— Eu queria que você estivesse aqui comigo agora — disse ela super excitada enquanto se tocava numa dessas chamadas, olhando fixamente para a câmera, e senti meu coração disparar.
O flerte virtual logo se transformou em uma rotina de desejo: risos, provocações e descobertas mútuas. Então, um dia, recebi uma mensagem que fez meu estômago gelar e, ao mesmo tempo, borbulhar de excitação:
— Venha me ver hoje à noite. Estou te esperando.
Ela me passou o endereço. Passei a tarde inteira nervoso, escolhendo roupas, comprando flores. Quando cheguei, às sete, ela abriu a porta com um sorriso que me fez esquecer todo o nervosismo.
— Trouxe isso para você — disse, estendendo o buquê.
— Obrigada! — ela respondeu, pegando as flores e me puxando para dentro.
Conversamos, rimos, e o clima entre nós só crescia. Então, aconteceu: nos beijamos pela primeira vez. Um beijo intenso, explorador, e em pouco tempo, nossas mãos começaram a percorrer os corpos nus um do outro numa deliciosa preliminar.
— Você me deixa louca — ela sussurrou, ofegante, deslizando as mãos sobre meu peito.
Toquei suavemente em seus seios duros de tesão e ela me disse:
— Vem meter!
Ela estava toda molhadinha e pronta para mais, para a penetração, mas eu não. Resolvi tomar a atitude de dizer diante de uma mulher o que de fato desejava fazer:
— Não quero penetrar, mas posso te mostrar como quero estar com você te homenageando.
Ela sorriu, compreendeu, e se sentou no sofá, perto de mim. A noite se transformou em um jogo de toques e carícias: nós dois explorando nossos desejos, nos masturbando ardentemente e descobrindo o prazer do outro sem pressa, sem precisar de penetração.
— Não para — ela murmurou, os olhos brilhando, e eu continuei, seguindo nossos ritmos, nossos suspiros e risadas até que gozei diante de seus olhos gemendo de tesão.
Ela também se tocava, acariciando os seios e sua buceta sedenta de prazer há mais de um ano, porém mostrando que não precisava de um pau dentro dela para ter orgasmo, o que fez minha admiração crescer por aquela mulher.
Passamos horas assim, em pura intimidade, sem praticarmos penetração embora ela quisesse, e quando finalmente nos deitamos exaustos no sofá, percebi que havíamos construído algo muito mais profundo do que um simples encontro sexual. Havia conexão, cumplicidade, desejo e respeito — uma noite inesquecível.
Naquela noite, enquanto nos descansavamos, senti a necessidade de ser honesto comigo mesmo e com ela. Em um momento, parei e olhei em seus olhos.
— Queria te explicar uma coisa… — disse, a voz um pouco trêmula.
— O que é? — perguntou ela, curiosa.
Respirei fundo.
— Eu escolhi não te penetrar porque… — comecei, tentando achar as palavras certas — eu quero que o sexo entre a gente seja consciente, que a gente explore prazer sem pressa. Para mim, não é sobre “chegar lá” ou cumprir uma expectativa. É sobre nos sentirmos bem, juntos, de forma intensa. Podemos nos relacionar muito bem pela masturbação enquanto formos namorados e essa pureza vai ser até melhor pra nossa saúde.
Ela me olhou atentamente, como se entendesse antes mesmo que eu terminasse.
— Eu admiro mulheres que conhecem o próprio corpo, que sabem o que gostam e se proporcionam prazer — continuei. — E é isso que me inspira a me abrir contigo, a compartilhar algo íntimo sem precisar forçar nada. Pra mim, o sexo pode ser vivido assim: na intimidade, na masturbação mútua, com consentimento e atenção ao prazer do outro. É um tipo de conexão intensa, diferente, mas real.
Ela sorriu, aproximando-se, e segurou minha mão.
— Eu gosto dessa tua visão… e adoro como a gente se entende. Vou mostrar que também consigo namorar sem penetração — disse ela, com a voz baixa e sedutora.
Naquele momento, percebi que o desejo não precisava de pressa ou de padrões externos. Estávamos juntos, adultos, conscientes de nossos limites, descobrindo prazer um no outro de forma profunda, respeitosa e excitante. Cada toque, cada gemido, cada olhar compartilhado era nossa maneira de viver a intimidade, livre e intensa.

