A massagem, presente do marido III

O Presente de Aniversário

O quarto agora cheirava a sândalo, suor e desejo. A penumbra quente das velas parecia dançar no ritmo do corpo de Helena, que se contorcia sob os toques contínuos, úmidos, escorregadios dos dois homens. Ela gemia com liberdade, os olhos fechados, os cabelos colados ao rosto pela oleosidade do gel. Era adorada, celebrada, explorada com reverência.

Jorge, entre suas pernas, continuava com os movimentos aprendidos com Marcelo. Seu corpo deslizava sobre o dela com mais confiança agora, o pênis latejando entre a barriga e os montes pubianos da esposa, escorregando no meio do prazer que se acumulava ali.

Marcelo se aproximou de lado e, com um olhar silencioso para Helena, levou a mão entre suas pernas, afastando os lábios úmidos com os dedos. Ela gemeu mais alto, sentindo a presença forte e decidida.

— Posso? — ele murmurou.

— Sim... — ela arfou, segurando o pulso dele com um gesto instintivo, como se dissesse "não pare".

Marcelo começou a estimulá-la com os dedos, lentos, molhados, circulando o clitóris com precisão e experiência. Jorge observava tudo de perto, os olhos fixos no prazer da esposa, sentindo sua própria excitação aumentar.

Então, algo mudou. Helena abriu os olhos e olhou diretamente para Jorge, a voz rouca, trêmula.

— Eu quero... quero sentir você dentro de mim.

O marido a olhou, tomado por uma onda de amor e tesão. Não havia mais receio, nem dúvida. A entrega dela era total.

Ele se posicionou, guiando o membro duro entre as pernas da esposa. Marcelo afastou-se ligeiramente para abrir espaço, mas manteve as mãos nas coxas de Helena, massageando-a, mantendo a energia acesa entre os três.

Quando Jorge penetrou devagar, Helena soltou um gemido longo, quase um lamento de prazer. Ele foi fundo, sentindo o calor úmido que o acolhia com familiaridade e renovação.

Marcelo se deitou ao lado dela, agora acariciando seus seios com os dedos e a boca. Seus lábios encontraram os mamilos duros, enquanto Jorge a possuía com movimentos lentos, profundos.

O contraste era surreal. Dois homens sobre ela. Um dentro. Outro a tocando, beijando, sussurrando palavras de adoração. Helena estava no meio de tudo, no centro daquele ritual de prazer.

— Você está tão linda sendo amada assim... — murmurou Marcelo em seu ouvido, enquanto chupava o mamilo com suavidade, alternando com carícias em sua barriga, sua cintura, sua virilha.

Jorge, tomado pelo calor, sentiu a respiração falhar. O corpo de Marcelo estava muito próximo. Em um momento, os quadris dos dois chegaram a se encostar, com seus membros roçando de leve durante os movimentos. Havia contato masculino ali — mas não era desconfortável. Era visceral.

Foi então que Marcelo deslizou por trás de Jorge, suas mãos firmes segurando os quadris do marido com naturalidade.

— Deixe-me guiar você, Jorge... — disse, a voz grave e baixa — sentir você se mover dentro dela, assim, com mais entrega...

Marcelo começou a mover o quadril de Jorge com ele, como se dançassem juntos dentro dela. Helena sentia tudo. A fricção, o calor, os toques — e soube que estava prestes a explodir.

Ela segurou os braços dos dois ao mesmo tempo, puxando-os para si, como se quisesse que entrassem ainda mais profundamente em seu corpo e alma.

— Agora... gozem comigo... juntos... — suplicou, quase em prantos.

Jorge aumentou o ritmo. Marcelo passou a massagear o clitóris com firmeza. A explosão veio como uma onda bruta. Helena arqueou as costas, os olhos revirando, o corpo inteiro tremendo num orgasmo prolongado e intenso.

Jorge gemia fundo, pressionando-se até o fim dentro dela, sentindo o corpo inteiro estremecer ao gozar junto, o calor derramando-se no ventre da esposa.

Os três ficaram assim por alguns segundos eternos: colados, ofegantes, suados e extasiados.

E então, lentamente, caíram juntos sobre o colchão, os corpos entrelaçados, os corações disparados, os sorrisos suaves surgindo entre suspiros.

Era mais do que uma massagem. Era um renascimento. Um presente de aniversário que nenhum dos três jamais esqueceria.