- Um interesse peculiar para uma mulher tão visivelmente moderna.
A voz era baixa, com uma textura de cascalho e whisky. Forcei-me a virar a cabeça lentamente. Ele não era classicamente bonito; era interessante. Tinha o maxilar cerrado e olhos que não desviavam, que pareciam analisar a estrutura das coisas.
- E qual seria o interesse apropriado? Poesia barata? Autoajuda?
Um canto da sua boca ergueu-se, mas não chegou a ser um sorriso.
- Eu teria apostado em ficção russa. Algo com peso. Sofrimento. Você tem ar de quem aprecia a complexidade do desastre.
Fiquei em silêncio, o livro ainda na minha mão. Ele tinha-me lido numa questão de segundos. Era irritante e profundamente excitante.
- Você fala muito.
- E você pensa demais. É um impasse.
Ele estendeu a mão, não para mim, mas para o livro que eu segurava. Os seus dedos roçaram nos meus quando o pegou. Uma corrente elétrica, um clichê tornado real.
- Este livro está errado em três pontos cruciais sobre a logística das legiões na gália. Tenho uma primeira edição em casa que o corrige. E um café que não cheira queimado. A minha casa fica a cinco minutos.
Não era um convite. Era um desafio. A parte racional do meu cérebro gritava todos os tipos de avisos. A minha cona, já a pulsar suavemente, disse-lhe para se calar.
- Mostre-me o caminho.
O apartamento dele era como eu esperava: livros, arte abstrata, madeira escura e uma vista impecável da cidade cinzenta. Ele fez o café em silêncio enquanto eu fingia olhar para a sua coleção de discos. A tensão era tão espessa que eu podia senti-la na minha pele, um formigueiro que se concentrava baixo, no meu ventre.
Ele entregou-me a chávena.
- Então, Amanda. O que você realmente quer?
A pergunta pairou no ar. O meu nome na sua boca soava como uma carícia e uma ordem.
- Quero ver se você é tão bom a foder como é a falar.
Ele sorriu, finalmente. Um sorriso completo, predatório. Colocou a sua chávena na mesa com um clique decisivo.
- Ajoelhe-se.
O meu corpo obedeceu antes que a minha mente pudesse processar a ordem. O som dos meus joelhos a baterem no tapete persa foi obscenamente alto. Ele aproximou-se e agarrou o meu cabelo, puxando a minha cabeça para trás para que eu o olhasse.
- Boa menina. Agora abre a boca.
Ele não me beijou. Cuspiu na minha boca. Um ato de puro domínio que deveria ter-me enojado, mas que apenas fez o meu corpo incendiar-se. Engoli, os olhos fixos nos dele. Ele despiu-se à minha frente, o seu pau já semi-duro a contrair-se em antecipação. Era grosso, imponente.
- Agora tire-o. Com a boca.
Fiz o que ele mandou, abrindo o fecho das suas calças e puxando-as para baixo. A minha boca envolveu-o, o meu trabalho era metódico no início, mas a sua mão no meu cabelo guiava o ritmo, forçando-me a ir mais fundo, a engasgar-me com ele. Ele gemeu, um som gutural de aprovação.
Quando estava duro como pedra, ele puxou-me para cima.
- Na mesa. De barriga para baixo.
A mesa de centro de madeira maciça estava fria contra a minha pele. Ele rasgou o meu vestido sem cerimónia, o som do tecido a ceder foi música. As minhas cuecas foram puxadas para o lado e senti os seus dedos a abrirem-me, testando o quão molhada eu estava.
- Você está a pingar por mim. Patético e delicioso.
Senti a ponta do seu pau a pressionar a minha entrada. Ele não entrou logo. Circulou a minha abertura, torturando-me, fazendo-me implorar em silêncio. E então, ele entrou. De uma só vez. Um único movimento brutal que me roubou o fôlego e me encheu por completo.
Ele fodeu-me assim, na sua mesa de café, como um animal. O ritmo era selvagem, cada estocada a atingir um ponto profundo dentro de mim que eu nem sabia que existia. A minha cara estava pressionada contra a madeira, os meus gemidos abafados. Ele agarrou as minhas ancas, levantando-as para ter um ângulo melhor, mais fundo.
- Olhe para mim.
Virei a cabeça, o cabelo a colar-se ao meu rosto suado. Os seus olhos estavam negros de desejo.
- Você é minha agora. Entende?
Eu apenas consegui acenar, perdida na sensação. Senti o nó do meu orgasmo a apertar-se, uma onda de calor a subir.
- Não ouse gozar sem a minha permissão.
A sua ordem cortou a onda. Ele abrandou, as estocadas tornaram-se longas, lentas, torturantes. Ele estava no controlo absoluto. Ele levou-me até à beira do precipício e puxou-me de volta uma, duas, três vezes, até eu choramingar.
- Implore.
- Por favor… Deixe-me gozar… por favor…
- Boa putinha.
Ele acelerou de novo, um ataque final e selvagem. O meu orgasmo explodiu, uma convulsão que me fez gritar contra a madeira. Segundos depois, senti-o enrijecer e derramar-se dentro de mim, um jorro quente de libertação.
Ele ficou dentro de mim por um momento, os nossos corpos suados colados. Depois saiu e deixou-me ali, a tremer na sua mesa.
Voltou com um copo de água.
- Beba.
Sentei-me, o meu corpo dorido e maravilhosamente usado. Bebi a água toda. Não houve palavras doces, nem promessas. Apenas um reconhecimento silencioso do que tinha acontecido. Uma transação perfeita.
Vesti o que restava do meu vestido e fui até à porta.
- A primeira edição.
Ele apontou para um livro na sua secretária.
- Fica para você. Uma lembrança.
Peguei no livro. Ao sair, não olhei para trás. Na rua, a chuva tinha parado. Eu sentia-me limpa. E completamente fodida. Foi um dia inesquecível.



Minha cadela, dominada e encoleirada, enjaulada no meu canil sendo exposta como meu troféu de conquista, minha cadelinha de estimação, meu objeto sexual, minha coleira está no seu pescoço e nela está meu nome, o nome da sua Dona, sua Domme Camila.