Cada passo pela casa era uma encenação desesperada. Cada gesto banal, cada palavra de “bom dia, amor” dita à minha mulher, era uma facada de mentira. Tudo escondia a verdade suja que me queimava por baixo da roupa, um segredo molhado e proibido. Ao me abaixar para pegar um prato do armário, um arrepio violento percorreu minha espinha, uma sensação tão vívida da guia puxando minha cabeça para a frente, me colocando de quatro no cimento gelado. Quando esbarrei com ela no corredor, o perfume suave dela sumiu, substituído pelo eco da voz grave e autoritária do Negão sussurrando na minha orelha: “Agora tu é minha cadela.”
No trabalho, a tentativa foi de focar. Papéis, telas de computador, conversas burocráticas e vazias. Inútil. Os sons comuns do escritório se transformaram num tormento sensual. O tilintar de um chaveiro era o som da argola da minha coleira batendo no chão. O arrastar de uma cadeira era o ruído da corrente sendo puxada, puxando eu para ele. E com cada memória, meu pau pequeno e envergonhado endurecia dolorosamente dentro da calça, um latejar insistente e traidor. Era uma denúncia muda, uma prova física da minha nova natureza. O perigo agora não era mais ser descoberto pelo vizinho ou pelo vigia noturno. O perigo real era me trair no meio do cotidiano, deixar escapar um suspiro, um olhar vidrado, um tremor nas pernas, e revelar para o mundo que eu já não era dono nem da minha própria postura, do meu próprio corpo.
A vibração no bolso da calça veio no meio da tarde. Um solavanco silencioso que fez meu estômago embrulhar. Uma notificação. Um número desconhecido. Uma única palavra, seis letras cruéis:
“CADELA.”
A pele toda se arrepiou num instantâneo. Minhas bolas contraíram-se, puxando meu pau que já estava ficando duro outra vez. Um espasmo percorreu meu ânus, um reflexo condicionado, como se a ordem fosse um choque físico, um puxão elétrico na coleira invisível que eu agora carregava. Fodeu. Eu sabia, no âmago do que eu havia me tornado, que não era uma brincadeira. Aquilo não ia parar. Mal conseguia respirar.
Naquela noite, deitado na cama ao lado da minha mulher, ela já dormindo profundamente, eu olhei para o teto escuro. O coração martelava contra as costelas, um tambor de guerra anunciando a minha rendição. Eu podia estar sob o meu teto, deitado no meu colchão, mas a sensação era a mesma do depósito: a coleira invisível, bem apertada, puxando, comandando. O ar no quarto parecia pesado, cheio do cheiro imaginário do suor dele, do concreto, do meu próprio desejo pungente.
E aí, naquela escuridão silenciosa, veio a verdade, nua e crua: eu já não era mais o marido normativo, o homem de fachada. Essa pessoa tinha morrido no momento em que eu engoli o gozo dele. Eu era a cadelinha do Negão. E aquele homem foda, aquele preto gostoso e brutal sabia, no fundo dos seus olhos que viam tudo, que podia me chamar a qualquer hora, em qualquer lugar, e eu viria correndo, de rabo empinado e o cu pulsando de necessidade.
E quando ele chamasse de novo — e eu sabia que ia chamar, o pensamento me encheu de um terror molhado e excitante — iríamos ainda mais longe. Seria ainda mais arriscado. Seria um caminho ainda mais sem volta.
O celular, deixado em silencioso no criado-mudo, iluminou-se. A luz azulada invadiu o escuro do quarto, refletindo no teto. Não foi um toque, mas um clarão mudo, um farol me guiando de volta para o meu dono. Meu coração parou. A respiração ficou presa. Eu me virei, devagar, com o cuidado de um ladrão, e peguei o aparelho. A tela queimou meus olhos.
“Depósito. Agora. Não me faça esperar, cadela.”
Um calafrio percorreu meu corpo todo. Um suor frio e quente ao mesmo tempo. Olhei para o lado. Minha mulher dormia, pacífica, alheia ao monstro que dividia a cama com ela. Deslizei para fora dos lençóis, meus pés descalços encontrando o chão frio. Cada movimento era um ruído amplificado na quietude da casa. Vestir uma calça e uma camiseta qualquer foi um ato mecânico. Minhas mãos tremiam. Meu pau já estava latejando, um peso doloroso e insistente contra a roupa.
