Rua Silenciosa



Eu achava que estava apaixonada. Completamente. O tipo de amor que faz a gente desafiar os pais, mentir com convicção, e dirigir quilômetros com o carro emprestado só pra viver alguns minutos ao lado de alguém. Glauber era isso. Um erro que eu ainda chamava de amor.
Meus pais odiavam ele. Diziam que não se vestia bem, que parecia maloqueiro, que não tinha futuro. E eu achava tudo isso parte do charme. Me fazia sentir rebelde, adulta. Só depois fui entender que não era charme, era descaso.
Nosso namoro foi escondido desde o começo. Glauber não tinha carro, então era sempre eu quem dirigia. Inventava mil desculpas pros meus pais: jantar com amigas, cinema, aniversário. Na verdade, era sempre ele. Sempre Glauber.
Ele não gostava de motel. Dizia que era caro, desnecessário. Que o carro servia. E eu, cega, achava isso emocionante. Começou com beijos em ruas desertas, depois mãos ansiosas, até virar sexo no banco de trás, no banco da frente, no capô. Eu dirigia com medo, mas com o coração acelerado. O Nissan March do meu pai virou nosso ninho — apertado, mas nosso.
Teve um dia quente em especial. Encontramos uma rua vazia, encostada num muro longo, com umas casas só lá no fim. Parecia perfeito. Estávamos no banco da frente. Glauber foi direto ao ponto — como sempre. Levantou minha blusinha, apertou meus seios, e antes que eu percebesse, a mão dele já estava dentro da minha calça. Eu gozei ali mesmo, no susto e na vontade.
Ele recuou o banco do passageiro e disse:
— Senta gostoso.
Obedeci. Tirei calça e calcinha e me sentei no colo dele. No aperto do carro, meu corpo dançava por cima do dele, nossas respirações ofegantes em sintonia. Eu achava aquilo tudo intenso, corajoso. E era. Só que não do jeito bonito.
Quando estávamos quase no fim, ouvimos gritos. Batidas no vidro.
— Seus pervertidos! Isso aqui é bairro de família! — berrou uma senhora, acompanhada de outras pessoas.
— Vai embora daqui, sua vagabunda!
Eu congelei. Minha bunda estava completamente à mostra, o carro sem insulfilm, o suor escorrendo pelo meu corpo nu. Pulei pro banco do motorista, desesperada. Tentei ligar o carro, mas deixei ele morrer umas cinco vezes. Lá fora, as vozes se multiplicavam. "Puta!", "Sem vergonha!", "Vadia!", "Volta pro puteiro".
Consegui arrancar, virei várias esquinas até sumir dali. Estacionei e comecei a me vestir, enquanto soluçava de chorar. Glauber me puxou, tentou me abraçar:
— Calma, amor. Foi só um susto.
Enquanto me embalava, puxou o zíper da calça e sussurrou:
— Termina pra mim, vai…
Ele já forçava minha cabeça em direção ao pau dele antes de eu concordar. Eu estava tonta, culpada, destruída. E fiz. Chupei ele no mesmo banco onde minutos antes tinha sido exposta, ainda chorando. Me esforcei para poder agradar o meu homem. Ele disse: "engole tudinho pra não sujar o carro do seu pai". Eu o obedeci, engoli tudo, enquanto ainda sentia minhas lágrimas correndo pelo meu rosto, meu nariz escorrendo e o soluço do choro se acalmava.
Depois, deixei ele em casa. Quando fui beija-lo para me despedir, ele desviou e me deu um beijo no rosto. Dirigi em silêncio até a minha. Passei direto pelo portão, sorrindo como se tivesse tido uma noite tranquila com amigas.
Eu era muito besta.
Foto 1 do Conto erotico: Rua Silenciosa


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Comentários


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arianofogoso Comentou em 12/05/2025

Uma boa menina que foi usada e humilhada. Ainda bem que saiu dessa.

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casalbisexpa Comentou em 12/05/2025

delicia de conto e foto

foto perfil usuario edu27rj

edu27rj Comentou em 12/05/2025

Delicia




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Ficha do conto

Foto Perfil martinahernandez
martinahernandez

Nome do conto:
Rua Silenciosa

Codigo do conto:
235434

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
12/05/2025

Quant.de Votos:
5

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1