Continuando...
Terça-feira, estava na piscina, relaxada, bebendo um drink gelado, quando meus olhos pararam neles. Dois gatos.
Um tinha aquele jeito de homem acostumado ao sol, pele dourada e marcada, ombros largos e firmes, braços fortes, um queixo desenhado e um sorriso preguiçoso, como quem sabe exatamente o efeito que causa. Movia-se devagar, com aquela confiança tranquila que só um homem muito seguro de si tem.
O outro tinha um porte mais fino, mas não menos atraente — o corpo definido, cada músculo aparecendo no lugar certo, o abdômen marcado e o olhar direto, quase desafiador, como se pudesse atravessar a água e me despir ali mesmo. Quando sorria, tinha um ar de malícia que me fez perder um pouco o ritmo da respiração.
A água escorria pelos peitos deles, formando pequenos caminhos que desciam até o cós das sungas, onde o volume deixava claro que não era só o calor do dia que estava crescendo. Um deles passou a mão pelo cabelo molhado, e nesse simples gesto consegui sentir um calor subir pelo meu corpo, aquela mistura de curiosidade e desejo que me fez prender o lábio inferior entre os dentes.
Olhei para Sophia, que percebeu e compartilhou do mesmo interesse. Ela me devolveu um meio sorriso de canto, como quem diz “pra mim tanto faz” e voltou a beber o drink.
— Não vai nem comentar? — perguntei, erguendo a sobrancelha.
— Comentar o quê? Que tem dois delicias olhando pra cá? — respondeu sem desviar os olhos do copo, mas com aquele tom divertido que eu conheço bem.
Ficamos ali, fingindo indiferença enquanto, na verdade, cada movimento deles chamava nossa atenção. Eles nadavam devagar, se apoiavam na borda, trocavam olhares rápidos para o nosso lado. Era aquele tipo de jogo mudo que a gente sente na pele antes mesmo de qualquer palavra ser dita.
Senti que a tarde ainda ia render.
O dia acabando, Sofia e eu fomos para o quarto, tomar um banho e nos vestimos para conhecer o Pub do resort, e com sorte, encontrar aqueles gatos por lá. Sai do banho, passei hidratante no meu corpo, me perfumei, Vesti uma calcinha branca, estilo tanguinha, pequena e leve, toda em renda na frente, trabalhada com pedrinhas nas bordas, com um corte que deixava a parte de trás socadinha na bunda — daquele tipo de calcinha que te faz amar ser mulher, que é mais que roupa, é sensação. Calcei o salto alto e me olhei no espelho.
Sophia saiu do banheiro, viu a cena e comentou:
— Agora, até eu fiquei com vontade de te comer!
Rimos muito.
Vesti um vestidinho azul, na altura das coxas e sem sutiã e pronto.
Sophia vestiu uma calcinha de renda preta levemente sexy, sutiã e um vestido preto e uma plataforminha.
Fomos para o pub, o clima parecia outro. A luz baixa, o musica gostosa e gente cheirosa e clima de curtição. Sophia e eu estávamos no balcão quando senti um toque leve no ombro — era o moreno bronzeado, sorrindo de um jeito confiante, mas sem pressa. O outro, de pele clara e olhar profundo, veio logo atrás, segurando uma long neck.
O moreno bronzeado se aproximou com um sorriso tranquilo, ajeitando o cabelo molhado.
— Oi, tudo bem? Podemos fazer companhia para vocês? Acho que nos vimos na piscina a tarde. Sou o Rafael — perguntou ele, com aquele tom casual, mas cheio de interesse.
Logo atrás, o outro, de pele mais clara, deu um passo adiante e se apresentou:
— Sou o Matías.
Sorri para eles e disse:
— Claro, quanto mais gente melhor.
A conversa fluiu leve e natural. Eles contaram que estavam na Bahia a trabalho, mas tinham uma pausa forçada e decidiram aproveitar para curtir um pouco o lugar. Ficariam só três dias antes de voltar para finalizar as coisas.
Depois de alguns drinks, fomos para a pista de dança. A luz baixa, a música pulsante, as pessoas ao redor — tudo parecia conspirar para criar uma atmosfera elétrica. Sophia e Matías se afastaram um pouco de nós.
Enquanto dançávamos, Rafael e eu nos aproximamos. Os olhares foram se encontrando até que, em um momento, ele encostou seu corpo no meu, e nossos lábios se encontraram num beijo quente, urgente. Entre um gole de bebida e outro, as mãos dele começaram a explorar, deslizando por baixo do meu vestido, apertando minha bunda com firmeza e desejo. Mas ali não era o local apropriado.
Saímos do pub após algumas horas, já meio bêbados e completamente tomados pelo tesão. Nos beijávamos loucamente enquanto caminhávamos pelos cantos escuros do resort, até chegar à faixa que indicava que a praia estava fechada. Sem pensar duas vezes, pulamos e seguimos em direção ao mar.
