Quase acabou, doeu, mas hoje vejo que valeu muito a pena.



Depois daquela noite, o clima em casa ficou carregado. Eu tentava engolir o que tinha acontecido, mas o ciúme era mais forte. Ver o chefe tratando a Capitu como se fosse dele, com aquela arrogância, me humilhando na minha própria casa, mexeu comigo. Eu adorava o jogo de ser corno, a excitação de vê-la se soltar, mas aquilo não era mais divertido. Era humilhação fora do sexo. E isso começou a aparecer nas nossas conversas.
No dia seguinte, enquanto tomávamos café, eu abri o jogo, tentando manter a calma:
— Capitu, ontem passou dos limites. O Almeida te tratou como se fosse o dono de tudo, inclusive de mim. Me chamou de manso na nossa casa. Não quero mais ele nisso. Pode ser com outros, mas com ele, não.
Ela me olhou com aqueles olhos que sempre me desarmavam, veio até mim e me abraçou forte.
— Desculpa, Bento. Eu sei que exagerei. Você pediu “serviço completo”, e eu me empolguei, mas não imaginei que ele ia agir assim. Eu paro com ele. Prometo. Não quero te magoar.
Eu quis acreditar. Nos beijamos, e por uns dias, parecia que as coisas iam se ajeitar. A rotina voltou: trabalho, compromissos, as mensagens picantes com os amigos do churrasco, onde a Gina, deixou escapar que também transava com o Almeida escondida, às vezes apareciam comentários provocantes, estava mais calmo. Mas sempre que Capitu demorava no trabalho, eu me perguntava: “E o Almeida? Será que está com ele?” Ela dizia que era só trabalho, mas eu a sentia ficando incomodada com a minha desconfiança.
As coisas ficaram meio tensas. A gente discutia por coisas bobas – uma conta atrasada, um plano cancelado. Eu estava mais ciumento, e ela, que sempre foi independente, começava a se fechar. Uma noite, no jantar, eu não aguentei:
— Capitu, você disse que ia parar, mas eu sei que ele ainda te manda mensagens. Vi o celular piscando ontem.
Ela suspirou, irritada, mas respondeu calma:
— Bento, são coisas da empresa. Eu disse que parei com ele. Você precisa confiar em mim.
A conversa azedou um pouco, mas não virou briga grande. Nós resolvemos na cama, como de costume, só que o sexo estava sem a mesma faísca. Eu sentia que algo estava fora do lugar, mas tentava não pensar muito.
Uns dez dias depois, era uma segunda à tarde. Eu tinha saído para resolver umas coisas no centro de Porto Alegre. Mas o cara desmarcou, e cheguei em casa mais cedo, por volta das 14h, logo após o almoço. Da porta da cozinha, que estava entreaberta, já ouvi gemidos vindos da sala.
Fui devagar até o corredor e vi a cena: Capitu de quatro no tapete, o vestido jogado, torcido no chão, e o Almeida atrás, socando com força. Ela gemia alto, olhos fechados, rosto vermelho. Ele puxava os cabelos dela com uma mão e dava tapas na bunda com a outra, falando com aquele tom arrogante:
— Isso, minha cadelinha. Não vive sem esse pau, né? Igual a Gina, vocês duas são umas vagabundas.
Eu fiquei parado, escondido no fim do corredor. O ciúme queimava, mas aquela mistura de raiva e tesão me travou, eu queria entender até onde ela iria, fiquei ali, assistindo, sem ser visto. Foram uns 40 minutos que pareceram horas. Ele a virou, desvirou, bateu no rosto dela, colocou-a sentada no colo, perguntando a ela “quem é teu macho”? Ela obedecia, respondia gemendo: “é tu, é tu”. Isso é bem mais excitante nas histórias, pois perder o controle assim fugia um pouco demais da fantasia. Mas eu via no rosto dela um misto de prazer e algo que parecia arrependimento, eu percebi a culpa nela, mesmo que discreta, ela sabia que era errado e que eu não merecia aquilo.
Quando ele terminou, gozando dentro dela com um grunhido e mais provocações, Capitu se levantou rápido, se vestindo e mandando ele sair. Ele riu, se vestiu e disse:

