A viagem parte 2

O quarto estava tomado pela luz suave de um abajur e pelo som ritmado do mar que vinha da varanda. Lara abriu a garrafa de vinho com calma, derramando o líquido em duas taças, enquanto Cecília se acomodava na cama, recostada nos travesseiros, observando cada movimento da namorada com uma mistura de ternura e antecipação. Havia algo em Lara naquela noite — talvez a forma como sorria de canto, ou como se demorava ao se aproximar — que fazia o ar pesar de expectativa.

Entregando a taça, Lara se inclinou e deixou um beijo demorado no canto da boca de Cecília. — À nossa viagem… e ao nosso futuro — murmurou, tocando de leve o ventre dela com a ponta dos dedos. Cecília sentiu o calor da mão percorrer sua pele como uma promessa, e ergueu o rosto para finalmente capturar a boca de Lara em um beijo mais profundo.

O vinho logo foi esquecido na mesinha de cabeceira. Lara se moveu devagar, esticando-se sobre Cecília, sentindo o corpo dela se abrir em resposta. O beijo tornou-se mais urgente, as línguas se encontrando em um ritmo que oscilava entre ternura e fome contida. Lara deixou que seus dedos explorassem o caminho pela cintura, subindo pelo tecido leve da blusa de Cecília até alcançar a curva dos seios. A respiração da namorada se acelerou, e um suspiro escapou quando Lara a acariciou por cima do tecido.

— Você está ainda mais linda… — sussurrou Lara, afastando-se apenas o suficiente para admirar a expressão de Cecília. Havia desejo nos olhos dela, mas também uma fragilidade nova, um brilho que misturava amor e o peso suave da gravidez recém-descoberta.

Cecília puxou Lara de volta, rindo baixo. — E você fala demais…

O riso virou gemido quando Lara deslizou os lábios pelo pescoço dela, descendo em beijos molhados e demorados. A blusa foi erguida lentamente, revelando a pele quente e arrepiada. Lara a despiu com delicadeza, como quem desembrulha algo precioso, e Cecília ergueu os braços, entregando-se sem resistência. A visão do corpo dela — ainda igual, mas já carregando um segredo silencioso — fez o coração de Lara disparar.

Os beijos desceram pelo colo, entre os seios, até o ventre. Lara se demorou ali, depositando um beijo suave sobre a pele lisa, um gesto carregado de ternura. Cecília, tocada, entrelaçou os dedos nos cabelos da namorada, murmurando um “vem cá” quase implorante. Lara obedeceu, voltando a subir, colando-se a ela novamente.

A cada toque, a cada beijo, o desejo crescia, mas Lara mantinha o ritmo lento, quase torturante, aproveitando cada reação da namorada. As mãos deslizavam pelas curvas, os corpos se ajustavam um ao outro, e o quarto se enchia do som baixo de suspiros e gemidos contidos. A viagem mal havia começado, mas naquela primeira noite elas já sabiam que a cumplicidade seria tão intensa quanto o prazer que compartilhariam.
A blusa de Cecília já havia sido deixada no chão, e Lara se demorava nos seios dela, beijando, chupando cada ponta rígida, uma de cada vez, alternando entre sucção e leves mordidas. Cecília arqueava as costas, os dedos entrelaçados nos cabelos da namorada, guiando, pedindo mais. — Não para… — murmurou, a voz falhando em prazer.

Lara obedeceu, descendo devagar pela barriga lisa, até alcançar o cós do short de Cecília. Puxou a peça lentamente, revelando a calcinha rendada por baixo. Os olhos de Lara brilharam, e ela passou a boca sobre o tecido, sentindo o calor e a umidade que já se formavam ali. Cecília gemeu alto, pressionando os quadris contra o rosto da namorada, pedindo mais contato.

Com um movimento firme, Lara tirou a calcinha e abriu as pernas dela, se posicionando entre as coxas. Passou a língua devagar, de baixo até o topo, saboreando o gosto da excitação que já escorria. Cecília agarrou os lençóis, gemendo sem pudor, enquanto Lara alternava movimentos lentos e circulares com estocadas rápidas da língua. O corpo de Cecília tremia em cada investida, e sua respiração era entrecortada, quase desesperada.

— Eu vou… — ela tentou avisar, mas Lara intensificou os movimentos, sugando o ponto mais sensível com força e ritmo. O orgasmo veio rápido, um espasmo forte que percorreu o corpo de Cecília, arqueando seu dorso e arrancando dela um gemido longo, quase um grito abafado.

Lara não parou ali. Subiu novamente pelo corpo da namorada, beijando-a com a boca ainda molhada, fazendo Cecília provar o próprio gosto. — Agora é a minha vez… — disse em tom rouco, guiando a mão dela até o fecho de sua lingerie nova. Cecília sorriu maliciosa, abrindo lentamente o sutiã preto que Lara havia escondido na mala.

Os seios dela ficaram expostos, e Cecília não resistiu em envolver um na boca, chupando com vontade, enquanto suas mãos já deslizavam pelo corpo de Lara, descendo até a calcinha. Sem hesitar, enfiou a mão por dentro do tecido, encontrando-a molhada, pronta. Lara gemeu alto, montando sobre a coxa de Cecília, esfregando-se enquanto os dedos dela a penetravam fundo. O quarto encheu-se do som de corpos se chocando, da respiração acelerada, de gemidos cada vez mais intensos.

