Sentia o calor do corpo dele ao meu lado, a cada virar de página, a cada movimento suave, um tesão silencioso começava a crescer dentro de mim. O artigo falava de união e amor divino, e meu coração me lembrava da união e do amor que compartilhávamos em nossa carne. O silêncio da casa, com as crianças ainda dormindo, era cúmplice.
Daniel deve ter percebido a minha distração, pois ele baixou a revista e seus olhos azuis me encontraram, um brilho de desejo e cumplicidade que eu conhecia tão bem. Ele me ofereceu um sorriso leve, aquele que prometia segredos.
"O que te distrai tanto, meu amor?", ele sussurrou, a voz rouca, quase inaudível.
Eu ri baixinho, minha resposta um suspiro. "Você."
Ele largou a revista no chão, e eu fiz o mesmo. Nossos corpos se inclinaram um para o outro, os lábios se encontrando em um beijo profundo, que dizia tudo. As mãos de Daniel deslizaram para a barra da minha camisola de domingo, subindo suavemente pela minha coxa. Eu já sentia minha vagina molhada, pulsando em antecipação.
Ele me puxou para seu colo, e eu me ajeitei, sentindo a ereção dele pulsando contra o meu corpo. Não houve tempo para formalidades. Nossas roupas se tornaram um mero detalhe. Eu senti o movimento de suas mãos, e em segundos, ele encontrou o que buscava, e meus gemidos se misturaram aos beijos.
Com um movimento preciso, Daniel se ajustou. Senti a ponta do seu pênis pulsando contra minha entrada, quente e firme. A penetração foi um suspiro, um gemido compartilhado, enquanto ele entrava em mim, preenchendo cada espaço. Meus músculos o abraçavam, e ele começou a se mover, cada estocada me levando mais fundo, mais perto do êxtase. O tapete da sala se tornou nosso leito, o sol da manhã nos banhando.
Minhas costas se arquearam, meu corpo se contorcendo ao ritmo dele. Os gemidos se tornaram mais altos, incontroláveis, enquanto o prazer se acumulava, uma onda gigante me puxando. Senti a tensão máxima, meu corpo vibrando, e então a explosão. Um gozo profundo e arrebatador me dominou, espalhando-se por cada célula, meus músculos se contraindo e relaxando em ondas deliciosas. Meus suspiros eram a única coisa que se ouvia além dos nossos corações batendo.
Ele parou seus movimentos, ofegante, e eu o abracei, a testa em seu ombro, sentindo a plenitude do momento. O corpo dele ainda estava quente dentro de mim, e eu queria mais.
Levantei meu rosto, o olhar fixo no dele. "Gozar na minha boca," pedi, a voz rouca, um novo desejo ardendo em mim. Queria absorver tudo dele, a sua essência, a sua entrega total.
Daniel me olhou com uma ternura infinita e um brilho de compreensão. Ele se afastou suavemente, meu corpo escorregando um pouco em seu colo. Ele se inclinou, e eu o recebi. Senti o fluxo quente e abundante do seu gozo preencher minha boca. Era uma onda de sabor e sensações, uma doçura peculiar que se misturava com a sua essência. Não houve repulsa, nem um segundo de hesitação. Eu engoli tudo, cada leitinho, sentindo-o descer, quente, vital, como se estivesse absorvendo não apenas ele, mas a plenitude do seu amor, da sua entrega.
Ele soltou um suspiro profundo de satisfação, relaxando contra o sofá. Me puxou para um abraço apertado, e ficamos ali, quietos, enquanto a luz do sol inundava a sala. A urgência havia passado, substituída por uma paz profunda. Aquele momento roubado, ali na sala de casa, enquanto as crianças dormiam e as revistas da Escola Dominical jaziam no chão, era um testamento da liberdade e da paixão que compartilhávamos. Uma lição secreta sobre a união sagrada, abençoada pela cumplicidade do nosso casamento.