O AMIGO DO MEU PAI 03



Já haviam se passado quatro meses desde que Lucas deixara o interior e se mudara para Salvador. O estranhamento dos primeiros dias parecia cada vez mais distante: agora ele já se sentia adaptado à vida universitária, aos colegas de curso, ao ritmo da cidade — e, principalmente, ao convívio com Renato. Se antes tudo era incômodo e desconfortável, agora ele enxergava no anfitrião algo além do homem bruto e machão de sempre: uma presença firme, por vezes irritante, mas também segura e até divertida.
Naquela manhã, Lucas acordou cedo mesmo sem ter aula. Uma disciplina já havia encerrado, então teria o dia livre. Ao se levantar para o café, encontrou Renato como sempre, imponente na cozinha: de calça jeans surrada, botas de couro, sem camisa, a corrente prateada riscando o peito largo.
— Vem comigo, moleque! — disse Renato, servindo ovo cozido no prato — Bora numa entrega hoje?
Se fosse no início da mudança, Lucas teria arrumado uma desculpa na mesma hora. Mas muita coisa já havia mudado: ele tinha se acostumado com a voz alta, com as brincadeiras de mau gosto, com o jeito bronco que, de alguma forma, também era um jeito de cuidar. Talvez por isso, sem pensar muito, apenas respondeu:
— Bora.
Vestiu uma camisa simples e a calça jeans velha que trouxera do interior. A calça estava apertada, marcando o quadril e principalmente a bunda, e quando Renato bateu os olhos, não perdeu a chance:
— Vai acabar distraindo o povo por aí com essa calça colada, hein? — falou rindo, dando uma tapa leve na mesa.
Lucas revirou os olhos, riu junto, mas ficou sem graça. Renato, percebendo, apenas balançou a cabeça e foi buscar uma bota extra.
— Toma essa aqui, precisa usar bota. Pé de moleque não aguenta o tranco.
Calçados e prontos, seguiram até a garagem dos caminhões. O sol começava a castigar, refletindo nos veículos estacionados, e Lucas sentia que aquele convite, tão simples, carregava algo maior: era como se estivesse prestes a conhecer um pouco mais do mundo de Renato, um território que até então só ouvira falar de longe.
A garagem dos caminhões parecia outro universo para Lucas. O cheiro de graxa, fumaça de cigarro e óleo diesel impregnava no ar, enquanto grupos de caminhoneiros conversavam alto, riam e xingavam entre uma piada e outra. Alguns discutiam acaloradamente sobre futebol, outros falavam de política, e uns poucos se vangloriavam das “mulheres” que tinham encontrado pelas estradas. Era um ambiente cru, masculino, de vozes pesadas, que fazia Lucas se sentir ainda mais deslocado.
Renato parecia em casa. Apertava mãos, recebia tapinhas nas costas e distribuía sorrisos marrentos. Quando apresentou Lucas, fez questão de dizer:
— Esse aqui é o filho do meu camarada do interior, vai me acompanhar hoje. —
Os homens deram uma olhada rápida no rapaz magro, alguns assentindo com um riso discreto, outros voltando imediatamente para suas conversas. Lucas sentiu o rosto queimar, mas não comentou nada.
Renato pegou a folha de entrega do dia, conferiu o caminhão designado e, em pouco tempo, os dois estavam instalados na boleia. Rumaram até um centro de distribuição, onde deveriam carregar mil caixas de frango congelado. Para Lucas, aquilo parecia um trabalho absurdo, mas logo descobriu que não seriam eles a descarregar a mercadoria.
Enquanto o carregamento seguia, ficaram parados dentro da cabine, o tempo se arrastando.
— Hoje a gente não faz o carregamento nem a descarga — explicou Renato, abrindo uma lata de refrigerante —, mas tem dia que o velho aqui usa o muque, sabia?
Lucas assentiu em silêncio, observando o movimento do pátio pelo vidro.
— Tu não quer me acompanhar, não, nos dias que tiver sem aula? — insistiu Renato, com um sorriso de canto. — Vai ficar forte que nem eu.
Lucas olhou para os próprios braços finos e depois para o braço grosso, vascularizado, de Renato. A diferença era gritante.
— Pode ser — respondeu, quase murmurando.
Renato então ergueu o braço e flexionou o bíceps, trazendo-o bem perto do rosto do rapaz.
— Sente aí. —
Lucas soltou uma risadinha sem graça, mas Renato estreitou os olhos, como quem exigia ser levado a sério. Meio sem opção, ele pousou a mão no muque rígido e quente, sentindo a densidade daquela carne firme, dura como pedra.
