar com o lindo do George, foi diferente. Nem o Théo, nem nenhum outro homem antes com quem transei, me fodeu como o George.

Tive a ponto de “explodir” durante o coito. Sua pegada. O cheiro da sua pele escura. As tatuagens sob meu corpo. O pênis delicioso em movimento. O contraste de nossas peles. Foi mil maravilhas!

Amei humilhar o Théo, era impossível não fazer isso. Ficar nua e fazer sexo com outro homem na frente dele. Foi, como, se meu esposo, estivesse lendo minhas reações.

Cada estocada que eu tomava, eu olhava para ele. Vi sua excitação, o jeito como se masturbou. Vi seu nervosismo. Vi sua adrenalina.

É engraçado saber que: estávamos vivendo algo que, até pouco tempo atrás, parecia impossível.

Quando George se despediu de nós e saiu da suíte. Eu e Théo ficamos alguns minutos calados. Ele fumando na sacada. Eu deitada na cama. Cada um respirando seu próprio momento.

Tomei um banho, porque além do cheiro do George na pele, havia o cheiro forte de sêmen na bunda e nas costas.

Depois, fui até Théo e me deitei no colo dele. Meu amor passou a mão no meu cabelo e me beijou. Eu entendi que aquela tarde não tinha sido só minha ou do George. Tinha sido nossa, de Théo e minha.

Théo.

Que porrada no estômago, senhora Luna, depois de eu ler a sua parte. Quer dizer: você me abandonaria pra ficar o George?

Brincadeiras à parte: Nosso terceiro dia em Miami, amanheceu com muito calor. O vento morno entrando pela cortina do quarto da suíte. Luna dormia profundamente nua, linda e gostosa. Babão, fiquei alguns minutos olhando para a minha esposa, pensando na sorte de casar com ela, e pensando na transa dela com George.

Quando a amada acordou, tomamos café da manhã, e decidimos sair cedo. Alugamos um carro e rodamos pela cidade. Visitamos lugares que tínhamos visto só em fotos. Passamos pela Ocean Drives, visitamos a Lincoln Road, região cheia de lojas e cafés, e andamos à beira da Biscayne Bay, observando os barcos que cruzavam o mar.

Almoçamos num restaurante de frente para o mar, em Key Biscayne. O vento se misturava ao cheiro da comida com o sal do mar. Luna, com os cabelos soltos e um vestido floral, embelezava a paisagem. Sem constrangimentos, conversamos sobre a transa.

Perguntei: se ela queria continuar ou parar? Ela optou em continuar. Disse que gostou da experiência e queria um outro amante.

Depois, seguimos para South Beach e caminhamos pela areia clara, entramos no mar, que estava morno, água transparente. Ficamos ali por horas aproveitando. No fim da tarde, voltamos para o hotel.

LUNA.

Ao chegar no hotel na companhia do Théo, o olhei, e lhe disse:
— Amor… se tudo der certo nessa noite, quero continuar te traindo para sempre. Quero repetir com outros homens…

O Théo, ele se assustou com o meu pedido. Arregalou o olhar incrédulo. Ficou processando cada palavra, um pouco chocado. Riu, me beijou, mas não falou nada, não contra-argumentou.

Sentamos na cama, cada um com seu smartphone na mão, pesquisando as boates próximas. A ideia não era qualquer lugar, queríamos uma animada, com música eletrônica, e que fosse propícia para o que eu tinha em mente.

Depois de algumas pesquisas, escolhemos uma, na Ocean Drive, uma boate famosa e bem frequentada na região.

— Então está decidido — eu disse. — É lá que a gente vai caçar hoje à noite.

Théo.

Chegamos à porta da boate, pouco depois das dez. A fila estava curta. Bonito, era a fachada iluminada em tons de vermelho e laranja. Parecia uma nave espacial. Muito legal.

Pagamos a entrada. E ao entrar, fiquei enjoado, com a mistura de perfumes doces, das mulheres, e o cheiro de vômito derramado no chão. O som era alto, daqueles que a gente sente no peito tremer e os ouvidos doerem. As luzes se movimentavam no teto, alternando flashes azulados e vermelhos, revelando por frações de segundo os rostos, os sorrisos e as mãos que se tocavam na pista.

