O espaço era apertado — apenas um vaso, uma pia e o espelho manchado pelo tempo. O cheiro de perfume e desejo impregnava o ar. Lara encostou Cecília contra a parede fria, o corpo dela moldando-se ao da outra como se não houvesse mais espaço no mundo.
— Não acabei com você — sussurrou Lara, a voz grave, enquanto puxava novamente o casaco para revelar a cinta peniana, ainda úmida da cena anterior.
Cecília mordeu o lábio, ofegante, as mãos deslizando pela cintura de Lara. — Então me termina.
Lara se ajoelhou, afastando as pernas dela, puxando a calcinha até os joelhos. Passou a ponta da língua lenta pela pele interna da coxa, subindo, explorando cada centímetro até encontrar o centro quente e latejante. Cecília gemeu alto, apoiando a mão no espelho para não perder o equilíbrio.
Sem aviso, Lara se ergueu e encaixou-se novamente, o som abafado de couro e pele ecoando no banheiro estreito. As estocadas eram rápidas, curtas, mas profundas, fazendo Cecília gritar o nome dela entre respirações cortadas.
O espelho começou a embaçar, e a pia rangia com o movimento dos corpos. Lara segurava o quadril dela com força, guiando cada investida como se estivesse marcando território. Cecília sentia as costas arranharem levemente contra a parede, mas não queria que parasse.
Quando o orgasmo a atingiu, foi quase violento. O corpo de Cecília estremeceu inteiro, os joelhos fraquejando enquanto Lara a sustentava contra a parede. Elas ficaram assim por alguns segundos, respirando juntas, até que o som distante do filme voltou a se fazer presente.
Lara sorriu, ajeitou a cinta sob o casaco e abriu a porta. — Vamos voltar. Acho que ainda temos uma plateia esperando.