— Tu vai ficar assim também, moleque. Quero sentir teu braço, que nem tu sente o meu.
Lucas recuou rápido, nervoso, e mexeu-se na poltrona tentando disfarçar. O incômodo era outro: o aperto repentino no jeans denunciava uma excitação que ele não queria admitir. Levou a mão à frente, fingindo coçar-se, mas sabia que não enganava a si mesmo.
Renato recolheu o braço, deu um sorriso meio provocador e apertou a mão cheia contra a rola volumosa sob o jeans gasto.
— É bom ser machão, tu não acha não? — disse, olhando de lado. — Ter músculo, barba e principalmente culhão!
— Realmente… — Lucas respondeu baixo, engolindo seco.
— Ter pau é muito bom. — Renato completou, com a voz mais firme. — Me amarro em me sentir machão. Por isso que eu sou assim: sem camisa, barba por fazer, lutando MMA… quero te ver desse jeito também, moleque.
Lucas não achou resposta. Apenas desviou o olhar para o vidro da janela, tentando focar nos homens que carregavam as caixas. O silêncio se prolongou, pesado, até que a última pilha de frangos foi colocada no baú.
Renato ligou o caminhão, ajeitou-se no banco e rumou para o destino final. A tarde seguiu arrastada, as horas de espera ecoando dentro deles. Só voltaram para casa exaustos, mas Lucas sabia que aquele dia tinha deixado mais do que cansaço: havia ficado a marca de um convite estranho, um jogo velado, que mexia com ele mais do que gostaria de admitir.
O calor da noite parecia grudar na pele dos dois, mesmo depois do banho. Renato apareceu só de cueca, como sempre fazia, e Lucas já estava acostumado a vê-lo assim pela casa. Sentaram para jantar, falaram amenidades sobre o dia, e depois foram para a sala. Renato ficou na janela, fumando devagar, soltando baforadas grossas, enquanto Lucas ouvia o som abafado do rádio tocando músicas antigas. Quando terminou, ele se largou no sofá, abrindo as pernas do jeito espaçoso de sempre, o volume enorme da cueca saltando, a mão descansando ali como se fosse natural.
Renato puxou Lucas pelo ombro e o arrastou para mais perto. O braço pesado cercava sua nuca, e o cheiro forte de cigarro, suor e sabonete barato o invadia.
— Porra, moleque, fica só de cueca também! — disse num tom de ordem, sem rodeios.
Lucas estranhou, mas já não tinha forças pra negar. Estava sem camisa, levantou devagar, tirou o short e dobrou, deixando ao lado. Voltou e se sentou, a cueca justa marcando o volume.
— Agora sim! — Renato riu, abriu uma lata de cerveja e, entre um gole e outro, comentou debochado: — Tu tem um volumão de pau bacana, moleque.
Lucas riu sem graça, desviando o olhar, mas a vergonha queimava seu rosto.
— Teu volume é parecido com o meu, moleque! — continuou, o hálito impregnado de álcool.
Renato apertou a rola volumosa por cima da cueca, riu, e de repente sua mão grossa deslizou até o volume de Lucas, apalpando sem pedir. O pau do rapaz endureceu instantaneamente, a cueca levantando. Renato gargalhou, apertando mais forte.
— Porra, moleque, olha essa caralho! — Sem cerimônia, enfiou a mão dentro da cueca de Lucas, segurando firme a rola já babada na ponta.
Lucas arfou, os olhos arregalados, o corpo inteiro em choque.
— Quer ver a do velho? — Renato perguntou, encarando-o sério.
— Quero… — Lucas respondeu baixo, tímido.
— Então pega aqui, porra! — Renato exclamou animado, abrindo ainda mais as pernas.
Lucas enfiou a mão por dentro da cueca dele e puxou a rola pra fora. Mesmo mole, já impressionava: grossa, pesada, com veias saltadas e um par de culhões enormes, cheios. Os pentelhos eram negros e aparados, e conforme Lucas manuseava, a rola foi inchando, latejando, esquentando até ficar dura de verdade, a cabeça arroxeada brilhando de tanto sangue.
Renato soltou um sorriso satisfeito.
— Moleque, isso é coisa de homem… coisa de macho! Tu vai ficar machão que nem eu, tu quer?
— Sim… — a voz de Lucas saiu rouca, embargada pelo tesão.
— Machão, hein! — Renato repetiu, quase num urro.
Ele largou a latinha de cerveja, segurou o pau de Lucas com a mão cheia, esfregou devagar pela base, subindo até os pentelhos e os ovos suados. Depois levou essa mesma mão ao nariz e aspirou fundo, soltando um urro animal.
