Confissões de um Hetero Rabudo - CAPÍTULO 15: O PROVADOR



Tudo começou muito antes de eu entrar naquele provador.

A tensão não nasceu ali, mas no silêncio calculado dele. Eu tinha mandado uma mensagem banal, quase inocente, e a ausência de resposta foi o recado. Não era descaso, nunca era. Era ordem. Silêncio era o comando dele, mais cruel do que qualquer palavra.

Passei o dia como um fantasma: almocei com minha mulher, atendi ligações de trabalho, dei risada de piadas sem graça. Mas por dentro, o corpo inteiro já tremia em antecipação. O cu latejava como se tivesse memória própria, lembrando cada vez que ele me abriu, cada vez que me marcou.

Quando decidi ir ao shopping, a desculpa saiu fácil: “Preciso de uma camisa pra reunião.” Eu mesmo me odiava pela naturalidade com que mentia. No fundo, sabia: não ia comprar nada. Ia me oferecer.

Entrei na loja. Música brega no fundo, atendentes conversando sobre promoção, o barulho da vida comum. Peguei duas camisas qualquer só pra justificar minha entrada no provador. Abri a cortina estreita e entrei.

E lá estava ele. Como se tivesse sempre estado. O cheiro foi a primeira coisa: cigarro barato, perfume amadeirado gasto, suor de macho. Não houve saudação. A mão dele já me esmagou contra o espelho gelado.

— Não dá um pio, cadela. — rosnou baixo, e só isso já foi suficiente pra me dobrar.

A coleira deslizou pelo pescoço. O clique metálico foi definitivo. Eu já não era marido, não era profissional, não era nada além de posse dele.

— De quatro. Cara no chão. — A guia puxou com força.

Caí de joelhos. O tecido da camisa caiu junto comigo, amorteceu o impacto. Ele riu, aquele riso baixo, satisfeito, que me arrepiava até a espinha.

— Tentando disfarçar, seu puto? — cuspiu no espelho, um jorro grosso que escorreu pela superfície embaçada. — Lamba.

A vergonha queimava meu rosto, mas o pauzinho inútil latejava duro, pingando. Estiquei a língua, o couro da coleira cortando a pele do meu pescoço, e lambi o vidro sujo. Poeira, cuspe, um gosto de humilhação. No reflexo, eu me vi: aliança no dedo, calça social caída, joelhos no chão de provador, lambendo vidro. E aquilo só me deixou mais mole, mais entregue.

Passos pararam do lado de fora. Uma voz feminina, cantada, clara:
— Tudo bem aí?

Meu sangue gelou. Eu travei inteiro. Mas ele não. Ele encostou o corpo nas minhas costas, quente, pesado, a rola dura pressionando minha bunda pela calça.

— Fica quieto, corno. — sussurrou, com crueldade. A mão desceu, forçou o tecido, enfiou dois dedos sem cerimônia no meu cu já molhado de tesão e sujeira. — Se abrirem, eu deixo. Todo mundo vai ver a cadelinha de coleira lambendo espelho. É isso que você quer?

Eu balancei a cabeça, negando, mas o corpo me traiu, empurrando contra os dedos dele. Um gemido escapou.

— Tá pingando, vagabunda. — Ele enfiou mais fundo, me rasgando fácil, sujo. — Vai gozar só de ouvir gente andando do lado de fora?

Eu mal consegui formar palavras. Gritei qualquer desculpa:
— Tá… tá tudo certo! É o número certo!

Os passos se afastaram. O alívio veio em choque, mas junto a vergonha. Eu estava todo molhado, arfando como um animal.

Ele riu baixo.
— Agora toma tua recompensa, sua puta.

O som do cinto, do zíper descendo. Cuspe na mão, o barulho dele se punhetando pra lubrificar. Então a pressão: a cabeça quente, grossa, monstruosa, forçando a entrada do meu cu.

— Aguenta, puta. — rosnou.

E entrou. Numa única estocada brutal, até o talo. O grito saiu engasgado, abafado pela camisa que agarrei no chão. A dor foi um clarão, um corte por dentro, mas logo virou aquele preenchimento absoluto que me fazia esquecer de quem eu era.

— Caralho, que cu guloso. — ele gemeu, as mãos abrindo minha bunda grande. — Agora leva a rola que teu casamento não te dá.

Começou a bombar. Primeiro lento, cada enfiada uma tortura, depois mais rápido, a carne batendo na minha bunda com força molhada. Puxou a guia da coleira, me obrigando a erguer o rosto pro espelho.

— Olha. — ordenou. — Olha o marido respeitável, de coleira, lambendo o vidro, levando pica. Olha tua cara de viciado.

O reflexo era cruel e irresistível. Eu vi o que tinha me tornado. Um homem de família, de quatro, arrombado.

A violência escalou. Ele me estapeava, a pele queimando, cada tapa um comando. O corpo dele suava, o som da respiração grave enchia o cubículo.

— Vou gozar, cadela. — anunciou, a voz animal. — E você vai ficar o dia inteiro sentindo minha porra vazando desse rabo.

Eu já estava perdido, empurrando de volta, gemendo alto. O orgasmo me atingiu sem nem tocar no pau. Meu corpo convulsionou, o cu espasmando ao redor da tora dele, jorrando porra no chão sobre as camisas. Um gemido rouco, fodido, ecoou.

Ele explodiu junto, enterrando até as bolas, gozando dentro de mim com jatos pesados, quentes, sem fim. Me marcando por dentro como sempre fazia.

Ficamos imóveis alguns segundos, colados, respirando pesado. O cheiro de sexo e suor dominava o espaço. Quando ele se puxou, o vazio me rasgou de novo, e eu senti a porra escorrer, quente, suja, descendo pelas coxas.

Ele se ajeitou, o barulho do cinto fechando. Segurou minha nuca, me fez encarar o espelho mais uma vez.
— Vai pra casa agora. Ajeita essa camisa, beija tua mulher. Mas lembra: teu cu é meu. Sempre foi.

E saiu pela cortina, como se nada tivesse acontecido.

Eu fiquei de joelhos, ofegante, tremendo. No chão, a camisa manchada de porra. No corpo, a coleira apertando. E no reflexo, não havia mais fachada nenhuma.


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Comentários


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engmen Comentou em 02/10/2025

Cada conto seu é garantia de leitura excitante e envolvente. Excelente, como sempre.

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lsafadim88 Comentou em 02/10/2025

Seus contos me deixam babando de tesão!

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olavandre53 Comentou em 02/10/2025

Bom d+. Bjs

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edumanso Comentou em 02/10/2025

Caralho que delicia, a cuspida no espelho, a lambida, dedos furiosos abrindo o cú, a pica grossa invadindo tua bunda e a porra escorrendo nas pernas. Puta tesao ! Que lugar é esse tbm quero e preciso !!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Confissões de um Hetero Rabudo - CAPÍTULO 15: O PROVADOR

Codigo do conto:
243722

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/10/2025

Quant.de Votos:
6

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