Saí de casa como um fantasma, fechando a porta sem fazer barulho. A noite era fria, mas meu sangue estava fervendo. Cada passo na calçada vazia me levava mais para longe da minha vida e mais para perto do que eu realmente era. O depósito ficava a seis quadras. Eu corri as duas últimas, não por pressa, mas porque meu corpo já não aguentava a espera, já estava entregue, já estava dele.
A porta do depósito estava entreaberta, um retângulo de escuridão mais densa. Eu a empurrei, o rangido do metal ecoando como um grito na noite silenciosa. E lá, no meio daquele espaço vazio e sujo, iluminado apenas por uma lanterna no chão que projetava sombras dançantes nas paredes, estava ele. O Negão. Encostado numa pilha de tábuas, as pernas abertas, a imensa protuberância na sua calça bege impossível de ignorar. Os braços cruzados, os músculos tensos. Ele não sorria. Ele apenas me observou, seus olhos percorrendo meu corpo trêmulo da cabeça aos pés, me despedaçando.
Eu parei, ofegante, a poucos metros dele. O ar cheirava a poeira, a madeira velha e a poder.
“Chegou tarde,” ele disse, a voz um rosnado baixo que fez meus joelhos fraquejarem.
“Eu… eu vim o mais rápido que pude,” minha voz saiu um fio, um sussurro quebrado.
Ele desceu os olhos para a minha virilha, onde meu pau fazia uma tenda humilhante e deliciosa na minha calça. “Tá com saudade, né? Tá com saudade do seu dono, sua putinha?”
Sim. Por favor. A palavra não saiu, travada na minha garganta. Em vez disso, eu apenas balancei a cabeça, meus olhos fixos no chão, na ponta dos meus tênis. A vergonha queimava minha face, mas era um fogo que só alimentava a chama maior lá embaixo.
“Tira essa merda de roupa,” ele ordenou, a voz deixando claro que não era um pedido. “Quero ver a cadela que veio me encontrar. Quero ver essa bunda que tá tremendo de vontade de ser arregaçada.”
Minhas mãos, trêmulas e desajeitadas, obedeceram. A camiseta saiu sobre a cabeça. A calça e a cueca desceram até os tornozelos, e eu chutei-as para o lado, ficando pelado na frente dele, sob a luz crua da lanterna. A noite fria arrepiou minha pele, meus mamilos ficaram duros, mas o calor que vinha de dentro era insuportável. Eu me curvei, instintivamente, tentando me esconder, mas sabendo que era inútil.
“Não,” a voz dele cortou o ar. “Fica em pé. Reto. Deixa eu ver o que é meu.”
Eu me endireitei, forçando os ombros para trás, sentindo-me mais exposto do que nunca. Seu olhar era como um toque físico, percorrendo cada centímetro da minha pele.
“Vira. Mostra esse rabo que eu arrombei ontem.”
Eu virei, fechando os olhos, oferecendo minhas nádegas para ele. Ouvi ele se aproximar, seus passos pesados no cimento. Seu calor radiou atrás de mim antes mesmo de ele me tocar.
“Porra, olha essa bunda,” ele sussurrou, e então sua mão, enorme e áspera, se fechou em uma das minhas nádegas, apertando com uma força que fez eu gemer. “Ainda tá marcada pela minha mão. E esse cuzinho… ainda tá aberto, né? Me esperando.”
A ponta do seu dedo, surpreendentemente suave, passou pelo meu cu, que pulsou e se contraiu violentamente no toque. Eu gritei baixo, um som agudo e animal que ecoou no depósito.
“Responde, cadela. Tá me esperando?”
“S-sim,” eu gaguejei, enterrando meu rosto no meu próprio braço. “Estou te esperando, meu dono.”
“Fala o que você é.”
“Eu… eu sou sua cadela.” As palavras saíram, e com elas, uma onda de submissão tão intensa que me deixou tonto.
“E o que cadelinha faz quando o dono dela quer foder?”
“Ela… ela obedece. Ela fica de quatro. Ela oferece o cu.”
Eu me movi antes que ele ordenasse, caindo de joelhos no chão frio de concreto, depois me colocando de quatro, empinando a bunda para ele, sabendo que era essa a posição que ele queria, a posição que me reduzia ao que eu era: um buraco para ser usado. A lanterna iluminou minhas partes íntimas, jogando uma luz brutal sobre a minha exposição. Meu pau pequeno e duro pendia entre minhas pernas, pingando uns fluidos de excitação no chão poeirento. Meu cu, exposto e ligeiramente aberto, piscou para o homem atrás de mim.