— Porra, caralho! Cheiro de rola de macho, moleque! — e em seguida ordenou, os olhos brilhando: — Sente o cheiro da minha também!
Lucas imitou o gesto, esfregou forte a mão nos pentelhos, apertou os culhões, depois levou a palma quente até o nariz. O cheiro forte, cru, de macho, tomou sua cabeça.
— Esse é o cheirão da rola de um macho, porra! — Renato riu alto — Tem que sentir esse cheiro todo dia pra virar que nem eu!
Lucas sentia a rola pulsar tanto que parecia que ia gozar só de respirar. Mas não queria gozar ainda, queria esticar aquele momento com ele, sentir o mesmo calor.
— Cheirão de rola é muito bom… — murmurou, tentando engrossar a voz numa imitação tosca da virilidade de Renato.
— Tu curtiu, moleque? — Renato perguntou, cuspindo na cabeçona da rola e esfregando o cuspe grosso no pau todo, que brilhou lubrificado. — Foda ter caralho, né?
Ele mantinha um braço pesado no ombro de Lucas e com a outra mão batia punheta lenta, espalhando o cheiro de porra no ar.
— Bora gozar junto, moleque? Coisa de homem!
Lucas assentiu, sem conseguir falar. Não quis punhetar de verdade, apenas deixou a mão pousada sobre o próprio pau, esperando o momento. O som da respiração pesada de Renato, seus urros abafados, a mão grossa subindo e descendo com violência… até que, de repente, ele agarrou com força a base do caralho e jorrou.
Jatos grossos de porra voaram direto em seu rosto, respingando na boca, sujando o peito e descendo até a barriga. A gozada foi tão forte que parecia não ter fim, misturando-se ao suor.
Lucas, excitado pelo espetáculo, não resistiu: bateu punheta rápido, encarando Renato, e gozou também, respingando no próprio peito, embora menos que ele. O cheiro forte de porra tomou conta do ar, pesado e quase sufocante.
— Caralho, moleque… — Renato se largou no sofá, arfando. — Sempre quis bater uma contigo… — confessou com um riso cansado, os olhos semicerrados.
Lucas permaneceu em silêncio, limpando com a mão o gozo que escorria do rosto, o peito em fogo, o coração acelerado. Sabia que nada seria igual depois daquilo.
Lucas permaneceu ali, o peito arfando, a respiração descompassada, enquanto a porra ainda escorria pelo seu corpo. Uma parte dele curtira demais, o pau ainda pulsava duro só de lembrar a cena; mas outra parte se encolhia com culpa, com o peso do que tinha acabado de acontecer. Renato era amigo de seu pai, alguém que frequentava sua casa desde sempre, e agora estava ali, depois de gozar junto, como se fosse a coisa mais natural do mundo. A frase dele ecoava na cabeça de Lucas: “Sempre quis bater uma contigo…” Aquilo o assustava.
Renato abriu os olhos, se ergueu meio preguiçoso no sofá e, sem cerimônia, passou os dedos grossos pelo gozo que escorria no peito e na barriga de Lucas. Espalhou bem, sujou a mão, e levou direto à boca, chupando com gosto, como quem prova um prato pesado de comida. O barulho úmido fez Lucas estremecer. Depois, sem dar tempo de reação, Renato recolheu com a mão a porra que escorria dos seus pentelhos e da sua barriga, ergueu e encostou os dedos na boca do rapaz.
Lucas hesitou, mas a curiosidade foi mais forte. Abriu os lábios e lambeu, o gosto salgado e ácido da porra do mais velho se espalhando na língua, queimando sua garganta com um tesão inesperado. A culpa, por um instante, parecia desaparecer, substituída pelo calor grosso que voltava a inflar dentro dele.
Renato riu baixo, satisfeito. — Bora dormir, moleque! — disse num tom simples, como se não tivessem acabado de dividir o gozo no sofá.
Levantou-se, o pau enorme ainda balançando pesado para fora da cueca, e caminhou para o quarto, deixando o cheiro forte de sexo pairando na sala.
Lucas permaneceu sentado por alguns segundos, meio atordoado, antes de se levantar e seguir para o próprio quarto. Deitou-se ainda sujo, sem coragem de tomar banho. O coração latejava acelerado, misturando ansiedade, tesão e culpa. Sabia que a partir dali nada seria igual. A convivência com Renato, que já era carregada de tensão, agora tinha atravessado um limite invisível.
Fechou os olhos, mas o sono demorou a vir. A sensação era clara: os próximos dias seriam diferentes. Mais pesados, mais intensos. E ele não sabia se estava pronto para lidar com isso.