Eu e a Luna, paramos no bar. Pedi um whisky com gelo, e ela, um mojito gelado. Enquanto esperávamos, observei ao redor.

Havia casais trocando beijos, mulheres dançando juntas, mulheres beijando mulheres. Homens de todos os tamanhos e cor, exibindo camisas abertas até o peito, e um ou outro vestido tão justo, que grudava no corpo. No fundo, no palco, dançarinos e dançarinas, faziam coreografias sensuais ao ritmo da música eletrônica que se misturava a batidas latinas.

Foi muito bom, eu sentia meu coração acelerar, de alegria, mas não era só pela música. Era pelo que sabia que viria. Os olhos da Luna brilhavam, quase o mesmo de ontem à tarde.

Em um determinado momento, ela apoiou a mão no meu braço, inclinou-se para falar no meu ouvido, e mesmo com todo o barulho, sua voz veio clara:
— “Vida… hoje, sou eu quem vai escolher, tá?”

Deu um arrepio na cervical, ao ouvi-la dizer aquilo. Não discuti, apenas dei um gole no whisky e a olhei, enquanto ela deixava o olhar percorrer o salão, como quem folheia um cardápio de restaurante, analisando cada homem que passava por nós e os mais distantes.

Antes de a minha esposa buscar outro homem. Puxei a safada pela cintura e a beijei. Não foi um beijo rápido. Foi lento, intenso, com minha mão deslizando pela curva de suas costas até encontrar as nádegas. Ela retribuiu, acariciando meu peitoral e descendo os dedos pelo meu braço. Alguns curiosos, ficaram nos observando.

As bebidas, somadas ao clima bom da boate, nos deixaram mais leves. Ríamos e nos tocávamos sem vergonha alguma.

Assim que paramos de se pegar na boate. A Luna se afastou um pouco de mim, para olhar alguém. Seus olhos se fixaram em um ponto próximo à pista de dança. Segui seu olhar e vi um homem fantasiado de “Máscara”, aquele do filme. Ele estava tirando fotos com os frequentadores da boate.

Luna me chamou, então fomos os dois até o cara trajado de “O Máscara”. A doida da Luna me olhou, e avisou:
— “Vida, eu quero, ele.”

Parei ela, segurando-a pelo braço, e respondi: Você é doida, nem sabe como ele é?

Mesmo assim, e, sem esperar resposta, ela caminhou na direção do homem. Acompanhei-a a poucos passos, observando a forma como minha esposa mudou sua postura. Os ombros erguidos, o balanço do corpo, o olhar que não se desviava do alvo.

Quando chegou perto, tocou o braço do homem mascarado para lhe chamar sua atenção. Ele virou-se, e eu vi o exato momento em que os dois se mediram com o olhar. Fiquei com ciúme? Sim, com certeza. Caralho. O Máscara? Aí é foda.

Não ouvi o que eles falaram, porque fiquei alguns metros distante deles. Mas nem precisou de tradução. Pelo movimento corporal, havia um imediato interesse das duas partes. Tanto, que pude registrar essas fotos abaixo, vejam lá e subam para ler o resto.

O Máscara pegou nos seios da minha esposa, na boate, com várias testemunhas olhando. Pior, foi o sorriso lindo dela, com ele tateando os seios. Fora da lente da câmera. Luna conversou com o mascarado. Seu nome é: José Francisco, mas se pronuncia: Rosé, ele é guatemalteco. Vive em Miami, desde a adolescência.

Em suma, caros leitores (as): Rosé ou José, não pôde aceitar o convite, a proposta da Luna, pelo motivo: a namorava dele, trabalhar na boate, acabando com a alegria e o fetiche da minha linda esposa. As imagens ficaram registadas como prova.

LUNA.

Com José, o homem trajado de O MÁSCARA, não deu certo. Descobri que ele tinha namorada e, ela trabalhava na boate.

