O AMIGO CASADO 02



No sábado, voltei à casa de Rogério. O clima era diferente daquela primeira visita. Assim que cheguei, percebi mais movimento: a esposa dele estava na sala, arrumando malas, e os dois filhos pequenos corriam de um lado pro outro, agitados. Dois cunhados dele também estavam lá, sentados na varanda, bebendo vinho e conversando alto.
Rogério veio me receber na porta, com um sorriso discreto.
— Chegou bem, novinho? — disse, dando um tapinha no meu ombro. — A casa tá cheia hoje... mas não por muito tempo.
— Notei. Achei que ia ser só a gente...
— Relaxa... eles tão se organizando pra viajar. Só tô ajudando a mulher e os meninos a pegarem o ônibus. Depois... o jogo começa.
Fiquei na sala enquanto ele terminava de ajudar a esposa com as bolsas. A mulher me cumprimentou com simpatia:
— Você que é o Carlos, né? Rogério falou que você é gente boa.
— Sou sim... prazer. — respondi, sorrindo, tentando parecer tranquilo.
Pouco tempo depois, já estávamos na rua, todos juntos, ajudando com as bagagens até o ponto de ônibus. As crianças agitadas, a mulher preocupada com horários, e Rogério fazendo piada pra aliviar o clima. Quando o ônibus chegou, despedidas rápidas, beijos apressados, acenos da calçada.
A esposa sorriu e disse:
— Se comportem, viu? Nada de exagero nesse fim de semana!
— Vai ser só jogo e vinho — respondeu ele, com um meio sorriso.
Voltamos pra casa. Os cunhados estavam animados, já no segundo copo de vinho. Sentamos todos na sala e colocamos um futebol no videogame. A zoeira foi crescendo a cada gol, a cada rodada de bebida.
— Vê se joga direito, Carlos... novinho tem que representar — brincou um dos cunhados.
— Se perder, vai lavar as taças depois — completou o outro, rindo alto.
— Perder eu até aceito... agora pagar mico é que não — retruquei, entrando na brincadeira.
A tarde avançava, os copos se esvaziavam, os risos ficavam mais soltos. Em algum momento, os cunhados se levantaram.
— A gente vai ali na mercearia encontrar uns amigos. Mais tarde a gente aparece — disse um deles.
— Ou não aparece — comentou o outro, com um sorriso maroto.
Quando a porta se fechou, o silêncio voltou à sala. Ficamos só nós dois, sentados lado a lado no sofá, a garrafa pela metade sobre a mesinha de centro.
— Agora sim... casa vazia — disse Rogério, com a voz mais baixa.
Olhei pra ele. Estava relaxado, as pernas abertas, o corpo afundado no sofá. Ele me encarou por alguns segundos, depois, sem dizer nada, puxou o short pra baixo até a metade das coxas. A rola, meio acordada, balançava solta.
— E aí, novinho... vai continuar só jogando ou vai resolver aquilo que ficou pendente?
Eu hesitei. O coração acelerou, o vinho já subia à cabeça.
— Rogério... e se alguém volta?
— Eles não vão voltar tão cedo. E mesmo se voltarem... — ele deu de ombros — a gente dá um jeito.
Fiquei em silêncio, olhando pro pau dele ali, à mostra, chamando. Ele percebeu minha dúvida e sorriu.
— Relaxa. Se não quiser agora, a gente só continua bebendo.
Puxou a garrafa, encheu meu copo e ergueu o dele.
— Um brinde aos adiamentos... — disse, rindo.
— E aos pecados interrompidos — completei.
Bebemos. E ficamos ali, rindo, jogando, bebendo demais. Nada aconteceu naquela tarde além do que já estava ali, suspenso no ar: o desejo segurando o próprio peso, esperando o momento certo pra desabar.

