Excursão com a esposa – Parte 3

O resto da viagem foi preenchido com sussurros abafados e olhares cúmplices. A tensão entre Camila e eu era palpável, e era claro que nosso casamento estava prestes a tomar um rumo radical. Quando chegamos ao hotel, saímos cambaleando do ônibus, o ar frio da noite contrastando fortemente com a cabine aquecida. Camila marchou direto para o nosso quarto, sua nudez agora uma lembrança distante coberta pelas roupas, mas o calor dela permanecia em sua pele.
Eu a segui, sem saber o que dizer ou fazer. Assim que entramos no quarto, ela se virou para mim, seus olhos brilhando com uma mistura de raiva e algo mais — algo que eu nunca tinha visto antes. "O que foi isso?", ela cuspiu. "Você não viu como eu estava envergonhada?"
Dei um passo à frente, minhas próprias emoções uma tempestade tumultuada. "Desculpe", murmurei, estendendo a mão para tocá-la. "Mas você estava... incrível." A palavra escapou antes que eu pudesse impedi-la, e vi um brilho em seu olhar.
A raiva de Camila não se dissipou, mas ela não se afastou. "Incrível?", repetiu ela, com a voz baixa e perigosa. "É só com isso que você se importa? Ganhar uma aposta idiota?"
Aproximei-me, minha mão acariciando seu braço delicadamente. "Não, não é só isso", disse eu, tentando encontrar as palavras certas. "Você é sempre tão... reservada. Ver você assim foi simplesmente... emocionante."
Sua expressão se suavizou um pouco, a raiva em seus olhos dando lugar a algo mais complexo. "Emocionante?", ela repetiu, com a voz mais suave agora. "É isso que te excita? Me humilhar?"
Engoli em seco, meu coração batendo forte no peito. "Não, Camila", assegurei-lhe, dando mais um passo à frente. "Não é sobre isso. É que... você é tão linda, e às vezes eu queria que você exibisse isso mais. Você não tem nada do que se envergonhar."
Ela me encarou por um longo momento, o peito arfando a cada respiração. Então, sem dizer uma palavra, ela se virou e foi para o banheiro, batendo a porta atrás de si. Eu sabia que precisava dar espaço a ela, então me sentei na cama, minha mente a mil com o que acabara de acontecer.
Decidi esperá-la, com os pensamentos a mil. O que começara como um jogo inofensivo se transformara em uma situação explosiva. A energia sexual bruta e desenfreada no ônibus era algo que eu não havia previsto. Era como se uma caixa de Pandora tivesse sido aberta e não houvesse como colocar o gênio de volta na garrafa.
Ela jogou as calcinhas para mim com um sorriso irônico. "Você queria que eu me exibisse, né?", desafiou. "Bem, vou te dar um show que você nunca vai esquecer."
Meus olhos seguiram a calcinha enquanto ela pousava no meu colo, e senti uma onda de excitação me percorrer. Camila nunca tinha sido tão confrontadora ou ousada antes. Era como se o exibicionismo no ônibus tivesse revelado algo dentro dela, um lado dela que eu nunca tinha visto.
"O que você está planejando?", perguntei, tentando manter a voz firme.
Camila se virou para mim com um brilho travesso nos olhos. "Amanhã", disse ela, com a voz baixa e sensual, "Vou sentar no fundo do ônibus com os homens, completamente nua o dia todo, e vamos ver o que acontece. Você não vai poder sentar ao meu lado. Vai ficar só assistindo."
Fiquei ali sentado, atordoado, enquanto ela voltava para o banheiro, seu corpo nu uma visão de beleza e desafio. Eu sabia que ela ainda estava com raiva, mas havia algo mais em seu comportamento — uma recém-descoberta sensação de poder. A ideia de vê-la nua na frente de todos aqueles homens, sem que eu pudesse fazer nada além de assistir, me encheu de uma mistura de medo e excitação.
À medida que a noite avançava, Camila saiu do banheiro vestindo apenas a calcinha escandalosa que havia jogado em mim mais cedo. Ela deslizou para a cama, seu corpo quente e convidativo. A tensão entre nós ainda era intensa, mas havia se transformado em algo mais — algo elétrico. Ficamos ali por um tempo, nenhum de nós falando, o ar carregado de palavras não ditas.