Nossa vida mudou Tudo mudou no início do ano passado, quando Liana recebeu o convite para se tornar advogada em um prestigiado escritório de advocacia em Curitiba. Era um sonho que ela perseguiu por muito tempo e, apesar de ser difícil, decidi apoiá-la incondicionalmente.
Eu tive que me adaptar às novas responsabilidades que acompanhavam o sucesso de Liana. Meu tempo com ela se tornou cada vez mais limitado, com jantares às pressas e noites em que ela voltava para casa exausta. Nossas conversas passaram a ser preenchidas com termos legais e histórias de clientes que eu nem imaginava que existiam.
Como advogada criminalista, Liana enfrentava os casos de traficantes e bandidos com coragem e determinação. Ela me contava detalhes assombrosos de testemunhas e acusados, mas eu me sentia orgulhoso por saber que ela lutava por justiça. Seu comprometimento era admiravel e eu a via crescer profissional e personalmente a cada dia.
Apesar de todos os desafios, eu tentei manter nossa vida conjugal em equilíbrio. Surpresas românticas e dias de folga eram minha maneira de mostrar o quanto a amava e apreciava. A cada vitória que ela conquistava no tribunal, sentia que um pequeno fio de luz iluminava os momentos de escuridão que a vida nos traz.
Mas um dia, tudo mudou. Liana me contou que iria defender um traficante bem conhecido em Curitiba. O homem, chamado Ricardo, era infame por controlar grande parte do tráfego de drogas na região. Sua reputação era assustadora, mas Liana se manteve firme em defender o direito dele a uma defesa justa.
Liana passou a visitar Ricardo na cadeia com regularidade. Cada visita aparentava ser um desafio. Aquele homem, com olhares gelados e ar calculista, era a personificação do perigo que eu queria que Liana ficasse longe. Mas a determinação dela era incansável. Ela acreditava que todo ser humano merece ser ouvidado e defendido, independentemente de seus erros.
A medida que o tempo passava, Liana se envolvia cada vez mais no caso.
Finalmente, Liana teve sucesso. Ricardo foi libertado devido a uma falha no processo. A notícia veio em meio a um jantar em que tudo parecia normal. Liana recebeu um telefonema e o semblante dela mudou.
"Era Ricardo que pedia para eu ir lá na chácara levar os documentos de sua libertação e conversar com ele", explicou ela com emoção.
Eu senti o coração apertar no peito. Uma chácara? Conversar com um traficante? Eu sabia que Liana era boa em seu trabalho, mas aquilo parecia ir além do profissional. "Não tenho objeção em te apoiar no que for necessário, mas me diz o que isso vai envolver", perguntei com cautela.
Ela me assegurou que era somente para finalizar os detalhes do caso, que Ricardo era agora um homem livre e que ele a respeitava por ter lhe dado a oportunidade de justiça. Apesar de tudo, decidi confiar nela.
No dia em que Liana teve que ir à chácara, decidi acompanhá-la. Nunca imaginei que o local seria tão opulento, com paredes de vidro, móveis caros e um jardim que parecia ter saído de um conto de fadas. Ricardo recebeu-a com um sorriso que me fez desconfiar, mas Liana manteve a compostura perfeita.
Liana saiu com um vestido justo e destaque a sua silhueta, o que me deixou um pouco desconfortável. Mas decidi me manter calado. Queria que tudo decorresse sem nenhum drama desnecessário.
Ao chegarmos à chácara, fiquei do lado de fora e Liana entrou sozinha. A casa era protegida por vários capangas de Ricardo, homens musculosos e vestidos com roupas caras, que me olhavam com suspeita. O ar era pesado, carregado com o cheiro de dinheiro sujo e segredos.
Depois de horas que me pareciam um eterno, Liana saiu da sala com o rosto pálido. "O que houve?" perguntei com preocupação. Ela me abraçou, tremendo, mas recobrou o fôlego e disse que tudo havia ido bem, que era hora de voltar pra casa.
No carro, Liana me contou que Ricardo queria agradecer por tudo que ela fizera e que ele teria um "presente" para nós. Eu senti um nó na garganta, mas tentei fingir que tudo era normal. Nos dias que se passaram, recebemos um envelope com um cheque de valor inacreditável.
Liana quis devolvér-lo imediatamente, mas eu a convenci a guardá-lo. "Vamos ver o que quer dizer disso", sugeri. Nossas finanças estavam esticadas com as despesas da recente mudança e com o emprego da minha esposa, era difícil recusar essa quantia.
Ao longo de semanas, o "presente" de Ricardo se tornou um fantasma em nossa vida. Eu tentei descobrir de Liana o que exatamente ele queria em troca, mas ela se limitava a dizer que era apenas uma maneira de agradecer. Sua postura me fez suspeitar que ela sabia de algum jeito que podia ser problemática, mas preferia me proteger.
A tensão cresceu, e as visitas de Liana à chácara se tornaram cada vez mais frequentes. A cada visita, eu sentia meu coração bater com medo. Quem era realmente Ricardo? E qual era a verdadeira motivação por trás dessa generosidade? As histórias que Liana contava me perturbavam, e eu comeciei a questionar o que eu sabia dela.
Um dia eu decidi agir e fui até a chácara com o pretexto de entregar um documento urgente para Liana. Na verdade, eu queria ver com meus olhos o que se passava no local. Cheguei à chácara com o coração a bater emocionado, mas tive que me controlar.
Falei com os capangas que guardavam a entrada, mas não me identifiquei como marido de Liana. Eles olharam para mim com desconfiança, mas permitiram que entrasse e aguardasse. Resolvi espionar e vi que LIana estava na piscina com Ricardo. A visão que me deparou me fez parar em choque. Ricardo estava dentro da piscina e Liana estava tomando sol sem a parte de cima do biquini.
O que vi me fez sentir um misturado de fúria e desconforto. Nunca imaginei que minha esposa, a mulher que amo, poderia se envolver em tal situação. Meu chifre cresceu com cada minuto que passava, mas decidi aguardar e descobrir a verdade por trás disso tudo. Não podia simplesmente acusá-la sem ter as fatos em mãos.
Ricardo saiu da piscina e sentou-se confortavelmente ao lado de Liana. Ele pegou um dos seios volumosos dela e começou a mamar, com um olhar de satisfação no rosto. Liana, por outro lado, parecia tensa mas estava excitada. Nesse instante, eu senti que tudo que acreditava em nossos votos de fidelidade e respeito mútuo se desmoronou.
Mas, em vez de perder a calma e explodir, decidi observar e ouvir a conversa. Ricardo falava de negócios, mas com um tom de ameaça sutil. "Obrigado por tudo, Liana. Agora, vamos falar do que eu posso fazer por ti...", disse ele, esfregando a barba. "Você sabe que temos que manter nossos acordos, certo?"
Liana se sentou ereta e respondeu com firmeza: "Sim, Ricardo. Mas eu tenho meu princípio."
Eu fiquei paralisado, tentando processar o que eu tinha justo visto e ouvido. Investidores? Que negócio podiamos ter com traficantes?
Liana concordou e levantou para ir embora. Ela não fez questão de esconder os seios e entrou na casa somente com a parte de baixo do biquini. Aparentemente todos estavam acostumados com aquela situação. Ela entrou no quarto para se trocar enquanto os capangas admiravam a visão de seus seios firmes e volumosos.
Fui embora da chácara, com a intenção de não ser visto por nenhum dos capangas. Eu senti vontade de gritar, de bater, de me vingar. Mas eu sabia que isso não resolveria nada.