Novinha Usada



Talvez isso nem seja um conto. É mais um desabafo. Uma confissão que ainda hoje me dá um nó no peito, da época em que eu namorava o Glauber, meio que no fim da adolescência, onde eu não sabia o meu valor.
Glauber tinha um quarto nos fundos da casa da mãe. A mãe, aliás, mal dava as caras. O espaço era praticamente uma extensão da rua: uma bagunça escura, com cheiro de cigarro frio entranhado nas paredes, cortina encardida, sofá rasgado de tanto uso, colchão velho com lençol embolado e quase sempre sujo. Ele e os amigos chamavam o carinhosamente de Chiqueirinho.
Era ali que tudo acontecia. Os amigos iam e vinham sem avisar. Sentavam no chão, enchiam copos de plástico com bebida barata, acendiam cigarros, soltavam fumaça pra cima com naturalidade, sem se importar com quem estava perto, sem se importar nem com o futuro. Jogavam poker, jogavam videogame, escutavam funk alto, rap, às vezes eletronico. Riam alto de piadas sem graça. Alguns ficavam aos beijos no canto, outros só ficavam chapados mesmo, com o olhar perdido no teto.
E eu ali, como se estivesse sempre visitando um mundo que não era o meu. Eu morava em outro bairro, mais longe, mais quieto, mais “certinho”. Pegava metrô, depois ônibus, só pra chegar naquele fim de mundo empoeirado. E quando chegava, quase nunca era só com ele. Glauber dizia que me queria, mas o tempo com ele era dividido com todos. O quarto não era nosso. Era da turma. Da bagunça. Quando não tinha ninguém, ele me fodia naquele colchão velho ou naquele sofa sujo, mas eu não me importava, achava que era feliz, achava que não era foda, era amor. Não me importava de deitar com minha roupa limpa naquele chiqueiro. De ter minha cara socada contra aquele colchão mofado e suado enquanto era fodida de 4. De sentar de pernas abertas naquele sofá que todo mundo botava o pé, encostando minhas partes intimas naquele couro rasgado enquanto era comida pelo Glauber. Não me importava de ser fodida naquele quarto, onde os amigos do Glauber pediam emprestado para foder alguém. Se eu pudesse voltar no tempo e me salvar daquele lixo… apesar que eu acho que eu não me escutaria. Eu estava cega por aquele vagabundo.
Mas voltando a falar das companhias de Glauber, uma das pessoas que estava sempre presente na vida de Glauber era Talita, uma amiga de sempre dele. Podia ser terça à noite, sábado à tarde, feriado, madrugada ou dia de chuva. Ela estava lá. Sentada com as pernas abertas no sofá, fumando qualquer coisa, falando palavrão a cada frase, cantarolando funk escroto, sempre com shorts socado faça sol ou neve, aquela era a clássica piriguete. Já teve briga feia na rua por causa dela. Daquelas de puxar cabelo, cair no chão, por causa de macho. Talita era dessas. Sem filtro, sem freio, sem vergonha. Confesso que eu tinha medo dela, e acredito que ela só não tenha me dado uma surra por eu estar com o Glauber, não que ele me defendesse, mas sei lá.
Ela vivia grudada no Glauber. Uma amizade desde criança, eles diziam. Vivia na casa dele, ela era vizinha de muro. Eles viviam de piadinhas internas, de toques excessivos, de comentarios baixos e irritantes. Ele dava risada, achava graça. Eu fingia que não ligava. Mas ligava. Muito. Já teve brincadeira entre eles que ela deu um tapa na bunda dele, e ele revidou fazendo o mesmo, na minha frente. Quase chorei nesse dia.
Ela nunca foi abertamente grossa comigo, mas nunca foi simpática também. Nunca me deu espaço. Me olhava como quem mede. Nunca saquei qual era a dela. Ignorava minhas falas com frequencia. Me atropelava nas conversas, desrespeitava minha presença tocando Glauber na minha frente, dizendo coisas como "tomar no meu cu ninguém quer né?", ou coisas como “chupa minha buceta” quando ela fazia algo "foda”. Quando conheci o Glauber, ela já fazia parte do pacote. E eu, no fundo, sabia que nunca seria suficiente para mudar isso.
Naquele sábado, fui pra casa dele como era de costume. Como uma namorada dedicada, afim de namorar gostoso… bom… transar né.
Cheguei na casa do Glauber pouco depois das duas. Tinha pegado o metrô cheio, depois um ônibus mais cheio ainda, onde tive que escutar cantada de velho escroto. Quando desci na rua dele, já estava calor, e o cheiro do bairro era sempre o mesmo: carne de segunda na churrasqueira, cachorro molhado e fumaça de cigarro, entre carros e motos acelerando.
Entrei pelos fundos, como de costume. A mãe dele não estava em casa. O portão enferrujado estava destrancado, e o som abafado do quarto me dizia que a bagunça já tinha começado.
Abri a porta devagar. A luz do dia mal entrava ali. A única janela estava coberta por uma cortina de tecido grosso, suja e fedida. No canto, o ventilador girava devagar, sem força, só empurrando o cheiro de cigarro de um lado pro outro.
No sofá, Talita estava esparramada. Short jeans curto, top justo, o cigarro queimando entre dois dedos, uma garrafa de vinho barato no chão, empatando a foda literalmente. Glauber estava do outro lado, de bermuda, sem camisa, jogado no outro canto do sofá. A TV passava um filme qualquer da TV a cabo, mas nem sei se eles prestavam atenção.
-Oi! - Eu disse.
— E aí, delicia? — Glauber falou, rindo, quando me viu na porta. — Achei que ia me dar bolo hoje.
— E a Burg (de Burguesa) ia deixar de vir aqui, até parece. — Talita completou, tragando o cigarro.
