Eu me chamo Rosa 43.esposa do Eliezer, que parecia nem ser casado comigo, não me procurava a meses e sempre que eu queria rola, me deixava literalmente na mão! Eu precisava de ar, de controle, de algo que não pertencesse ao silêncio opressor do meu casamento. Eliezer me proibia de trabalhar, me via como um troféu passivo. Por isso, quando vi o anúncio no quadro da portaria, soube que era o meu bilhete de fuga: o vizinho do 701, recém-chegado do Canadá, precisava de faxineira duas vezes por semana. O 701, bem em frente à minha prisão no 702.
?Não hesitei. Mandei a mensagem, troquei de roupa, e saí enquanto Eliezer estava no trabalho. O cheiro de cera e desinfetante seria o disfarce perfeito para a adrenalina que me corria nas veias.
?Paulão abriu a porta. Alto, de ombros largos, com uma camiseta desgastada que realçava seu físico, ele exalava uma liberdade desordenada. "Rosa, que bom que veio. A vida de solteiro é uma bagunça," ele disse, com aquele sorriso lento. "É para isso que estou aqui, Paulão," respondi, a voz mais firme que meu interior agitado.
?Comecei a faxina, mas ele me notou. Não apenas a faxineira, mas a mulher. Ele me pegou na cozinha, me elogiando por ser "eficiente" e "linda". "Você tem um toque de fadas," ele brincou, mas logo o tom mudou para uma admiração sincera. Ele via a minha coragem de ter minha própria vida, algo que Eliezer jamais faria.
?O toque aconteceu no quarto, enquanto eu trocava os lençóis. Eu lhe confessei: "Eu preciso ter algo que é só meu. Algo que ninguém controle." Ele colocou sua mão sobre a minha , e aquele gesto de cumplicidade silenciosa quebrou a barragem. "Eu entendo. O vazio às vezes é o pior tipo de bagunça." Ele se inclinou, me olhando nos olhos. "Você não merece o vazio, Rosa."
?O beijo que se seguiu foi a minha resposta urgente, reprimida por anos. O avental de faxina foi o primeiro a cair. Naquela cama desarrumada, eu me entreguei àquele homem grande. Não foi só sexo; foi a libertação da mulher que ansiava por ser amada. Paulão me fodeu com maestria, comeu de todas as formas, me fez gozar pelo menos três vezes. Eu me senti mais eu mesma, mais viva do que em anos.
?Minutos depois, eu estava ali, o coração acelerado, sabendo que havia arriscado tudo. O segredo estava selado no apartamento 701, a apenas metros da minha rotina silenciosa. Eu havia encontrado meu propósito e minha liberdade. E sim, eu estava disposta a realizar aquela faxina, pelo menos duas vezes por semana!
?...continua...