A sala de aula do curso estava quase vazia naquele começo de noite abafado de quarta. A chuva havia parado, deixando o ar úmido e pesado. Havia apenas dois alunos na prova de recuperação: Marcos, um rapaz quieto que trabalhava como ajudante de pedreiro e queria terminar rápido para descansar, e Larissa. Enquanto Marcos escrevia com uma determinação surpreendente, Larissa mal tocava na prova. Sua prova estava praticamente em branco. Em vez disso, ela passava o tempo olhando para mim por cima da folha, cruzando e descruzando as pernas sob a pequena carteira, ajustando o top preto que já era curto demais. Meu papel era claro: professor. Postura ereta, expressão neutra, foco na aplicação da prova. Por dentro, porém, o sangue corria mais rápido. Eu usava uma calça social fina, e sob ela, um pau duro como a muito não ficava. A sensação era um contraste gritante com a formalidade do ambiente. Larissa, com seus vinte e oito anos bem vividos e sua audácia de quem acha que o mundo é uma conquista fácil, não fazia ideia. Marcos levantou-se abruptamente. “Pronto, professor. Pode ir?” Revirei rapidamente sua prova. Ele havia respondido tudo, com uma letra truncada, mas o esforço era visível. “Pode ir, Marcos. Boa noite e bom descanso.” Ele saiu com um aceno de cabeça aliviado. A porta se fechou. E então ficamos só nós dois. O silêncio na sala era denso, carregado. Larissa soltou um suspiro exagerado e levantou-se. “Professor, tem uma questão aqui que não entendi.” Ela veio andando devagar, a prova numa mão, a outra passando levemente pelo cabelo. Parou ao lado da minha mesa. Eu estava sentado. Ela se inclinou para frente, apontando para algo na folha. Seu decote, que já era um convite, tornou-se uma exposição completa. Eu conseguia ver a curva dos seios, a linha do sutiã — ou a falta dele. O cheio doce e enjoativo de seu perfume invadiu meu espaço. “É a questão cinco, sobre…” ela começou, mas sua voz era um sussurro calculado. E então ela fez o movimento. Ao se inclinar um pouco mais, para apontar para o papel sobre a mesa, seus seios roçaram levemente nas minhas costas, através da fina camisa de algodão. Foi um toque fugaz, mas deliberado. Ela não se afastou. Ficou ali, debruçada sobre a mesa, ao meu lado, seu braço quase tocando o meu. O decote estava agora a centímetros do meu rosto. Se eu me virasse alguns graus, minha boca encontraria sua pele. “Entende, professor? Acho que preciso de uma… explicação menos profissional e mais pessoa”, ela disse, a palavra ‘pessoal’ saindo como um sopro quente. Meu pau, já meio alerta pela tensão, endureceu completamente, pressionando contra a calça. Eu mantive meus olhos fixos na prova, nas letras embaralhadas que ela supostamente não entendia. “A matéria estava toda no livro, Larissa. E nas aulas que você faltou”, respondi, minha voz surpreendentemente firme. “Aproveite o tempo que resta.” Ela soltou um risinho baixo, um som de quem não acreditava na minha resistência. “O livro é tão… frio. E você explica tão melhor.” Ela finalmente se endireitou, mas sua mão ‘acidentalmente’ varreu minha coxa ao se apoiar na mesa. O toque foi como um choque. Ela voltou para sua carteira, mas agora havia um novo brilho em seus olhos. Era o brilho de quem achou uma brecha. Os minutos finais da prova se arrastaram. Ela rabiscou algumas respostas, mas seu olhar estava fixo em mim, não no papel. Quando o tempo acabou, ela se levantou e trouxe a prova. Desta vez, ao entregar, seus dedos envolveram os meus por um instante longo demais. A folha não estava em branco. No rodapé, abaixo do último exercício, ela havia escrito, com sua letra redonda de adolescente: “Preciso MUITO passar.” “Boa noite, professor”, disse ela, com um sorriso que não era mais de aluna. Era o sorriso de uma mulher que está fazendo uma oferta. “Te chamo no whatsapp pra saber da prova já já.” Ela saiu, deixando a porta entreaberta. Fiquei sozinho com as duas provas. A de Marcos, honesta e suada. E a de Larissa, uma farsa com um “convite” no final. Olhei para a mensagem. Depois olhei para a prova. A postura de professor havia sido mantida, mas apenas na superfície. Por baixo da minha calça social, meu pau refletia a tensão daquele momento. Eu não era só o professor. Eu era o caçador que deixou a presa se aproximar, confiante, para melhor abatê-la depois. Dobrei a prova de Larissa com cuidado, guardando o pedaço com o número. O próximo semestre estava garantido para ela. E para mim, uma “recompensa” pela aprovação estava agora em jogo. A aula de recuperação, afinal, ainda não havia terminado. Ela só estava começando.
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