Ouvi o ruído do seu cinto sendo aberto, o som do zíper descendo. Meu deus, ele vai me foder agora. Ele vai meter aquela rola gigante em mim de novo. Um misto de pavor e desejo puro me eletrocutou por dentro.
Ele se ajoelhou atrás de mim, seu corpo enorme sombreando o meu. Sua mão passou pelas minhas costas, possessiva, antes de descer e separar minhas nádegas, expondo-me ainda mais. Senti a cabecinha enorme e quente do seu pau pressionar contra a minha entrada, um ponto de calor e pressão intensos. Ele esfregou a cabeça para cima e para baixo na minha fenda, molhando-a com meu próprio suor e talvez com um pouco do lubrificante que ele tinha nas mãos.
“Olha como essa putinha já tá se abrindo pra mim,” ele rosnou. “Pronta pra levar rola como uma vagabunda.”
“Por favor,” eu supliquei, minha voz um gemido contínuo. “Por favor, meu dono. Me fode. Enche meu cu com essa rola enorme.”
“É isso que você quer? Quer que eu arrombe esse teu cuzinho de novo?”
“Sim! Fode-me! Por favor, me come todinho!”
Ele não disse mais nada. Com um empurrão dos seus quadris, uma investida brutal e sem aviso, ele forçou a cabeça para dentro de mim.
A dor era aguda, um rasgo branco e cegante que me fez gritar e enterrar as unhas no cimento. Era enorme, uma invasão impossível que me fazia ver estrelas. Mas quase instantaneamente, a dor se transformou num preenchimento brutal, uma expansão que me rasgava e me preenchia ao mesmo tempo. Eu estava cheio dele, tão cheio que eu sentia aquela pica enorme no fundo do meu intestino, um peso pesado e quente que me dizia exatamente o meu lugar no mundo.
Ele parou por um segundo, a rola toda enterrada no meu cu, e eu gemi, um som longo e rouco. “Fode… por favor, não para,” eu supliquei, meu corpo já se entregando completamente àquela violência gostosa.
“Calada, puta,” ele rosnou, e então começou a se mover.
E foi uma formidável destruição gloriosa. Cada enfiada era um soco no meu corpo, uma reafirmação da minha posição. Suas mãos grossas se fecharam nos meus quadris, suas unhas cravando na minha pele, segurando-me no lugar enquanto ele me fodia com uma força animal. O som do nosso sexo enchia o depósito: o baque úmido da nossa pele se batendo, os meus gemidos altos e incontroláveis, o rosnado baixo e satisfeito dele.
“Isso, sua cadela nojenta,” ele disse, a voz saindo entre dentes cerrados. “Abre esse cu todo pra mim. Toma toda essa pica preta. É isso que você queria quando tava na sua casinha de mentira, né? Queria é ser arregaçada por uma rola de verdade.”
“Sim! É isso! É isso que eu quero!” Eu gritei, minha voz ecoando nas paredes. Eu estava além da vergonha, além de qualquer pensamento. Eu era apenas um buraco quente pra aquela pica, um objeto para o prazer dele. Cada golpe me levava mais longe da pessoa que eu era, e mais fundo na puta que eu nasci para ser.
Ele puxou meus cabelos, forçando minha cabeça para trás, arqueando minhas costas. “Olha pra frente, vagabunda. Olha como sua bunda balança enquanto eu como você.”
Eu abri os olhos. À nossa frente, contra a parede suja, nossa sombra dançava na luz da lanterna: a silhueta enorme e poderosa dele, e a minha, pequena e dobrada, sendo fodida com um vigor que parecia que ia me quebrar ao meio. Era a coisa mais obscena e mais excitante que eu já tinha visto.
“Vou gozar,” ele anunciou, o ritmo das suas enfiadas ficando mais irregular, mais frenético. “Vou encher esse seu cu de porra quente. É isso que você merece, não é, sua cadela?”
“Mereço! Por favor, meu dono! Enche meu cu de leite! Eu quero sentir você gozar dentro de mim!”
