Na manhã seguinte, o sol mal tinha nascido quando Jorge chegou à casa de André e Bianca. O barulho do martelo do dia anterior ainda ecoava na mente dele, mas agora vinha misturado com a imagem persistente de Bianca. Ele carregou suas ferramentas com mais determinação, tentando se convencer de que seria apenas mais um dia de trabalho. André já estava de saída, ajustando a mochila no ombro. -- “Bom dia, seu Jorge. Tá tudo certo pra continuar?” André perguntou, com um tom apressado. -- “Bom dia, André. Sim, vou dar um jeito no encanamento hoje. Pode deixar que fico de olho,” Jorge respondeu, mantendo o tom profissional.
André acenou e saiu, deixando a casa silenciosa novamente. Bianca apareceu na sala minutos depois, agora com um vestido leve de estampa floral que balançava com o vento da janela aberta. Seus cabelos pretos caíam soltos sobre os ombros, e o tecido do vestido destacava suas curvas de um jeito que Jorge não conseguiu ignorar. Ele pigarreou, focando no balde de ferramentas. -- “Bom dia, Bianca. Vou começar no banheiro,” ele disse, tentando manter a concentração. -- “Bom dia! Se precisar de algo, é só avisar. Vou ficar na cozinha arrumando umas coisas,” ela respondeu com um sorriso, voltando para seus afazeres.
O dia seguiu com o som constante de Jorge trabalhando no encanamento. Ele trocou canos velhos, ajustou o chuveiro e começou a preparar a parede para novos azulejos. Mas, a cada pausa, seus olhos inevitavelmente buscavam Bianca. Ela passava pelo corredor com uma bandeja de biscoitos que havia acabado de assar, o cheiro doce invadindo o ar. O vestido subia um pouco a cada movimento, revelando mais das pernas torneadas, e Jorge sentiu o calor subir novamente. -- “Seu Jorge, trouxe um lanche pra você. Tá quente ainda,” Bianca disse, colocando a bandeja na mesa. -- “Obrigado, Bianca. Você é muito atenciosa,” ele respondeu, tentando não deixar o olhar demorar demais. Mas, enquanto pegava um biscoito, ele não resistiu e observou o balanço dos quadris dela ao se afastar.
À tarde, enquanto Jorge instalava os novos azulejos, Bianca apareceu com um copo de suco gelado. O calor do dia tornava o trabalho pesado, e o suor escorria pelo rosto dele, manchando a camisa. Ela se aproximou, inclinando-se para entregar o copo, e o decote do vestido revelou mais do que o necessário. Jorge engoliu em seco, sentindo o coração acelerar. “Essa mulher vai me matar,” ele pensou, mas agradeceu com um aceno curto. -- “Tá quase pronto, né? Tá ficando bonito,” ela comentou, olhando o progresso no banheiro. -- “Tá sim, Bianca. Só falta uns ajustes amanhã,” ele respondeu, mantendo os olhos no trabalho.
Quando o sol começou a se pôr, Jorge terminou de limpar o espaço e guardou as ferramentas. Bianca apareceu na porta do banheiro, agora com um avental sobre o vestido, segurando uma vassoura. -- “Deixa que eu varro aqui. Você já fez bastante hoje,” ela disse, começando a varrer. Jorge hesitou, mas aceitou o gesto. Enquanto ela se movia, o avental levantava o vestido, destacando ainda mais as curvas que o atormentavam. Ele sentiu um impulso de se aproximar, de dizer algo, mas se conteve. “Não, ela é casada. Foca no trabalho,” ele repetiu mentalmente, pegando suas coisas.
Quando André chegou, encontrou o banheiro mais organizado e Jorge já se despedindo. -- “E aí, seu Jorge, tá ficando bom?” André perguntou, olhando o progresso. -- “Tá, André. Amanhã termino os detalhes. Sua esposa me deu uma força hoje,” Jorge disse, com um sorriso contido. Bianca apareceu ao lado de André, rindo. -- “Só varri um pouco, amor. O mérito é todo do Jorge.”
André sorriu, mas o desconforto de ontem voltou. Ele passou o braço ao redor da cintura de Bianca, puxando-a para si, e Jorge notou o gesto. “O cara tá marcando território,” ele pensou, com uma mistura de respeito e inveja. Despediu-se com um aceno e saiu, já imaginando o que o dia seguinte traria. A obra estava quase pronta, mas os pensamentos sobre Bianca só cresciam, e ele sabia que manter o controle ia ficar cada vez mais difícil.
Que tesaooooo