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Nosso próximo encontro foi diferente. Rogério sugeriu um lugar mais afastado — uma casinha simples, perto da praia, que ele tinha numa vila quase abandonada. Disse que lá ninguém atrapalharia, que seria “só a gente, sem relógio, sem pressa”. Nos encontramos na rodoviária, como dois cúmplices discretos. Ele estava de bermuda larga e camiseta regata, carregando uma mochila nas costas.
— Pronto pra sumir do mapa um pouquinho? — perguntou, com aquele sorriso de canto de boca.
— Se for contigo, tô pronto até pra mudar de nome — respondi, meio brincando, meio falando sério.
Pegamos um ônibus velho e fomos até o bairro afastado onde ficava a tal casinha. O lugar era simples, de ruas estreitas e calçadas irregulares. A casa ficava num beco de vila, meio escondida, com a pintura descascando e um portão de ferro que rangia ao abrir.
— Aqui ninguém enche o saco. Fica à vontade — disse, empurrando o portão.
Lá dentro, ele me mostrou os cômodos. Tudo estava empoeirado, abandonado, cheio de entulho. Mas havia um quarto nos fundos com menos bagunça. O chão era de cimento cru, e ali mesmo ele puxou uns papelões grandes que estavam encostados na parede.
— Isso vai servir... — murmurou, enquanto ajeitava tudo com calma.
Tirou da mochila duas toalhas e as estendeu sobre os papelões. Criou um espaço improvisado, rústico, mas íntimo. Começamos a tirar as roupas, pendurando num varal improvisado feito com um fio de varal velho e dois pregos na parede.
— Vai ficar tudo limpinho... só sujo de putaria — disse ele, com um sorriso safado.
Nos deitamos sobre as toalhas, nus, e sem cerimônia caí de boca naquela rola que eu já conhecia bem, mas nunca deixava de impressionar. Chupei com vontade, sugando devagar, sentindo o peso, o gosto, a pele quente. Ele gemia baixo, a mão na minha nuca guiando meus movimentos.
— Porra... tua boca é melhor que de muita mulher — sussurrava, entre dentes.
Depois ficamos de pé. Pedi a camisinha, mas ele me puxou pra um beijo forte, profundo, e começou a descer, lambendo meu corpo até chegar na minha bunda. Ajoelhou-se, afastou minhas nádegas e começou a chupar meu cuzinho com a língua áspera e quente, sem pressa. Eu gemia, perdendo o controle, mole, entregue.
— Tá tão gostosinho hoje... — murmurava, esfregando o rosto ali, barba raspando minha pele sensível.
Me encoxou na parede fria e, sem aviso, encostou a cabeça do pau na minha entrada. Tentei reagir.
— Pera... sem capa, Rogério?
— Fica tranquilo... só confia — disse, pressionando devagar.
A rola foi entrando, centímetro por centímetro, me rasgando, me preenchendo. Eu gemia, ofegava, agarrado à parede úmida, sentindo o calor e o peso daquela jeba bruta me invadir.
— Isso... abre esse cuzinho pra mim, vai... deixa entrar tudo.
A dor inicial logo deu lugar ao prazer. Quando ele sentiu que meu corpo tinha cedido, me puxou e me fez sentar sobre ele, montado, com a rola toda enterrada. Eu cavalgava com gosto, gemendo, os olhos fechados, o corpo inteiro quente de desejo.
— Rebola nessa pica, novinho... isso... mostra que aprendeu.
Depois me deitou de lado e me segurou pela coxa, me comendo com força, no ritmo certo. Aquele ângulo me atingia fundo — cada estocada me arrancava um gemido novo.
Gozei ali mesmo, sem tocar no meu pau, gemendo alto, sentindo o prazer me atravessar. E pouco depois senti ele gozar dentro, quente, profundo, jorrando tudo dentro do meu cuzinho latejando.
Ficamos deitados um tempo, ofegantes, suados, com os corpos ainda colados. Depois nos levantamos, tomamos um banho rápido num chuveiro improvisado do quintal, e seguimos até um bar próximo dali.
Sentamos na calçada, pedimos uma cerveja gelada, e ficamos ali, rindo, jogando conversa fora. Eu mal conseguia sentar direito — o cu ainda aberto, marcado, ardido daquele sexo bruto.
Mas por dentro, só uma certeza: eu queria mais.
O fim da tarde foi chegando devagar, tingindo o céu de laranja enquanto a brisa vinda da praia deixava o ar mais fresco. Rogério e eu ainda estávamos sentados no bar, dividindo a última cerveja. Falávamos pouco agora, como se as palavras tivessem perdido espaço pra tudo o que os corpos já tinham dito mais cedo.
— Tá sentindo o quê aí? — ele perguntou, com um meio sorriso, virando a garrafa.
— Uma mistura de dor e saudade antecipada... — respondi, sincero.
Ele riu, coçando a barba.
— Tu é diferente mesmo. A maioria vai embora calado, como se não tivesse acontecido nada. Mas tu... carrega no olhar.
— E você? Vai lembrar disso?
Ele me encarou por um segundo mais longo.
— Novinho como tu... difícil esquecer.
Pagamos a conta e fomos embora.


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Comentários


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engmen Comentou em 12/09/2025

Bom conto.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O AMIGO CASADO 02

Codigo do conto:
242239

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
11/09/2025

Quant.de Votos:
4

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