Apesar do interesse e fetiche, preferi não me envolver, porque não queria brigar com a namorada do Máscara. Voltei para os braços do meu corninho, que me abraçou gostoso. O beijei com vontade, sentindo sua mão na minha cintura e descendo para minha bunda.

Naquela noite, em Miami. Meu objetivo era claro: convidar um homem, sair com ele e com o meu marido da boate, ir para o nosso hotel e transar com esse homem na presença do Théo.

Só de pensar no que aconteceu, a minha boceta, agora, está ensopada, molhadinha.

Decidimos sentar bem perto da pista de dança, onde o som das batidas eletrônicas fazia nosso corpo vibrar. De lá, podíamos observar tudo: casais se beijando, grupos de amigos rindo alto, e homens bonitos — muitos homens — que me chamavam a atenção.

Enquanto conversávamos e bebíamos, analisávamos possíveis outros candidatos. A cada gole, trocávamos olhares e comentários sobre quem poderia ser o escolhido.

Quando mais a madrugada se aproximava, mais a boate foi enchendo. A pista ficou lotada, os outros ambientes também.

Gente, por um instante, senti uma preocupação boba me tomar: havia tantos homens bonitos ali que a ideia de ter que escolher apenas um me deixava um pouco desanimada.

Não desisti do objetivo: Foi perto de uma das colunas, ao lado do bar central, que o vi pela primeira vez. Estava sozinho, encostado no balcão, mexendo distraidamente no gelo do copo com um canudo.

Ele era lindo, alto, ombros largos, cabelo castanho-claro cortado curto nas laterais, com a parte de cima levemente bagunçada. A barba curta e bem aparada, maxilar marcado, e seus olhos de cor azul. Vestia uma camisa social preta de manga dobrada até os cotovelos, e uma calça jeans escura. No pulso esquerdo, um relógio prateado.

Théo estava na mesa, observando a pista. Avisei para o corninho, que havia escolhido alguém e lhe mostrei quem era. Théo me desejou sorte, sabia podia confiar no meu instinto.

Deu muito nervosismo na hora, minhas mãos ficaram suando e geladas. Respirei fundo, alinhei a roupa e fui até ele. Quando parei ao seu lado, senti o cheiro masculino do seu perfume. Ele logo me encarou surpreso com a minha aproximação. Apoiei um cotovelo no balcão, sorri simpática, e já comecei a falar em inglês, o mais alto que pude para ele me ouvir.

Comecei perguntando seu nome. Ele se chamava: Ethan, canadense, 33 anos. Ele perguntou o meu. E lhe falei exatamente assim:

— Você parece estar aproveitando pouco a festa. Está triste? — perguntei, o encarando, jogando meu charme e sorrindo simpaticamente.

Ele deu um sorriso “amarelo”, até meio tímido, e respondeu: “Já que está aqui. Acho que você pode mudar meu desanimo?”.

Continuamos a conversa:

— Talvez eu possa, talvez, não — provoquei.

— “Você é de qual país?” — ele perguntou, curioso, mantendo o olhar no meu.

Aproximei-me o suficiente para que minha boca quase roçasse sua orelha, assim, na cara dura, falei:

— “Sou brasileira, vim do Brasil.” — Continuei… — “Tenho uma proposta que você provavelmente nunca recebeu.”

O canadense ficou olhando pra mim, desconfiado. Falei: Eu e meu marido… estamos procurando alguém, pode ser você, se você quiser, para transar, fazer sexo comigo, com ele assistindo, aceita?

Ele ficou muito surpreso com a minha ousadia, com o jeito direto, como proferi aquele pedido. Seus olhos azuis percorreram meu rosto inteiro e, depois, desceram devagar para o meu corpo.

— “Isso é verdade, ou é algum tipo de brincadeira maluca?” — O canadense me perguntou, olhando para os lados, como se estivesse procurando alguém.

Respondi em seguida: Não, não é uma brincadeira, é verdade, meu marido está ali. — Apontei com os dedos, onde o Théo estava, e o meu marido nos olhando de longe, sentado, com as luzes refletindo em seu rosto, girando o copo na mão.

