?Ainda estava na fase de arrumar tudo. Olhei para os varões das cortinas jogados no chão e suspirei. Eles sempre eram uma batalha, e eu realmente queria a privacidade das minhas cortinas instaladas.
?Foi quando o destino interveio, ou melhor, o elevador.
?Eu estava subindo, carregando aqueles varões longos e desajeitados, quando a porta abriu e entraram Seu Vicente, o vizinho, um coroa de 65 anos, e a Doña Inês um pouco mais nova 57. Seu Vicente é daqueles homens antigos, sempre de camisa de botões bem passada e calça social. Um cavalheiro.
?"Ai, Rosa, que luta com esses varais," eu disse, mais para mim do que para eles. "Vou ter que esperar o Eliezer voltar para instalar."
?Doña Inês, uma mulher prática e rápida, olhou para o marido e deu um empurrãozinho de leve. "Que esperar, que nada! Ajuda ela, Vicente. O Eliezer só volta na quinta, não é, Rosa?"
?Seu Vicente parecia um pouco envergonhado, mas Inês continuou, com aquele sorriso de quem sabe tudo: "O Vicente faz de tudo um pouco, Rosa. Combina com ele."
?Eu hesitei, mas aqueles olhos claros de Seu Vicente me olharam por cima dos óculos de leitura, e ele disse, com uma voz surpreendentemente firme: "Ora, é claro que ajudo, Rosa. Não tem porque ficar no escuro. Que horas fica bom para a senhorita?"
?Combinamos para a hora seguinte. Subi o resto do caminho pensando: "Ele é um amor. Que sorte ter vizinhos tão prestativos."
?Uma hora depois, a campainha tocou. Abri a porta e lá estava ele, Seu Vicente, impecável, mas segurando uma maleta de ferramentas que parecia dizer: "Sou o faz-tudo da vizinhança."
?Eu estava bem à vontade. Desde que o Eliezer viajou, eu tinha me jogado no meu uniforme de "dona de casa sexy e solitária": um shortinho de malha bem curtinho, desses de dormir, e uma regata fina. Minha pele estava à mostra, meus cabelos soltos... Eu simplesmente adoro me sentir assim, livre, gostosa, mesmo que seja só para a minha própria companhia.
?"Entre, Seu Vicente, por favor!"
?Ele entrou, e eu juro que senti algo no ar. Seus olhos... eles correram por mim de um jeito rápido, discreto, mas intenso. Ele conhecia a Rosa do elevador, a vizinha comportada, arrumadinha. Ele nunca tinha visto a Rosa de verdade, a que morava naqueles shorts. Por um segundo, vi um brilho, um fogo escondido naquele olhar de homem sério. Ele pigarreou.
?"Vamos ao trabalho, então. A escada está aqui."
?Começamos. Seu Vicente subiu na escada. Ele era metódico, explicava cada passo. Eu tentava ajudar, passando os parafusos.
?"Agora, Rosa, a senhorita precisa segurar a escada firmemente. É para minha segurança," ele instruiu, a voz ligeiramente tensa.
?Eu me posicionei, mãos firmes nos pés da escada, olhando para cima. E a vista... era espetacular. Ele estava concentrado, forçando um pouco para encaixar o varão. Eu estava tão perto que podia sentir a respiração dele, e um perfume amadeirado e antigo.
?Ele desceu um degrau. Estava quase na minha altura. Tão perto que eu podia ver as gotículas de suor na testa dele.
?"Opa, desculpa, Rosa. Estou meio sem jeito..." Ele se inclinou para o lado, e foi aí que aconteceu. A escada estava bem na altura da minha cintura, e ele precisou se equilibrar.
?Eu olhei para baixo, sem querer. E vi.
?A calça social, sempre tão impecável. E ali, na parte da frente, uma protuberância, uma evidência clara e inegável do quanto o seu Vicente estava... animado. Não era sutil. Era uma barraca armada, crescendo na calça dele.
?Meu coração disparou. Não era só um homem ajudando a vizinha; era Seu Vicente, o vizinho, o marido da Inês, me vendo comendo com olhos, e ficando louco de desejo. Aquele olhar de fogo que vi na porta não era imaginação.