Eu sorri amarelo. Engoli seco. Estava acostumada com esse tipo de comentário dela. Fingi que não me afetava era parte do meu papel.
Sentei no canto do sofá, o único espaço que sobrou. Glauber me puxou pela cintura e me beijou como se estivesse marcando território. O gosto da boca dele era de cigarro, cerveja quente e desleixo.
— Já almoçou? — ele perguntou.
— Comi em casa.
— Ah, então veio só pra dar, né? — riu, alto, olhando pra Talita. — Ela é obediente, tá vendo?
Talita gargalhou.
Glauber sempre soltou comentarios assim, mas quando entra entre nós dois, tudo bem, mas quando ele falava isso na frente de outras pessoas, eu ficava muito sem graça.
O filme terminou e Glauber começou a mudar de canal com o controle. Parou num pornô por acidente, e resolveu deixar lá. Eu estava roxa, sem saber onde enfiar a cara. É claro que eu já tinha assistido porno, mas sozinha ou uma vez com um grupo de amigas que eu tinha afinidade. Ficou olhando e comentando. Talita olhava também e comentava, sem vergonha nenhuma. Eu desviei o olhar, mas sentia o peso dos olhos dos dois em mim.
— Olha lá Talita, ia aguentar uma rola dessa no cu — Glauber disse.
— Eu aguentava até 3 dessa - dizia talita.
Eu arrependida de ter saído de casa.
— A Burg tem cara de que aguenta nem um. Ia encarar ou ia sair correndo? hahaha — Talita debochou, olhando direto pra mim.
— Como não Tá?! Ela aquenta o meu inteirinho. — disse Glauber - Né amor? E veio me beijar.
Eu estava muito puta por dentro. Vontade de sair correndo dali, mas algo dizia para eu ficar e provar que eu era forte. Na verdade eu estava sendo uma idiota com medo de perder o namorado.
— Ela fica toda sem graça — Glauber falou, se inclinando pra perto de mim. — Mas quando tá com tesão, é pior que a gente.
— Glauber, já deu, para — Falei pra ele.
Ele recuou um pouco.
Continuaram a assistir os filmes. Em algum momento, começou um filme onde tinham duas mulheres e um homem. Rolava beijo entre elas, com o cara, elas se esfregavam, se tocavam. Era possível ver que Glauber estava de pau duro por baixo dos shorts, estava alisando o pau. Em alguns momentos ele conduziu minha mão até o pau dele, por cima da roupa, hesitei algumas vezes por causa da presença da Talita, mas cedi e acariciava o pau dele. Confesso que minha havia uma excitação sendo gerada pelo filme.
Percebo de canto de olho que Talita tambem esta se tocando.
— Caralho, minha buceta ta molhada, não sei se de ver o pau ou a buceta dessas minas — desabafa Talita — Essas mina são lindas. Né não Burg?
Fiquei sem graça, não sabia o que responder
— É, elas tem um corpão. — Respondi
— Se pegava Burg? — Perguntou Talita
— Não, eu não, tá doida — Respondi
Eu estava com um shorts curto. Não táo curto mostrando a bunda, como o de Talita, mas era perto do meio das coxas. Talita passou a mão nas minhas coxas, mas apertou com uma certa pegada.
— Como você é quadrada, não pega nada não. — insite talita.
Glauber só observa e não diz nada.
Talita ajoelha no sofá e vem pra cima de mim
— Voce tem medo de mulher? Talita vem pra cima de mim e fica perto, me cheirando.
— Dá um beijinho nela — diz glauber, com o pau mais duro, afrouxando o shorts e fazendo eu segurar no pau dele, me ajudando a punheta-lo. Ele estava muito excitado. Varios pensamentos passaram na minha cabeça: ”Isso esta agradando ele, devo continuar", "se eu sair daqui, ele pode comer a Talita, vou perder ele”.
Me rendi e permiti a Talita me beijar. Não estava me sentindo nada confortável, fechei os olhos e deixei rolar. Com uma mão eu punhetava o Glauber sentado ao meu lado. Alguma mão invadiu o meu shorts e esfregava minha buceta. Queria acreditar que era o Glauber, mas eu sabia que não era ele. Foi algo rapido. Senti poucos minutos daquele começo algo quente escorrendo em minhas coxas, e logo apos, escorrendo em minhas mãos. Pelos gemidos de Glauber, ele tinha gozado e espirrado em mim.
Minha ficha caiu, parei com tudo, levantei dali e fui embora. Com um lenço que eu tinha na bolsa, fui limpando as mãos e minhas coxas. O gozo também pegou nos meus shorts, na minha blusinha. Fui embora séria, sem pensar em nada durante a viagem, com a mente vazia, sem planos, sem sonhos.
Eu estava sentada no onibus, com a cabeça encostada naquela janela suja de dedos, como eu, sentindo o fedor de sexo, de gozo, não sei se era só eu que sentia isso. Sentia parte da minha blusa ainda molhada de gozo, minha mão pegajosa, por mais que eu limpasse com o lenço.
Cheguei em casa, pra minha sorte não tinha ninguém. Tranquei a porta pra me esconder do mundo. Fui para a área de serviço, tirei toda a minha roupa: Arranquei meu shorts imundo, junto com a calcinha nova que faria uma surpresa para o desgraçado. Tirei minha blusinha gozada, meu sutiã e joguei tudo na máquina de lavar, afim de esconder qualquer questionamento, qualquer prova de ser a putinha da familia. Caminhei nua, pela casa, passando pelos espelhos e me envergonhando até chegar ao chuveiro. Liguei a água, entrei embaixo. Esfregava os braços, as pernas, a pele vermelha. E chorava. Não sabia se chorava de raiva, de vergonha ou de nojo. Talvez dos três. Porque eu fui lá? porque eu não disse não? porque eu não fui embora antes?
Sai de lá e fui tentar dormir. Olhando para o teto, sem pensar em nada, até que consegui dormir.
Glauber mandou mensagem pra mim no outro dia.