Era nítido que Ethan, nunca havia recebido uma proposta tão ousada, ainda mais de uma mulher. Na verdade, ele demorou para dizer se aceitava ou não. Talvez por medo de ser assaltado, sequestrado. Ter seus órgãos vendido no mercado clandestino.

Fiquei muito impaciente na hora. E passei a ponta das unhas pelo seu antebraço, sentindo a tensão dos músculos, e disse:

— Se você tiver coragem, está convidado para vir com a gente.

— “E você acha que eu sou a pessoa certa?” — perguntou me encarando, inclinou-se para mais perto do meu rosto.

Respondi que sim e, em seguida, chamei o Théo para convencê-lo de vez, ou desistir.

THÉO

O rapaz era muito desconfiado. Luna me chamou, acenando com a mão. Levantei da cadeira e fui até eles, segurando meu copo.

Quando me aproximei deles, a Luna me disse: “Vida, ele tá desconfiado… quero que você me ajude a convencê-lo. O gringo não entendeu nada, do que estávamos falando. Ficou nos olhando, encostado no balcão do bar, com o copo na mão, observando.

O cumprimentei, dizendo em inglês: Oi, meu nome é Théo, marido da Luna. — disse, estendendo a mão. E continuei. — Sou brasileiro, estou passando férias em Miami com a minha esposa.

Ele apertou forte a minha mão, e respondeu: “Ethan, prazer”.

Resumindo para não ficar tão extenso: conversamos de homem para homem, com a Luna ao lado dele, expliquei a situação, revelei que: eu a minha esposa, tínhamos um fetiche, uma fantasia e gostaríamos de convidá-lo a transar com ela, comigo assistindo, sem participar.

Aí, o canadense, soltou uma risada, me perguntou:
— “Você é maluco… você gosta de ser corno?

Confirmei e não consegui evitar rir junto. Luna também riu. A desconfiança dele desapareceu ali. O cara me achou um retardado, um idiota, de falto, eu sou. Então, mencionei o nome do hotel onde estávamos hospedados. Ele ficou pensando, ficou silêncio, depois respondeu: “Certo, cara… por que não?

Tiramos essas fotos abaixo, antes de sairmos, antes deixarmos a boate. Ele não quis ir no nosso carro, e nos conduziu até seu carro, um SUV preto. E exigiu que a Luna fosse no banco da frente, ao lado dele. Aceitei e fiquei atrás, observando os dois.

No caminho, paramos num semáforo vermelho, quebrei a última barreira. Permiti o canadense, que beijasse e tocasse nela.

Ele tinha uma mania de dizer: “Ou man”, pra tudo, e já foi tocando no corpo da minha esposa, colocando a mão no rosto da Luna, e beijando ela, num beijo demorado. Eu, corno, fiquei quieto assistindo a cena, sem emitir uma palavra.

Diante dos meus olhos, a minha mulher beijando outro homem.

LUNA.

Ele gosta de ser corno, gente!

No banco da frente, eu podia sentir o interesse do Ethan por mim… cada quilômetro que passava, ele se soltava mais, se sentindo livre, e entrando no jogo. Após o Théo liberá-lo para me beijar. O canadense não parou. A cada farol vermelho, ele me beijava e provocava o Théo, dizendo: “se o meu marido, gostava de me ver com outro homem. Sua mão direita deslizava pelas minhas coxas, subindo vagarosamente, passando pela barriga até chegar nos seios.

Suas provocações a Théo, não pararam. Ethan seguia com provocações. Perguntando se o Théo, gostava de ficar atrás do banco nos olhando, quieto?

Na época, naquela noite, em Miami. Deu tesão. Porém, pensando hoje, não teria tanta graça. Ele humilhou o Théo. Ethan fazia questão do Théo visse sua mão tocando meu corpo, no banco do carro. Faltando uma quadra do hotel, me mais um semáforo fechado. O canadense me puxou mais outro beijo. Não senti o mesmo tesão por ele, do que senti pelo George. Ethan era bonitão, porém, o George, tinha o tempero sul-americano.

Quando o carro parou em frente ao hotel, Ethan sentiu-se, “meu dono”. Saímos do seu belo carro, e ele fez questão de segurar minha mão, caminhando comigo, como se eu fosse um troféu.

