Eu e o Daniel, meu marido, a gente tava lá, nas últimas cadeiras, e aquele escurinho, poxa, era um convite pra outra coisa, né? Um tesão que subia, um calorzinho bom no meio do ar-condicionado.
Ele me olhou de lado e deu aquele sorrisinho que só ele tem. Minha mão já foi na coxa dele, de boa, e senti a prova que já tava armado. A adrenalina de tá ali, no meio da galera, no cinema, ah, isso dava um gás a mais.
"Quer um pedacinho?", ele sussurrou no meu ouvido, sem tirar o olho da tela.
Nem respondi, só me inclinei.
O cheiro de pipoca misturado com o perfume dele, e a escuridão, meu amigo, que ousadia! Com a mão ligeira, abri o zíper da calça dele. O barulhinho quase não deu pra ouvir por causa do filme, e o pênis dele, quente e duro, saltou pra fora.
Aí, sem pensar duas vezes, comecei a chupar a cabeça do pau, sentindo a maciez, a pulsação forte. Minha boca e a língua cobriam ele inteirinho, naquele sobe e desce, num ritmo que só a gente entendia.
Sentia a vida dele borbulhando, o pênis pulsando com uma energia que parecia a minha, louca. As mãos do Daniel no meu cabelo, me guiando de leve, me puxando pra ir mais fundo.
Eu ouvia ele respirar pesado, uns gemidinhos baixinhos mostrando que tava chegando a hora. Meus movimentos ficaram mais rapidinhos, minha boca trabalhando com vontade. Eu queria pegar tudo dele, levar ele lá no topo.
E aí, sem avisar, o bicho pegou! Ele não avisou. Senti a explosão.
O gozo quente e abundante dele encheu minha boca e espirrou no meu rosto, escorrendo. Uma parte daquele leitinho também melou minha blusa, bem perto do decote.
Foi uma onda de sabor e sensações, um doce meio estranho que se misturava com o jeito dele.
Não tive nojo nenhum, nem por um segundo. Eu engoli tudo, cada leitinho, sentindo descer, quentinho, vivo, como se eu tivesse bebendo ele por inteiro, toda a paixão, toda a entrega dele, até a última gota.
Quando a última gota sumiu, ainda brinquei com a língua na cabecinha do pau dele, sentindo ele relaxar, curtindo o que sobrou.
Quando levantei o rosto, os olhos do Daniel tavam cheios de água, mas era pura gratidão e um carinho que me tocaram fundo.
Ele me puxou pra um abraço apertado, a gente tremendo um pouco, mas a tensão tinha ido embora.
Uma paz e uma satisfação que só a gente entende, ali no escurinho do cinema.
Quando as luzes da sala acenderam, no fim do filme, a gente saiu de lá como se nada tivesse acontecido.
Mas, por dentro, eu levava o segredo doce e meio grudento daquele momento. Uma coisa nossa, uma benção secreta que nos uniu ainda mais, bem ali, no escurinho do cinema. E sim, a gente saiu sorrindo.