Eu e o Daniel, meu parceiro de fé e de vida, a gente tava ali, mergulhados naquele azulzão, a água salgada batendo na cintura. Tinha um calor subindo, não só do sol, mas um tesão que a gente sentia um pelo outro, um fogo que a água fria não apagava de jeito nenhum.
A gente tava de papo furado, rindo de umas bobagens, mas o olho do Daniel me dizia outra coisa. Ele tava me secando de um jeito que só ele sabe, aquele olhar que me desarma toda. Eu ri, mas por dentro já tava pegando fogo.
Deslizei pra mais perto, e ele me puxou pra um abraço bem demorado, o corpo dele colado no meu, a gente sentindo tudo, mesmo com a água em volta.
"A gente tá no meio do mar, amor", eu sussurrei, a voz meio abafada, a boca pertinho da dele.
Ele só riu, aquele sorriso maroto que eu amo. "E quem vai ver a gente aqui?", ele provocou, a mão descendo pela minha cintura, a água ajudando a esconder o toque.
A adrenalina subiu na hora. A gente ali, no meio daquele mundaréu de gente, mas ao mesmo tempo, num mundo só nosso. Ele me virou de costas, e eu senti o corpo dele colado no meu, a ereção já dura, querendo me encontrar. A água batia na gente, a espuma escondendo o que ia acontecer.
Ele segurou meus quadris e me puxou pra mais perto. A penetração foi devagar, a água fazendo o trabalho, mas o sentir dele entrando em mim, aquele pênis pulsando, me encheu de um prazer que nem sei explicar.
Meus músculos se apertavam em volta dele, e a gente começou num vai e vem gostoso, a água ajudando a gente a se mover.
Os gemidos eram abafados pela boca dele no meu ouvido, e eu só sentia o meu corpo balançando junto com o dele, um ritmo que a água e o prazer criavam.
A cada investida, a gente ia mais fundo, e a certeza de que a gente tava fazendo algo único, especial, só nosso, me enchia a alma.
O prazer foi subindo, subindo, até que não dava mais pra segurar.
Eu senti uma explosão, um gozo que parecia vir do fundo da alma, se espalhando por tudo. Meus músculos se contraíram, e um suspiro longo escapou da minha boca, enquanto eu me entregava de corpo e alma àquele momento.
Ele soltou um gemido grosso, e eu senti o gozo quente e abundante dele dentro de mim, misturando-se com a água salgada. Foi a entrega total, o selo da nossa paixão, ali, no meio do mar.
A gente ficou ali um tempo, abraçados, o corpo relaxando, sentindo a plenitude do que a gente tinha acabado de fazer. A água balançava a gente de um lado pro outro, como se o mar mesmo tivesse abençoando o nosso segredo.
Depois, a gente voltou pra areia, misturados na multidão. Ninguém sabia o que a gente tinha acabado de viver ali, na imensidão do mar. Mas o sorriso no rosto, o brilho nos olhos e a paz que a gente sentia diziam tudo. Era o nosso segredo, a nossa forma de amar e de abençoar a nossa união, ali na praia, debaixo daquele solzão.
Que delecia de mulher, meu sonho