Piorou no elevador, ele ficou atrás de mim, esfregando-se no meu traseiro, sentia sua respiração no meu pescoço. Uma das mãos pousou pela minha cintura, a outra percorreu meu braço até entrelaçar os dedos aos meus. No reflexo do espelho, pude ver seu olhar fixo no Théo, olhar de provocação, de desafio.

Falou umas besteiras para o Théo, enquanto passava as mãos em mim: braços, coxas e seios. Nada exagerado.

Quando as portas do elevador se abriram e seguimos pelo corredor largo e bem iluminado. Paramos diante da porta do quarto e, antes que Théo abrisse, falou diretamente para meu esposo: “que ele olhasse tudo e não falasse nada”. Théo concordou e abriu a porta.

Entrei primeiro, em seguida o amante, por último o Théo, fechando a porta.

THÉO.

Aquele “merda”, já estava me irritando. Tentei manter a calma, mas qualquer humilhação, que seja, tem limite. O cara me provocou desde a saída da boate, continuou no carro, piorou na suíte.

O pior, dos piores, foi vê-lo apalpando a Luna sem eu fazer nada, mas que culpa ele tinha, se a besta aqui, convidou? E a safada da minha esposa rindo da minha cara. E o Ethan ainda me pediu uma cerveja, da marca, Corona.

Nunca me senti tão humilhado na vida. Havia muita provocação naquele pedido. Havia um comando. Para ser sincero, fiquei zero excitado. Na verdade, estava irritado, me sentindo uma diarreia, e a cachorra da Luna não percebia.

Fui até o frigobar, e, enquanto pegava a garrafa no fundo, pude ouvir o som de falas deles e da respiração dos dois, misturado a um murmúrio que não consegui distinguir.

Abri a tampa da garrafinha e entreguei a cerveja. Ethan pegou a garrafa da minha mão, sem sequer me olhar, sua outra mão tocando os seios da minha esposa, os olhos cravados nela.

O “vagabundo” deu um gole, sorriu para mim, um sorriso debochado de provocação. Veja só. Naquele instante, percebi que não era só a Luna que estava sendo testada. A minha paciência também. Se eu não o matei, é porque passei no teste.

LUNA.

Gente, meu marido saiu daqui irritado, lembrando do dia. Daqui a pouco ele volta. Agora é a minha vez.

O bonitão do canadense, tomou dois goles da garrafinha de Corona, seus olhos fixos nos meus. A suíte estava iluminada apenas pelas luzes dos abajures. Ele me ofereceu um pouco da sua cerveja, e eu aceitei, sentindo o gosto amargo, misturado com o doce tesão daquele momento. Nossas bocas voltaram a se beijar. Foram beijos intensos. Suas belas mãos deslizaram pelo meu corpo, puxando-me mais perto dele. Sentia a quentura do seu corpo bonito e definido através da roupa de tecido fino.

Théo, meu esposo corno, sentado de pernas cruzadas no sofá próximo a cama, segurando um copo com bebida, observava em silêncio. Quase não dava para vê-lo, devido à baixa luz. Seu olhar era intenso, ele não dizia nada, apenas absorvia cada toque, cada gemido que escapava dos nossos lábios.

Ethan, para provocá-lo, olhava para o Théo, sorrio provocativo no instante que suas mãos começavam a tirar a minha roupa. Cada peça que caía no chão, o amante soltava um comentário para meu marido, um sinal de que o nosso fetiche, apenas começava.

Ele me elogiou, falando do meu corpo, de como eu era linda, e perguntou: se todas as brasileiras eram lindas como eu?

Retribuí, tirando a roupa do “provocador de marido alheio”, peça por peça. Seu corpo era realmente uma obra de arte, definido, todo durinho, cada curva perfeita.

Eu podia sentir a atração crescendo dentro de mim, um calorão que se propagava pelo meu corpo, fazendo meus seios ficarem consistentes e minha boceta empapada. Nossas bocas se encontraram uma vez mais, desta vez com mais necessidade, mais premência.

