Mais uma coleta domiciliar de rotina. Como enfermeira, já estava acostumada à diversidade de lares e de pessoas que encontrava a cada dia.
O sol da manhã mal despontava, pintando o céu de tons alaranjados sobre os prédios de São Paulo, mas o dever chamava.
A porta se abriu, e um sorriso me inundou o rosto antes mesmo que eu pudesse processar a surpresa. Ali estava ele, Daniel, meu próprio marido, de roupão, com o cabelo despenteado e um brilho matreiro nos olhos. Ele sabia da minha rota, claro, mas essa pegadinha matinal era uma novidade deliciosa.
"Bom dia, enfermeira Luana," ele saudou, a voz rouca de quem acabou de acordar, mas com um tom que fez meu corpo inteiro vibrar. Aquele era o Daniel que eu conhecia nos nossos momentos mais íntimos, cheio de ousadia e ternura.
"Bom dia, paciente Daniel," respondi, tentando manter a pose profissional, mas meu coração já estava disparado.
Ele me puxou para dentro, a porta se fechando suavemente atrás de nós, isolando-nos do mundo lá fora.
O apartamento estava em penumbra, e o silêncio era quebrado apenas pelo eco suave dos nossos passos até o quarto. Ele sentou-se na beira da cama, e eu, como mandava o protocolo (e o meu coração), me aproximei para "verificar seus sinais vitais". Nossos olhos se encontraram, e a centelha entre nós se transformou em chama.
"Doutora," ele sussurrou, a mão subindo pela minha perna sob o jaleco, "acho que estou com uma febre de você."
A risada escapou dos meus lábios, abafada pela urgência que agora nos dominava. Meu jaleco voou para a cadeira mais próxima, e eu me inclinei sobre ele, nossos lábios se encontrando em um beijo profundo e faminto.
As mãos de Daniel exploravam minhas costas, minha cintura, desfazendo os botões da minha blusa com uma destreza que só um marido apaixonado tem.
Ele se afastou um pouco, o sorriso em seus lábios, enquanto eu via o movimento sutil de sua mão descendo. Ouvi o discreto som do zíper se abrindo, e uma onda de expectativa me percorreu.
Daniel me olhou, seus olhos fixos nos meus, cheios de um desejo que eu compartilhava plenamente.
"Vem aqui, minha enfermeira," ele pediu, a voz grave e irresistível.
Ajoelhei-me à sua frente na cama, meus joelhos afundando na maciez do colchão. A penumbra do quarto criava um santuário para nós, onde os papéis de enfermeira e paciente se dissolviam no mais puro desejo.
Com um toque suave, ele tirou o pênis para fora, revelando-o em toda a sua imponência. A cabeça, um tom avermelhado e convidativo, pulsava suavemente, como se me chamasse. Respirei fundo, sentindo o cheiro dele, um aroma que agora representava a pura masculinidade e o amor que nos ligava.
Com um beijo terno, comecei a chupar a cabeça do pau, sentindo a textura aveludada, a pulsação vibrante.
Meus lábios e língua o envolviam por completo, subindo e descendo, com movimentos ritmados e uma devoção que eu nem sabia que possuía.
Sentia a vida borbulhar dentro dele, o pênis pulsando com uma energia vibrante que se alinhava ao meu próprio coração acelerado. As mãos de Daniel estavam em meus cabelos, me guiando suavemente, me aprofundando naquela união.
Eu o ouvia respirar fundo, o som indicando que o clímax se aproximava. Meus movimentos se tornaram mais urgentes, minha boca trabalhando com fervor. Eu queria receber tudo dele, cada gota, cada pulso, cada parte de seu amor.
E então, senti a explosão. O gozo quente e abundante dele preencheu minha boca. Foi uma onda de sabor e sensações, uma doçura peculiar que se misturava com a sua essência. Não houve repulsa, nem um segundo de hesitação. Eu engoli tudo, cada leitinho, sentindo-o descer, quente, vital, como se estivesse absorvendo não apenas ele, mas a plenitude do seu amor, da sua entrega, até a última gota.
Enquanto a última gota desaparecia, ainda brinquei com a língua na cabecinha do pau dele, sentindo a pulsação diminuir, saboreando os resquícios daquela revelação. Quando levantei o rosto, os olhos de Daniel estavam marejados, cheios de uma gratidão e adoração que me tocaram profundamente. Ele me puxou para um abraço apertado, nossos corpos ainda trêmulos, nossos corações batendo como um só.
Ali, naquele quarto, naquele plantão inesperado, havíamos compartilhado um segredo de intimidade que só o amor de um casamento abençoado pode proporcionar. Era a nossa maneira de consagrar a união, mesmo nos lugares e momentos mais inesperados, abençoados pela fé que permeia cada aspecto da nossa vida.