Lara apoiava as mãos nos ombros da namorada, cavalgando contra a mão dela, deixando-se perder no ritmo frenético. O prazer crescia rápido, e quando Cecília aumentou a velocidade, pressionando o polegar contra o ponto mais sensível, Lara explodiu em um orgasmo forte, estremecendo inteira sobre o corpo da amada.

Ofegante, ela caiu ao lado de Cecília, mas não deixaram o momento esfriar. Cecília a puxou de volta para um beijo selvagem, e as duas se entrelaçaram novamente, os corpos suados e famintos. Dessa vez, Lara deitou Cecília de bruços, deslizando por trás, explorando cada curva com as mãos e a boca, mordendo levemente a pele até fazê-la se contorcer de desejo.

Lara usou os dedos novamente, penetrando-a por trás, enquanto sussurrava no ouvido dela palavras quentes, obscenas, que arrancavam gemidos incontroláveis. O corpo de Cecília se agitava sob ela, até que mais um orgasmo tomou conta, fazendo-a se contrair intensamente, implorando para que Lara não parasse.

Só quando ambas estavam exaustas, com o coração disparado e os corpos colados, elas finalmente pararam. O quarto cheirava a sexo, suor e desejo satisfeito. Lara acariciou o ventre ainda plano de Cecília, beijando-o com ternura depois de toda a intensidade. — Nosso futuro já começou… — murmurou, e Cecília sorriu, ainda ofegante, antes de adormecer nos braços dela.
O quarto continuava iluminado apenas pelo abajur, com o mar batendo ritmicamente lá fora. Lara e Cecília ainda estavam entrelaçadas, corpos suados e corações acelerados, mas o desejo ainda queimava em cada toque. Lara não queria parar; o gosto da namorada, a forma como se contorcia, tudo provocava uma fome impossível de ignorar.

Ela deslizou os lábios pelo pescoço de Cecília, descendo lentamente pelo ombro, até chegar novamente aos seios, agora explorando cada curva com as mãos e a boca. Cecília arqueava o corpo, agarrando os travesseiros, gemendo cada vez mais alto. — Lara… — sussurrou, a voz falhando de prazer. Lara respondeu com um gemido próprio, aumentando a pressão dos lábios, mordendo levemente os mamilos enquanto girava a língua em círculos.

Cecília gemeu alto, arqueando as costas, e Lara aproveitou para deslizar a mão entre as pernas da namorada. Os dedos percorreram o caminho úmido, pressionando e deslizando no ritmo do desejo crescente. — Por favor… — implorou Cecília, sem conseguir conter o gemido.

Lara, então, se posicionou entre as coxas da namorada, olhando-a nos olhos. A língua começou a explorar de forma lenta e profunda, penetrando-a com precisão, enquanto os dedos entravam ao mesmo tempo, misturando estímulos e arrancando da gravidez ainda no início gemidos intensos e arrepiantes. Cecília apertava os lençóis, a respiração entrecortada, o corpo tremendo em antecipação.

— Mais… não para… — implorou, e Lara obedeceu, aumentando o ritmo da língua e das estocadas dos dedos. Cecília se arqueou com força, o corpo se contraindo em ondas, até que o primeiro orgasmo veio, súbito e intenso, percorrendo cada fibra do corpo. Um gemido longo e alto escapou dela, o som misturando-se ao bater das ondas lá fora.

Mas Lara não parou. A viu tremer e ainda sentindo desejo pulsante, subiu de novo, colando-se a Cecília, mordendo o pescoço e chupando os ombros, provocando arrepios e suspiros constantes. Então se deitou sobre ela, peito contra peito, e deslizou a mão pelo corpo de Cecília, agora penetrando lentamente enquanto pressionava a língua em seu pescoço e mamilos.

Cecília arqueou novamente, segurando Lara pelos ombros, sentindo cada toque, cada penetração, cada deslizar de mãos. Os gemidos se tornaram mais altos, o ar quente do quarto se misturando com o perfume e o suor de ambas. — Lara… não aguento… — implorou, mas Lara apenas intensificou, explorando cada reação da namorada.

O segundo orgasmo chegou quase que simultâneo, um pico tão forte que ambas se contorceram, corpos tremendo, mãos se entrelaçando nos cabelos uma da outra. Gemidos altos, respiração descompassada e o som do prazer enchiam o quarto, acompanhados apenas pelo mar lá fora.

Exaustas, mas ainda sentindo o calor do desejo percorrer cada músculo, elas caíram uma sobre a outra, corpos colados, respirações ofegantes se misturando. Lara passou a mão pelo ventre de Cecília, beijando-o suavemente. — Nosso futuro… — murmurou, e Cecília sorriu, a cabeça encostada no ombro da namorada, ainda sentindo os ecos do prazer.

O quarto estava impregnado de sexo, calor e cumplicidade. As duas ainda se acariciavam, os corpos grudados, mas a intensidade havia dado lugar a um suspiro prolongado de satisfação, a sensação de que aquele momento era só delas e que a viagem acabara de começar.