Pra mim, o lance não era só beijo e abraço, não. Tinha um desejo ali que ia bem mais fundo. Eu queria ver, queria sentir ele de um jeito diferente, sem pôr a mão. Queria só assistir o meu homem se entregar, e depois, ah, depois era comigo.
Acordei com essa pilha toda, e ele ainda meio dormindo. Dei um beijinho de leve no pescoço dele. Ele abriu os olhos devagar, e aquele brilho que só ele tem já apareceu.
"Bom dia, amor", ele resmungou, com a voz rouca.
"Bom dia, vida", eu respondi, com a voz meio de sono, meio de fogo. Me aproximei, dei um beijo demorado na boca dele, um beijo que já dizia tudo sem eu precisar falar nada.
O Daniel entendeu na hora. Ele sentou na beirada da cama, e eu, sem que ele pedisse nada, já me ajeitei ali na frente dele, de joelhos no chão. Meus olhos grudados nos dele, sem desviar um segundo.
Aquela minha atitude já era um convite, uma entrega só de olhar. Ele me olhou de volta, e eu vi o desejo crescer no rosto dele, a testa franzida de vontade.
Aí ele começou. Ele se masturbou, com os movimentos dele, no ritmo dele. E eu fiquei ali, só assistindo.
Fiquei vidrada, vendo a paixão tomar conta do corpo dele, o pênis pulsando forte na mão dele. Cada puxada, cada toque que ele dava em si mesmo, parecia que tava dando em mim também.
Um fogo que subia por dentro. A gente ali, conectado só no olhar, naquela nossa bolha particular.
A respiração dele foi ficando mais pesada, mais ofegante. Eu ouvia uns gemidos baixinhos escapando, e a tensão no corpo dele mostrava que tava chegando a hora. Eu vi a paixão explodindo no rosto dele, os olhos meio fechados.
Aí ele me olhou, suado, com a voz rouca de tanto prazer.
"Vou gozar, amor", ele sussurrou.
Eu abri a boca na hora, sem ele precisar pedir. E ele veio. Senti aquele gozo quente e abundante dele encher minha boca.
Foi uma onda de sensações, um gosto doce e forte que se misturava com o cheiro dele. Não senti nojo nenhum, nem por um segundo. Eu engoli tudo, cada leitinho, sentindo descer quente, vivo, como se eu tivesse bebendo ele por inteiro, toda a paixão, toda a entrega dele, até a última gota.
Quando a última gota sumiu, ainda fiquei brincando com a língua na cabecinha do pau dele, sentindo ele relaxar, curtindo o que sobrou daquele momento. Quando levantei o rosto, os olhos do Daniel tavam cheios de água, mas era gratidão, adoração, que me tocaram fundo. Ele me puxou pra um abraço apertado, a gente tremendo um pouco, mas toda a tensão tinha ido embora.
Só ficou a paz e aquela sensação gostosa de dever cumprido.
Saímos da cama correndo pra nos arrumar pra igreja, um sorriso meio sacana no rosto dos dois. A gente foi lado a lado, como sempre. Por fora, éramos só mais um casal normal no meio da galera. Mas, por dentro, a gente levava o segredo daquela manhã, um momento de intimidade que recarregou nossas baterias e mostrou, mais uma vez, o quanto nosso casamento é abençoado pela cumplicidade.
boa bezerra, parabéns! quero te alimentar tbm...