Ele gemeu, um som profundo que saiu do seu peito, e então ele enterrou a pica até o talo, os seus ossos do quadril batendo contra a minha bunda. Eu senti o jato quente da porra dele explodindo dentro do meu reto, um fluxo intenso e quente que me preencheu de uma maneira que eu nunca imaginei possível. Era a marca dele, a sua posse, cimentada dentro do meu corpo.
Ele ficou ali por um momento, ofegante, ainda pulsando dentro de mim. Eu estava tonto, meu corpo todo tremendo, meu próprio pau duríssimo e negligenciado jorrando um fio constante de pré-gozo no chão.
Ele se puxou para fora de mim, e uma sensação de vazio imenso tomou conta. Eu ouvi o som da sua porra escorrendo do meu cu abuso para as minhas coxas. Ele me virou para ele, sua rola ainda meio dura, coberta da porra dele e dos meus fluidos. Seus olhos percorreram o meu corpo sujo e suado.
“Agora limpa,” ele ordenou, apontando para a rola dele. “Limpa a sua bagunça, cadela. Limpa a porra do seu dono da pica dele.”
Eu não hesitei. Eu me joguei para a frente, abri a boca e engoli aquela pica enorme, sentindo o gosto salgado e amargo do nosso sexo. Eu chupei com uma fome que eu não sabia que tinha, limpando cada centímetro com a língua, bebendo cada gota que eu conseguia.
Ele riu, um som baixo e de dono. “Boa puta. Agora a noite ainda não acabou. Fique de quatro de novo. Dessa vez, vou foder esse seu cuzinho até você não aguentar mais ficar de pé.”
Eu obedeci sem pensar. As mãos no chão duro, a bunda empinada, a coleira ainda apertada no pescoço. Eu não era mais eu — era só rabo pronto, cuzinho dilatado, esperando o dono.
Ele não teve paciência. Puxou a guia curta com uma mão, me forçando a empinar ainda mais, e com a outra já encaixou a tora cavalar de novo. Entrou de uma vez, como se meu corpo fosse feito só pra isso, e o grito saiu sem controle.
— Cala a boca! — rosnou, estocando sem pena. — Vai aprender a gemer baixo, como boa cadela.
Cada soco era mais profundo que o anterior. O som da pele batendo, da corrente tilintando, da respiração dele pesada me preenchia tanto quanto a tora dentro do meu cu. Eu sentia as pernas tremerem, o corpo perder a força.
— Isso! — ele cuspiu na minha nuca. — Rebola, cachorrinha. Abre esse cu até eu rasgar.
Eu gemia, arfava, balbuciava entre os dentes: “sou tua… sou tua cadela…”
Ele gargalhou, segurando meus quadris com brutalidade.
— Tu é minha? Não. Tu sempre foi. Desde a primeira vez que abriu esse rabo pra mim, deixou de ser homem. Agora é só uma cadela submissa
As palavras batiam mais fundo que as estocadas. Cada insulto me desmontava, me reduzindo ao que eu realmente era ali: putinha, cadela, totalmente obediente.
O ritmo acelerou. Ele batia fundo, rápido, como se quisesse quebrar a parede comigo. A tora cavalar esmagava minhas entranhas, e cada puxão da coleira me lembrava que eu não tinha saída. O mundo inteiro podia sumir: só existia a pica dele dentro de mim e o som da sua voz.
— Vou gozar de novo, cadela. E tu vai engolir essa porra pelo rabo, até vazar. — disse entre dentes cerrados.
Eu gritei: — Por favor, meu dono! Goza! Marca meu cu pra sempre!
O corpo dele se enrijeceu. As mãos esmagaram meus quadris, enterrando até o talo. E então veio: jato após jato de porra quente, grosso, brutal, me enchendo, me queimando por dentro. Eu tremia, gemia, me perdia. O meu pau pequeno gozou sem toque, respingando fraco no chão.
Ele ficou parado, enterrado até o fundo, a tora ainda pulsando, o corpo inteiro suado. O som da respiração dele era pesado, dono de tudo. Então puxou a guia, ergueu meu rosto suado e disse:
— Agora tu é meu. Pra sempre.
E naquele instante, com o corpo todo escorrendo gozo, com a coleira ainda marcando minha garganta, eu entendi: não era só foda. Não era só prazer. Era destino.
Eu não tinha mais volta. Eu era dele — e aquilo era triunfo, condenação e coroação ao mesmo tempo.
Uma doutrinação intensa, excitante e irremediável. Delírio crescente a cada conto.