"A sobremesa está demorando," ele sussurrou, com um brilho maroto nos olhos, apertando minha mão. Eu entendi o recado. A sobremesa de verdade nos esperava em outro lugar.
"Vou ao banheiro," eu disse, levantando-me discretamente. Daniel assentiu, e eu sabia que ele me seguiria em alguns instantes.
Caminhei pelos corredores suntuosos do restaurante, sentindo a adrenalina borbulhar em minhas veias. O banheiro feminino estava vazio, e Daniel entrou logo depois, fechando a porta com um clique suave. Aquele espaço, antes impessoal, tornou-se nosso refúgio secreto, o eco dos passos lá fora abafado, o ar preenchido apenas pela nossa respiração acelerada.
Ele me puxou para um beijo faminto, meus lábios buscando os dele com uma urgência que me consumia. As mãos de Daniel exploravam minhas costas, deslizando pelo tecido do meu vestido. Não havia tempo para preliminares demoradas; a intensidade do desejo era o que nos guiava.
Em segundos, nossas roupas se ajustaram para a urgência do momento. Ele me ergueu, e eu envolvi minhas pernas em sua cintura, sentindo o calor do seu corpo contra o meu. Meu corpo já estava úmido, pulsando em antecipação. Senti a ponta do seu pênis quente e firme contra a minha entrada, e com um suspiro que foi um gemido, ele me penetrou.
O ritmo era ditado pela paixão, nossos quadris se movendo em uma dança de êxtase naquele espaço apertado. Meus gemidos eram abafados contra o ombro dele, a cada estocada me levando mais fundo, mais perto do clímax. Aquele era o nosso mundo, nosso santuário particular, escondido à vista de todos.
No auge daquela intensidade, Daniel me olhou nos olhos, um desejo profundo e um brilho de ousadia em seu olhar. "Meu amor," ele sussurrou, a voz rouca, "quero você por completo. Quero sentir você de um jeito diferente, agora."
Meu coração bateu mais forte. Eu entendi o convite, e a ideia me acendeu com uma excitação inesperada. Em um movimento suave, e com a nossa cumplicidade, ele me virou, apoiando meu corpo contra a parede fria do banheiro. Eu me inclinei ligeiramente para frente, meus quadris se erguendo em um convite silencioso.
Senti o toque gentil de seus dedos me preparando, um carinho que me tranquilizou e me acendeu ainda mais. A respiração acelerou quando ele se posicionou. A penetração anal foi lenta, um misto de pressão e prazer que se intensificava a cada milímetro. Ele me comeu o cuzinho com um ritmo cuidadoso e depois mais forte, uma intensidade que me arrebatou, abrindo uma nova dimensão de prazer. Senti-o preencher-me por completo, e os gemidos incontroláveis escaparam dos meus lábios.
A tensão cresceu, apertando, até que o prazer se tornou insuportável. Senti o corpo de Daniel se contrair, um gemido rouco escapando de sua garganta, e então a onda quente e espessa da sua ejaculação profunda e abundante encheu o meu cuzinho. Era a entrega total, o selo da nossa paixão, a prova de que em nosso casamento, não havia fronteiras para o amor.
Ele me abraçou forte, nossos corpos ainda conectados, o prazer reverberando em cada célula. Ficamos assim por um momento, a respiração ainda ofegante, sentindo a plenitude daquele instante roubado. Não havia culpa, apenas a certeza de que a intimidade do casamento é um presente divino, a ser celebrado em todas as suas formas.
Ajeitamos nossas roupas rapidamente, um sorriso secreto em nossos lábios. Saímos do banheiro, os rostos calmos, como se tivéssemos apenas retocado a maquiagem. Voltamos para a mesa, onde o garçom nos aguardava com o cardápio de sobremesas. E, com um brilho cúmplice nos olhos, escolhemos nossa sobremesa, um deleite doce que selava uma noite que já havia sido mais do que completa.