?Eu nunca soube explicar. Não é uma coisa que você conta para os amigos na mesa do bar. É um desejo calado, um arrepio que só a seda e a renda alheia podem provocar. Quando a Rosa saía, e a casa ficava em um silêncio denso, era a minha hora.
?Fui até a gaveta dela. A preta, a de renda mais fina, era a minha preferida. Vesti-a, cobrindo o volume masculino com o tecido delicado, e fui para o espelho. Um riso nervoso escapou de mim. Era ridículo, eu sei, mas havia uma estranha libertação naquele ato. Eu estava ali, um homem adulto, vestindo a lingerie da esposa.
?Meu erro capital foi a pressa e a certeza de que ela só voltaria de madrugada. Eu estava me virando, analisando como o tecido marcava o meu corpo de forma tão diferente, quando o clique da porta de entrada ecoou eu não ouvi, quando percebi, Rosa me observava.
?O sangue gelou. . Ela tinha esquecido a chave ou o celular, não sei.
?A porta do quarto abriu sem aviso. Ela parou no batente. O choque inicial no rosto dela era de pura incredulidade, os olhos arregalados de quem pegou um ladrão, mas o ladrão era o próprio marido.
?Eu congelei, tentando desesperadamente cobrir o que estava usando. Minhas desculpas começaram a gaguejar: "É uma aposta, amor...", "Estava limpando a gaveta...", mentiras patéticas que morriam na minha garganta.
No fundo ela já desconfiava, notava que sua gaveta vivia remechida.
?O olhar dela mudou. A incredulidade deu lugar a um sorriso lento, quase predatório. Não era um sorriso de raiva, era de domínio. Ela havia descoberto meu segredo mais sujo, e com ele, o mapa para um poder que eu nunca soubera que ela tinha.
Ele já estava preparada para aquele momento.
?— Então é isso, querido? — A voz dela era baixa, rouca. — Você quer usar as minhas roupas? Você quer se sentir como uma mulherzinha se viadinho?
?Eu tentei falar, mas ela veio para mim. Não houve violência, apenas uma autoridade esmagadora. Ela me empurrou gentilmente, mas firmemente, para a cama.
?— Ótimo. Você vai ter o que quer. Mas aqui, não existe mais o Eliezer machão. Aqui só existe a vadiazinha que veste a minha calcinha.
Caminho em minha direção. Eu permanecia imóvel!
?Ela me despiu da cintura para cima, mas deixou a peça de renda intacta. Ela a tocou, esfregando o tecido em mim, e eu senti meu corpo trair minha vergonha. Aquele toque, que em outros dias seria de carinho, era agora de posse, de abuso de poder.
?Ela inverteu a ordem de tudo. Eu era o objeto. Eu era o corpo que ela estava usando. Ela ditava a posição, o ritmo, e as palavras humilhantes que fizeram minhas orelhas queimarem. Ela me chamava de "princesinha", de "submissa", de "menina má que precisa de correção", e a cada nome, eu me sentia menor, mais vulnerável, mais totalmente subjugado ao desejo dela. Foi na geladeira, pegou uma cenoura e vestiu com uma camisinha, lambuzou de creme e me ordenou: Fica de quatro puta! Eu meio sem jeito obedeci. Ele começou a chupar meu cu, não aguentei e gemi baixinho.
Isso vadiazinha, não precisa ter vergonha, agora eu já sei de tudo, e acho bom vc ficar bem boazinha senão eu conto.pra todo mundo o que meu marido é, kkkkkkk, ela gargalhavam na minha cara.
Mandou eu ficar de quatro e me comeu com aquela cenoura, e eu, agora gemia sem pudor, depois de alguns minutos goze8 igual uma mulherzinha, como disse minha mulher.
?A punição foi exaustiva, forçada, e me deixou quebrado na cama, com o corpo dolorido, mas a cabeça rodando em uma confusão de vergonha e excitação que eu não conseguia conciliar.
?Ela se levantou primeiro. Ajeitou a roupa, o rosto impassível, como se tivesse acabado de fazer a faxina da casa.
?— Agora você sabe qual é o seu lugar, não é? — Ela me lançou um olhar cortante. — E essa calcinha... — ela tocou o tecido em mim. — Você vai usá-la até que eu diga o contrário. E amanhã, você vai preparar o café da manhã usando-a.
?E foi embora, deixando-me ali, no meu próprio quarto, me sentindo um a mulher da casa, humilhado e sem voz. Eu tinha pago o preço por minha fantasia, e o preço era a total entrega do meu papel de homem. E o pior: na manhã seguinte, eu me peguei pensando se ela me faria fazer aquilo de novo.