— Te vejo na empresa, gostosa. E conta para o manso.
Ela murmurou algo sobre ele ir embora logo. Eu esperei no corredor, ainda sem saber o que fazer. Eles foram até a porta da frente, e quando abriram, dei de cara com os dois. Capitu ficou pálida, os olhos arregalados. O Almeida só sorriu, debochado.
— Opa, o marido chegou. Tô de saída, tranquilo?
Eu o encarei, o sangue fervendo, mas mantive a calma.
Ele deu de ombros e foi embora, sem dizer mais nada. Fechei a porta e me virei para Capitu, que já estava com lágrimas nos olhos.
— Bento, me desculpa... Ele apareceu aqui do nada, disse que precisava conversar sobre trabalho, e... eu fraquejei. Juro que não queria.
Eu me sentei no sofá, respirando fundo, tentando organizar os pensamentos. Minha cabeça era um turbilhão de raiva e decepção, mas também de culpa por deixar as coisas chegarem a esse ponto.
— Capitu, você prometeu. Disse que ia parar. E agora te pego com ele, na nossa casa, de novo? Como eu vou confiar em você? Isso está acabando comigo.
Ela se ajoelhou na minha frente, segurando minhas mãos, chorando.
— Eu sei que errei, amor. Ele tem um jeito que... me pega, sei lá. Mas eu te amo, não quero te perder, nem nossa vida junto. Me dá uma chance de consertar isso.
A conversa foi longa, mas não viramos uma briga. Eu disse que não dava mais, que o Almeida precisava sair da vida dela de vez. Ela concordou, dizendo que só via um jeito: sair da empresa. Prometeu que na segunda-feira falaria com ele e tomaria uma atitude. Mas aí veio a surpresa, pois no dia seguinte, Capitu sentiu um mal-estar e descobrimos que ela estava grávida. Ela ficou em choque, mas, ao mesmo tempo, aliviada, porque isso deu a ela a força que precisava.
No mesmo dia, ela foi até a sala do Almeida e pediu demissão, sem dar espaço para ele tentar convencê-la. Disse que precisava priorizar a família e a saúde, e que não retrocederia. Ele tentou manipular, pediu uma última, mas ela foi firme.
A gravidez mudou tudo. Quando ela me contou, naquela noite, senti um misto de alegria e medo, mas acima de tudo, vontade de reconstruir o que tínhamos. A gente conversou muito e em duas semanas, Capitu já estava em outra empresa, um lugar diferente, onde não tinha nenhuma fama, aproveitou a gravidez, gerou nosso amado segundo filho que hoje é um meninão
A Gina, por outro lado, continuou na empresa satisfazendo as taras do homem, ela também teve um filho, o quarto, graças a Deus, o meu é a minha cara, saiu até com marca de família, pois o dela, mesmo o marido sendo negro, grandão, nasceu loirinho. O que não mudou nada, somos amigos ainda hoje e eles são muito felizes. Saíram da igreja, tem uma vida de brincadeiras conosco, mas acho que o chefe a come até hoje.
Mas isso é da vida deles e não cabe a mim.
Tem muito mais coisa ainda para contar, mas durante uns dois anos ela só trabalhou e foi mãe, demoramos a nos encaixar de novo nas putarias. Mas quando voltamos, foi melhor do que nunca.

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Comentários


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bicasado Comentou em 07/09/2025

Votado; gostei fo vonto muito bom é uma pena que vc não controlou o ciume mesmo sabendo do amor de capitu, o amor dela é o que impirta vc deveria ter controlado, nas tudo acabou bem.

foto perfil usuario viajante220

viajante220 Comentou em 07/09/2025

Votado Agora se livrou do Almeida, sua esposa te ama de verdade




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Quase acabou, doeu, mas hoje vejo que valeu muito a pena.

Codigo do conto:
241826

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
07/09/2025

Quant.de Votos:
13

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2