Nós nos deslocamos para a cama, nossos corpos trançados, pele contra pele. Me ajoelhei na frente dele, apreciando seu pau na minha mão. Ele estava rígido, latejando, pronto para ser usado.

O levei à minha boca, sentindo o gosto dele, era rosadinho, com a cabeça grande e o comprimento estreito, contra a minha língua.

Théo, nem se mexia, continuava a nos observar, seus olhos fixos em cada movimento, cada carícia nossa. Ethan gemia alto. Enquanto chupava seu cacete, suas mãos segurando no meu cabelo, meus lábios se movendo para cima e para baixo no seu pau. Podia sentir o membro dele endurecendo mais. Seu corpo aumentando a tensão.

Théo, sentado no sofá, aparentava estar hipnotizado, seu próprio prazer visível em seus olhos enquanto ele assistia.

Quando eu finalmente parei chupá-lo, foi muito rápido. Ele desceu da cama, pegou uma camisinha da carteira, voltou pra cama, e a colocou rapidamente no membro. Em seguida, me virou de quatro, (não perdeu tempo). Senti quando a cabeça do pau forçou contra a minha boceta. Com dois impulsos, entrou todo em mim. Gemi, óbvio, olhando para o Théo. Nossos olhos se enquadram.

Meu amante me fodeu forte, cada empurrão mais fundo do que o antecedente. Seguiu provocando Théo, perguntando: “se ele gostava de olhar outro homem foder sua esposa?”

Théo não respondeu, confirmou com um gesto de dedos de uma das mãos. Mas seus olhos falavam tudo. Théo estava gostando, cada gemido meu, cada estocada de Ethan, parecia alimentar seu fetiche de ser corno.

Logo após, o amante tirou da minha boceta, e eu senti a cabeça do seu pau forçando contra o meu ânus. Meteu devagar, me dando tempo para me acostumar com o tamanho.

Em três dias, em Miami, tinha transando com três homens: Théo, George e o Ethan. Que loucura, boa! A sensação foi incrível, cada aprofundada dele, meu corpo estremecia sobre a cama. Eu me masturbava, meus dedinhos úmidos se moviam em círculos no meu clitóris, e o Ethan me comia no cu. Disse que meu ânus era apertado. Respondi: claro que é, tá pensando que sou atriz pornô?

O gostosão riu, segurando-me pelos quadris, seguindo com os movimentos. Lembro ter olhado para Théo, nossos olhos se encontrando, enquanto meu corpo sacolejava na cama.

Pude ver o desejo nos olhos do meu esposo, a maneira como ele olhava para mim, para Ethan, para nós dois juntos, a menos de dois metros de distância.

Quando o lindão finalmente se cansou do meu cu, ele comeu outra vez a minha boceta. Deslizou tão fácil. A sensação era diferente, igualmente prazerosa.

Confesso: com o George, a transa foi melhor. Ele tinha melhor malemolência que Ethan não tinha, porém, isso não significava que eu não estava gostando. Gostei e muito!

Théo continuava a nos observar, seus olhos em mim, no amante, seguindo cada estocada, cada gemido. Estranhei por ele não se masturbar, como aconteceu com o George, apenas assistia.

Havia algo de erótico nisso, na maneira como meu marido se contentava em apenas observar, em sentir prazer no meu prazer.

Seguidamente, a gente se moveu na cama. Ethan se deitou, e eu me movi para cima dele, cavalgando-o de frente, com a sua mão apalpando meus seios. Podia sentir o seu pau integralmente dentro de mim. Minhas mãos apoiadas sobre seu peitoral. Com meus movimentos me levando mais perto do orgasmo. Nossas bocas, nossas línguas se encontraram novamente, nossos gemidos se misturando, eu me movendo mais rápido, mais forte.

Ethan avisou gemendo, que iria gozar. Agarramos as mãos um do outro. Meus quadris saracoteando, com ele empurrando para cima, mais fundo dentro de mim. Eu gozei, e senti o pau dele pulsando, com seu gozo enchendo a camisinha. Continuei a me mover, cavalgando-o até que cada gota de seu sêmen fosse espremida.