"Oi gostosa, você me fez gozar muito gostoso ontem.”
demorei 2 dias para responder.
"Que bom amor. Te amo”

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Comentários


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carreteiromg Comentou em 08/08/2025

Que corpo lindo 😍

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misteriososjk Comentou em 07/08/2025

Delicia de conto. Espero q vc tenha dado o troco neles.

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fernando1souza2 Comentou em 07/08/2025

Tesuda como sempre! Tesão!

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magoo1972 Comentou em 07/08/2025

cada conto um sonho

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farmaceutico- Comentou em 07/08/2025

Votado!

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olavandre53 Comentou em 07/08/2025

Amor de pica é amor que fica, este é o seu caso.

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sex-addict Comentou em 07/08/2025

Que bom conto, e que delicia de bunda gostosa, delícia bb

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thadeu41 Comentou em 07/08/2025

Quando não tinha ninguém, ele me fodia naquele colchão velho ou naquele sofa sujo, mas eu não me importava, achava que era feliz, achava que não era foda, era amor.... Parabéns ! Um belo conto. Votadíssimo. Bjos e Abraços Marcelo Thadeu

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edu27rj Comentou em 07/08/2025

Sera que tem uma continuação

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daniros Comentou em 06/08/2025

Uma experiência. O tempo que ficou sem pensar, estava presente e conseguiu se observar

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m17cm Comentou em 06/08/2025

Nossa que mulher é essa, com você novinha... É sexo a noite toda não tem como parar de meter. Nossa que vontade de chupar a buceta e lamber o cuzinho dessa gostosa.

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morenotzaum Comentou em 06/08/2025

Que delicia de conto, muito excitante

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arianofogoso Comentou em 06/08/2025

Ter uma gatinha obediente assim e não saber o seu potencial é um desperdício. Agora você é um mulherão delicioso, dona de si. Dona de quem quiser.




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Ficha do conto

Foto Perfil martinahernandez
martinahernandez

Nome do conto:
Novinha Usada

Codigo do conto:
239655

Categoria:
Confissão

Data da Publicação:
06/08/2025

Quant.de Votos:
14

Quant.de Fotos:
5