?Nossos olhos se encontraram. O dele, desesperado, culpado, mas ao mesmo tempo implorando. O meu... o meu estava cheio de uma excitação selvagem e proibida. Eu senti o meu rosto corar e um calor subir por todo o meu corpo.
?Eu sabia o que eu devia fazer: fingir que não vi, agradecer e mandá-lo para casa. Mas a Rosa de verdade não queria isso. Ela queria brincar com o fogo.
?Dei um sorriso lento, um sorriso que ele nunca tinha visto. O sorriso da mulher que viu e gostou do que viu.
?"Seu Vicente," murmurei, com a voz rouca, sem tirar os olhos da calça dele, "eu acho que o senhor está com um problema... de... equilíbrio."
?Ele engoliu em seco. "Rosa, eu... me perdoe. Não sei o que me deu. É o calor. A..."
?Eu o interrompi, pondo a mão bem devagarzinho no seu braço , sentindo a vibração do desejo sob a pele.
?"O problema é que o senhor está subindo e descendo demais essa escada, e eu estou aqui, segurando tudo. O senhor não está vendo que a gente precisa de um descanso?"
?Eu me aproximei. Puxei a escada para o lado com um chute gentil. A diferença de altura entre nós era deliciosa. Ele me olhava, o ar sumindo dos seus pulmões.
?"Inês me perdoaria. Ela disse que o senhor faz de tudo um pouco, Seu Vicente. E eu estou precisando de ajuda com outras coisas que o Eliezer não faz.
?Levei minha mão ao seu rosto, acariciando sua barba por fazer com a ponta dos dedos. Seus óculos estavam embaçados. Ele já não resistia. Era o momento.
Me virei de costas como que envergonhada,
?Ele me puxou com força por trás . E me deu um beijo faminto no meu pescoço, com um desejo reprimido por anos. Aquele amasso urgente era mais emocionante do que qualquer coisa que Eliezer já tivesse me dado.
?A maleta de ferramentas caiu no chão com um baque abafado.
?Ele me empurrou contra a parede mais próxima, e eu ri, um riso baixo e pecaminoso. Suas mãos tremiam quando ele me tirou a regata, sugou meus peitos sem machuca-los como Eliezer, ele tinha experiência, dava pra notar, eu delirava naquela língua grossa. Seu Vicente não estava só ajudando a vizinha a pendurar cortinas. Ele estava desvendando o segredo mais delicioso da vizinhança.
Me abaixei , abri seu zíper, e de dentro de sua calça saltou um pau grande e grosso, cheio de veias, eu nunca tinha visto algo naquele teor!
Chupei sem pressa por pelo menos uma hora, depois me posicionei, apoiada na mesa, e seu Vicente acabou comigo de vez dava estocadas firmes na boceta, de quem tinha a prática de anos. Eu gemia, chorava, ria, gritava baixinho e. Dizia : que "de- li- cia!"
Tirou o pau por um instante, e sentia ele pincelando no meu cu, achei que estava apenas brincado, eu disse: Aí não né seu Vicente!!
Ele disse: Calça boca, vc sabe que eu faço de tudo, ou não sabe.
Eu sei, respondi!
Seu Vicente posicionou a rola na entrada do meu cu e meteu tudo de uma vez, gozei na hora, desabando no chão tremendo, que homem foda!
?O resto da tarde se tornou um borrão de sussurros, gemidos contidos e roupas jogadas. O varão da cortina ficou jogado no chão, esquecido.
?Quando ele se vestiu, pálido e ofegante, parecia vinte anos mais jovem e dez vezes mais culpado.
?"Rosa, nós não podemos... Inês..."
?"Inês está no pilates, Seu Vicente. E a cortina ainda não está pendurada," eu disse, com um sorriso de gata. "Mas eu vou pagar o Senhor, pode deixar!"
?Ele me deu um último olhar , misturando desejo e desespero, e saiu, deixando a maleta de ferramentas e um rastro de paixão proibida.
?A cortina foi instalada no dia seguinte, quando ele voltou, desta vez com o rosto sério, e com mais cuidados, nem parecia o Vicente do dia anterior.
?Agora, toda vez que o vejo no elevador, com a Inês ao seu lado, trocamos um olhar. Um olhar que diz: O varão está no lugar, e o nosso segredo... Trancado a um andar de distância.