Parei, desci dele e me deitei ao seu lado. Nossos corpos ficaram suados. Quando olhei para o Théo, ele estava em pé, perto da sacada, mexendo no celular. E pensei: “será que ele gostou? … “o que ele está sentindo”.

Não perguntei na hora, só depois, quando o Ethan saiu da suíte.

A noite estava longe de terminar. A gente discutiu. Théo ficou bolado com as provocações do Ethan.

THÉO.

Tentei manter o controle, mas era impossível ignorar o que estava acontecendo. Aquele rapaz entrou na minha mente de uma forma, que me tirou do sério. Ele metia na Luna e olhava para mim… não era só um olhar, era um recado, um ataque direto à minha honra e presença ali.

Ele falava alto, o suficiente para que eu escutasse. Palavras duras, cheias de escárnios. Palavras que me atingiram meu psicológico.

Em vários momentos, meu corpo inteiro ficou tenso. Quase levantei da cadeira para jogar a garrafa em seu rosto. Na verdade, eu queria matá-lo, mas não pude. Sabia que tinha aquele na minha e aguentar até o final, como havíamos planejado, ou pelo menos o que a Luna queria. Amigos: o real era muito diferente da fantasia.

E o filho de uma puta percebeu. Usou isso contra mim, com gestos, com palavras. Ele fazia questão de me lembrar que ali, naquela hora, ela era dele, e o controle não era meu.

Quando terminou, mandei ele se vestir e sair do quarto. Se vestiu com placidez, ainda soltando pequenas provocações, e se despediu da Luna com um beijo, ignorando a minha presença como se eu fosse um nada. Me chamou de otário. E me olhou por uma última vez, abrindo a porta e a fechando com tudo.

Eu olhei pra Luna, e ela me olhou de volta preocupada, perguntando: “o que foi vida?” — Foi aí que comecei a falar. Disse que aquilo não era tão simples quanto parecia nas nossas conversas, antes de vir para Miami. Que fantasiar era uma coisa… viver era outra.

— Não é fácil… — falei, deixando a frase um arrependimento no ar. Não é fácil ser corno. Não é fácil, ver a sua mulher com outro.

Mas isso, foi há 6 meses. Hoje, eu aceito as provocações, e as humilhações dos amantes da minha esposa.

O capítulo termina aqui, nesse frio de domingo.

Feliz dia dos pais, para quem é pai. Até o próximo relato, pessoal.

Boa semana, leitores (as).

— As fotos abaixo, são daquela noite, na boate, em Miami.

— O rapaz, trajado de “O Máskara”. E a outra, o Ethan com a Luna.

Foto 1 do Conto erotico: A Esposa de Todos — Viagem de Miami.

Foto 2 do Conto erotico: A Esposa de Todos — Viagem de Miami.

Foto 3 do Conto erotico: A Esposa de Todos — Viagem de Miami.


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Comentários


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john-mm Comentou em 13/08/2025

Linda esposa safada ! Tem que compartilhar com outro homens.

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ffsafadao Comentou em 12/08/2025

Que tesão gostosa D+

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fernando1souza2 Comentou em 12/08/2025

Delícia, votado! Continue.

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fernandalacerda Comentou em 12/08/2025

Acho que já fui em 2018 nessa boate que o casal citou no conto. Vocês são ótimos escrevendo. Formam o casal perfeito, parabéns.

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educontos Comentou em 11/08/2025

Tô encantado pela Luna, ki muller gata.

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zanaleitte Comentou em 11/08/2025

Me desculpa a sinceridade, mas ele dá de 1000 a zero no seu Théo kkkkk

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krystalbuarque2 Comentou em 11/08/2025

VC pegou o telefone do Ethan? Se sim, me passa?

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demigods Comentou em 11/08/2025

Nossa, pegou gosto pela coisa na viagem hehe, muito bom gente. Mais uma vez fiquei com tesão lendo o conto de vocês.




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Ficha do conto

Foto Perfil casaltheoeluna
casaltheoeluna

Nome do conto:
A Esposa de Todos — Viagem de Miami.

Codigo do conto:
240006

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
11/08/2025

Quant.de Votos:
26

Quant.de Fotos:
3