Uma noite, após uma sessão particularmente intensa com um cliente que falava de incesto reprimido – ironia cruel do destino –, eu me sentei na varanda, o ar úmido do Paraná carregado de jasmineiros em flor. Meu robe de seda escorregava dos ombros, expondo a pele marcada por hematomas suaves das noites anteriores. Lianco se aproximou por trás, suas mãos envolvendo minha cintura, pressionando seu corpo contra o meu. "Mãe, você está distante hoje. O que tá rolando na sua cabeça?", perguntou ele, a voz baixa e carregada de insegurança. Seus dedos traçaram a curva do meu quadril, um toque possessivo que me fazia questionar: era afeto ou controle?
"Estou analisando nós dois, filho. Como psicóloga, não consigo evitar. Isso que estamos fazendo... é uma forma de coping com o trauma da quarentena? Ou estamos regredindo para um estado primal, onde os limites familiares se dissolvem?", respondi, virando-me para encará-lo. Seus olhos, aqueles olhos herdados do pai ausente, piscaram com uma vulnerabilidade que me cortava. "Não analisa tanto, mãe. Isso me assusta. E se você decidir que é errado e me deixar?"
O medo dele era palpável, um eco de transtorno de apego ansioso que eu diagnosticaria em qualquer paciente. Puxei-o para um beijo, tentando dissipar a tensão, mas meus pensamentos giravam: e se eu estivesse explorando ele subconsciousmente, usando-o para preencher o vazio deixado pelo casamento falido? Nossos lábios se uniram com fome, e ele me ergueu, carregando-me para o quarto como se eu fosse uma boneca frágil. "Você não vai me deixar, né? Promete que somos pra sempre", murmurou contra minha boca, deitando-me na cama king size. Suas mãos desataram o robe, expondo meus seios fartos, os mamilos já endurecidos pela expectativa misturada à culpa.
"Eu prometo, Lianco. Mas precisamos falar sobre isso. Seu apego... é intenso demais. Me lembra de pacientes com borderline, onde o amor vira obsessão", disse eu, mesmo enquanto minhas pernas se abriam para ele, convidando-o. Ele ignorou as palavras, descendo beijos pelo meu pescoço, mordiscando a clavícula com uma força que doía deliciosamente. "Cala a boca com essa psicologia, mãe. Só sente", rosnou, os dedos escorregando entre minhas coxas, encontrando-me já úmida. Circulou meu clitóris com precisão, conhecendo cada nuance do meu corpo como um mapa memorizado. "Diga que me ama mais que tudo. Mais que sua profissão, mais que o mundo lá fora."
"Eu te amo, filho... de um jeito que me assusta", confessei, arqueando as costas enquanto ele inseria dois dedos em mim, curvando-os para atingir aquele ponto sensível que me fazia gemer. Meu mente fragmentava: prazer físico colidindo com análise racional. Era isso uma forma de auto-sabotagem? Uma punição subconscious por ter falhado como mãe ao permitir isso? Ele se posicionou entre minhas pernas, seu membro duro roçando minha entrada. "Então prova. Deixa eu te possuir completamente", exigiu, penetrando-me devagar, centímetro por centímetro, esticando-me até o limite.
As estocadas começaram lentas, ritmadas, cada uma acompanhada de um sussurro psicológico que ele usava como arma: "Lembra quando eu era criança e tinha pesadelos? Você me acalmava no colo. Agora sou eu quem te faz gritar." Eu gemia em resposta, as unhas cravando em suas costas, deixando sulcos vermelhos que simbolizavam nossa codependência. "Isso é loucura, Lianco... mas não consigo parar. É como uma adicção, uma dopamina constante", ofeguei, sentindo o orgasmo se construir como uma onda repressora liberada.
Ele acelerou, as mãos apertando meus pulsos acima da cabeça, imobilizando-me em uma submissão que ecoava dinâmicas de poder desequilibradas. "Você é minha terapeuta particular, mãe. Cura minhas feridas me deixando te foder assim", disse ele, os olhos vidrados de uma mania crescente. Gozei primeiro, um clímax que me deixou tremendo, ondas de prazer misturadas a lágrimas de culpa. Ele veio logo depois, enchendo-me com jatos quentes, colapsando sobre mim. "Não me analisa mais, por favor. Só ama", implorou, a voz quebrada.
Mas a análise não parava. Nos dias seguintes, nossos rituais ganharam camadas mentais mais profundas. Uma tarde, no sofá, ele me massageava os pés, os polegares pressionando pontos de acupuntura que eu ensinara. "Mãe, às vezes sinto que isso é vingança contra o pai. Por ele ter te deixado. Eu te dou o que ele não deu", confessou, subindo as mãos pelas minhas panturrilhas cheias. Eu o puxei para cima, montando nele, guiando seu membro para dentro de mim enquanto respondia: "Pode ser, filho. Transferência de raiva. Mas e você? Isso é rebelião contra a sociedade, ou uma fixação edípica não resolvida?"
Ele riu sombriamente, as mãos guiando meus quadris em um rebolado lento. "Para de falar como livro de psicologia. Só goza pra mim." Mas eu via os sinais: insônia compartilhada, ansiedade quando separados por horas, sonhos recorrentes de perda que ele me contava ao amanhecer. Uma noite, experimentamos algo mais dark – ele me vendou com uma gravata, privando-me de visão para intensificar os sentidos. "Agora você tá no escuro da mente, mãe. Sente só o que eu te dou", sussurrou, sua língua traçando caminhos pelo meu corpo voluptuoso, demorando-se nos seios antes de descer para meu sexo.
Lambia devagar, sugando meu clitóris enquanto eu me contorcia, a mente amplificando cada sensação: era isso uma metáfora para nossa cegueira emocional? "Por favor, Lianco... me desamarra. Preciso te ver", implorei, mas ele negou, penetrando-me com os dedos até eu gozar em espasmos, gritando seu nome. Depois, retribuí, de joelhos, envolvendo seu pau com a boca, chupando com voracidade enquanto ele gemia: "Você me enlouquece, mãe. É como se eu não existisse sem você."
Nossa conexão se tornava uma terapia distorcida, onde o sexo era o divã. Eu cancelava clientes para "sessões" com ele, explorando fantasias que revelavam camadas inconscientes: role-plays onde eu era a autoridade materna dominadora, ou ele o filho rebelde me punindo. "Isso nos cura ou nos destrói?", perguntei uma vez, pós-orgasmo, suados e entrelaçados. "Os dois, mãe. E eu amo o caos", respondeu ele, beijando minha testa.
Mas a sombra crescia: alucinações leves de julgamento externo, paranoia de descoberta. Como psicóloga, eu sabia que estávamos no limiar de uma quebra psicótica compartilhada. Ainda assim, mergulhávamos, viciados no abismo psicológico que nosso amor dark criara. O fim da quarentena se aproximava, mas nosso isolamento mental persistia, uma prisão autoimposta de desejo e dissecção mental.
Tua forma de escrever é perfeita. Um caminho de sedução e lascívia. E que me excita muito. Parabéns pelo conto.