Encostados na palmeira, o calor do corpo dele parecia incendiar minha pele. Beijos profundos. As mãos de Rafael não perdiam tempo, explorando cada curva da minha bunda por baixo do vestido fino, apertando com força, como se quisesse me marcar ali mesmo. Senti meu corpo todo despertar, a pele arrepiada e o sangue pulsando entre as coxas.
Seus lábios desceram pelo meu pescoço, sugando e mordiscando com uma urgência quase selvagem que fez meu corpo se curvar para mais perto dele. Meu vestido, leve e fino, já não era barreira para seu toque; a sensualidade crua do momento estava exposta, nua como nós dois.
Com as mãos firmes, ele levantou o vestido, revelando minha calcinha branca de renda, fina e delicada, que agora estava molhada pela mistura do suor e do desejo. Rafael deslizou os dedos para dentro dela, sentindo a umidade quente e sedosa que eu já não tentava esconder. Um gemido baixo escapou da minha garganta enquanto ele mexia com firmeza, provocando aquele aperto delicioso e viceral, como se minha pele fosse esticar a qualquer segundo.
Ele puxou minha calcinha para o lado e, sem aviso, encaixou dois dedos, lentos no começo, mas que logo ganharam ritmo e força. Eu me apoiava na palmeira, arqueando o corpo, perdida naquela sensação de queimar e ser preenchida ao mesmo tempo. A respiração dele era pesada, misturando-se com a minha, e o som dos nossos gemidos se misturava ao barulho das ondas distantes.
Sua boca se fixou no meu pescoço e depois desceu para os seios, mordiscando e chupando, fazendo meus mamilos endurecerem ainda mais. Com uma mão, ele segurou minha bunda e levantou um pouco o vestido, enquanto a outra seguia firme e sensual, aumentando o ritmo do toque dentro de mim.
Eu sentia a excitação crescendo como um fogo descontrolado, a mistura do calor da noite, o toque dele, o cheiro do mar e o sabor dele em meus lábios, tudo me deixava quase louca de desejo.
De repente, senti o corpo dele se encostar no meu, o volume de seu pau apertando minha coxa, e não resisti mais. Me virei para ele, nossos olhos se encontraram, carregados de fogo e fome, e antes que eu pudesse pensar, seus lábios capturaram os meus em um beijo brutal, cheio de urgência e promessas.
Desabotoei sua calça, E puxei seu pauzão duro para fora, pulsando, que eu podia sentir contra minha pele. Agachei devagar, deslizando a mão por aquele corpo quente e firme, enquanto levava seu pau à boca, sentindo o gosto salgado e doce dele, o gosto do homem que eu queria devorar ali mesmo, na penumbra da praia, sob o céu estrelado.
Ele gemeu baixo, segurando firme minha cabeça, enquanto eu chupava até o fundo da garganta e lambia, provocando cada centímetro com vontade e controle. O desejo entre nós crescia a cada segundo, intenso, bruto, visceral.
O ar quente da noite misturava-se com o cheiro do mar, enquanto eu sugava aquele pau firme, sentindo cada veia pulsar sob minha língua. Minhas mãos percorriam acariciando suas bolas, explorando a pele quente e tensa. Sua respiração pesada anuncio a explosão de um jato de prazer dentro da minha boca, que engoli tudinho como uma boa amante.
Nos arrumamos, batemos um pouco da areia que estava grudada em nossas roupas, nos meus joelhos e voltamos para a "civilização".
Voltamos da praia com os corpos ainda quentes e a respiração acelerada, os dedos entrelaçados enquanto caminhávamos devagar pelos caminhos silenciosos do resort. A luz fraca dos postes criava sombras suaves, e o cheiro do mar se misturava ao perfume que eu ainda sentia na pele — uma mistura de sal, suor e desejo.
Quando chegamos perto do pavilhão, avistamos Sophia e Matías conversando encostados na parede, rindo com facilidade. Eles pareciam relaxados, numa sintonia que só quem divide um segredo sabe.
Quando chegamos ao nosso quarto, já com a porta fechada, o silêncio tomou conta do ambiente, interrompido só pelo som distante do resort. Lá fora, os rapazes já tinham se instalado em seu espaço, deixando para nós aquele momento só nosso.
Sophia soltou um suspiro e sentou-se na beirada da cama, sorrindo com aquela mistura de satisfação e timidez.
— Fiquei com o Matías hoje à noite… foi gostoso, ele beija muito bem.
Me sentei ao lado dela, mexendo no meu vestido ainda molhado pelo suor da noite.
— Huuummm! e ai? E o que mais?
Ela deu de ombros, rindo baixinho:
— Ué, mais nada! Só isso mesmo. E você com o Rafa.
Respondi:
— Ah, também. Só uns beijinhos. Esses homens estão meio lerdos.
Rimos