Quando o vi entrar, seu rosto estava contorcido em uma carranca escura, os ombros tensos, o corpo emanando uma aura de puro estresse.
"Amor, o que aconteceu?", perguntei, me aproximando, mas ele apenas grunhiu, jogando as chaves na mesinha de centro.
"Bati o carro", ele resmungou, a voz áspera, enquanto afrouxava a gravata. "Um idiota fechou-me. O para-choque foi pro saco. O dia inteiro foi uma droga." Ele passou as mãos pelos cabelos, os olhos fechados em frustração.
Meu coração se apertou por ele. Conhecendo Daniel, eu sabia que um dia assim o consumia por dentro. A raiva, a frustração, o cansaço. Ele se jogou no sofá da sala, afundando nas almofadas, a cabeça jogada para trás.
Eu me sentei ao lado dele, e o silêncio pesado da sala foi quebrado apenas pela respiração tensa dele.
Minha mão deslizou suavemente pela sua coxa, e eu senti os músculos dele endurecerem sob meu toque. Lentamente, fui subindo, e pude sentir a ereção dele, pulsando suavemente sob o tecido da calça. Ele abriu os olhos, um lampejo de surpresa e desejo atravessando a tempestade em seu olhar.
"Luana...", ele começou, a voz ainda rouca, mas com um tom diferente.
Eu o interrompi com um beijo terno em seus lábios, que se aprofundou rapidamente em paixão. Não havia tempo para palavras. Aquele era o meu jeito de curar a dor dele, de aliviar o peso que o oprimia. Minhas mãos, ágeis e decididas, desceram para o zíper da calça dele. O som discreto da abertura ecoou no silêncio da sala, um prelúdio para o alívio que ele precisava.
Com um movimento suave, tirei o pênis dele para fora. Ele estava quente e rijo, a cabeça vermelha pulsando levemente. Ele me olhou, e eu vi a tensão começar a esvair-se de seu rosto, substituída por uma expectativa urgente.
Eu me inclinei, e com um beijo terno, comecei a chupar a cabeça do pau, sentindo a textura aveludada, a pulsação vibrante que prometia alívio.
Meus lábios e língua o envolviam por completo, subindo e descendo, com movimentos ritmados e uma devoção que eu sabia que o acalmaria. Sentia a vida borbulhar dentro dele, o pênis pulsando com uma energia que se alinhava ao meu próprio coração.
As mãos de Daniel foram para meus cabelos, me guiando suavemente, me aprofundando naquela união. Ele começou a soltar gemidos baixos, os músculos de seu rosto relaxando.
Eu o ouvia respirar fundo, o som indicando que o clímax se aproximava. Meus movimentos se tornaram mais urgentes, minha boca trabalhando com fervor. Eu queria receber tudo dele, cada gota, cada pulso, cada parte de seu estresse e transformá-lo em prazer.
E então, senti a explosão. O gozo quente e abundante dele preencheu minha boca. Foi uma onda de sabor e sensações, uma doçura peculiar que se misturava com a sua essência.
Eu engoli tudo, cada leitinho, sentindo-o descer, quente, vital, como se estivesse absorvendo não apenas ele, mas a plenitude do seu alívio, da sua entrega, até a última gota.
Ele soltou um suspiro profundo de satisfação, relaxando por completo contra o sofá. Ele me puxou para um abraço apertado, nossos corpos ainda trêmulos, mas a tensão havia desaparecido.
Seus lábios encontraram os meus em um beijo suave, carregado de gratidão.
"Eu te amo, Luana," ele sussurrou, a voz ainda rouca, mas agora cheia de paz. "Você me salvou."
Eu sorri, aninhando-me em seus braços. Ali, na sala de casa, no final de um dia exaustivo, havíamos compartilhado não apenas prazer, mas um alívio profundo.