Faca o seu login para poder votar neste conto.


Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.


Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.


Twitter Facebook

Comentários


foto perfil usuario hliberaldf

hliberaldf Comentou em 13/10/2025

Super ansioso para o próximo capítulo

foto perfil usuario vitor3

vitor3 Comentou em 12/10/2025

Está cada vez mais gostoso 🤤

foto perfil usuario rotta10

rotta10 Comentou em 11/10/2025

Delícia uma maravilha adorei




Atenção! Faca o seu login para poder comentar este conto.


Contos enviados pelo mesmo autor


244714 - O AMIGO DO MEU PAI 04 - Categoria: Gays - Votos: 10
244307 - O AMIGO DO MEU PAI 02 - Categoria: Gays - Votos: 7
243889 - O AMIGO DO MEU PAI 01 - Categoria: Gays - Votos: 10
242239 - O AMIGO CASADO 02 - Categoria: Gays - Votos: 4
242057 - O AMIGO CASADO 01 - PRIMEIRO ENCONTRO - Categoria: Gays - Votos: 7
236716 - O TIO: PARTE 7 – QUARTO ESCURO - Categoria: Grupal e Orgias - Votos: 6
236715 - O TIO: PARTE 6 – RODEIO E OUTROS JOGOS 2 - Categoria: Gays - Votos: 4
236579 - O TIO: PARTE 5 – RODEIO E OUTROS JOGOS 1 - Categoria: Gays - Votos: 7
236307 - O MAESTRO: 05 – AREIA, SAL E SEGREDOS 2 - Categoria: Gays - Votos: 3
236243 - O MAESTRO: 04 – AREIA, SAL E SEGREDOS 1 - Categoria: Gays - Votos: 3
236242 - O MAESTRO: 03 – OLHARES E CIÚMES - Categoria: Gays - Votos: 3
236178 - O MAESTRO: 02 – WAGNER, O MARIDO DA PRIMA - Categoria: Gays - Votos: 2
236176 - O MAESTRO: 01 – O MAESTRO DA BANDA - Categoria: Gays - Votos: 3
236131 - O TIO: PARTE 4 - SEU JOSÉ - Categoria: Gays - Votos: 6
236130 - O TIO: PARTE 3 - UM FIM DE SEMANA DIFERENTE - Categoria: Gays - Votos: 7
235989 - O TIO: PARTE 2 - MEU TIO E O AMIGO - Categoria: Gays - Votos: 16
235911 - O TIO: PARTE 1 - MEU TIO - Categoria: Gays - Votos: 18

Ficha do conto

Foto Perfil manjadorb
manjadorb

Nome do conto:
O AMIGO DO MEU PAI 03

Codigo do conto:
244392

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
10/10/2025

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
0