Ele, Ael, era um homem de olhos atentos e corpo treinado, mas ainda assim sentia-se vulnerável diante da presença dela. Ela, Lysandra, Guardiã dos Arquivos da Cidade, era conhecida por sua autoridade absoluta e pelos gestos que faziam qualquer homem hesitar entre respeito e desejo.
Na biblioteca, o ar estava carregado de uma luz dourada que atravessava os vitrais, aquecendo a pele e os nervos. Ael observava as mãos dela passar sobre os pergaminhos antigos, cada movimento fluido e preciso, como se o toque sobre o papel fosse também um toque sobre sua própria vontade.
Ela se aproximou sem avisar, cada passo ecoando como um comando silencioso. O cheiro dela, uma mistura de couro queimado e jasmim, invadiu suas narinas, e Ael sentiu o corpo reagir antes mesmo de perceber o que estava acontecendo.
— Você me observa demais — disse Lysandra, a voz baixa, firme e carregada de promessa. — Mas talvez seja hora de aprender a obedecer de verdade.
Ele engoliu em seco. Não era apenas medo, era ansiedade intensa, desejo misturado com a sensação de que cada gesto dela poderia dominá-lo por completo.
Ela tocou seu braço. Apenas um toque, leve, mas suficiente para eletrificar sua pele. Ele se curvou ligeiramente, como se obedecesse a uma regra invisível da cidade, àquela hierarquia que ela representava.
— Feche os olhos — ordenou ela, e ele obedeceu.
O coração dele disparava, cada respiração trazendo mais proximidade do que ele jamais imaginara. Ela passou os dedos pelo pescoço dele, descendo lentamente, e cada centímetro do seu toque era uma ordem silenciosa, uma mistura de poder e sedução que ele não conseguia resistir.
— Sinta-me — sussurrou, quase como uma instrução de guerra. — Sinta o que significa se entregar sem reservas.
Ele obedeceu, permitindo que sua mente se esvaziasse. Ela guiou cada movimento, cada resposta do corpo dele, e o prazer tornou-se uma extensão do poder dela. Não era apenas desejo físico; era uma coreografia de domínio e submissão, onde cada gemido era tanto rendição quanto reconhecimento de autoridade.
Entre toques e sussurros, entre ordens e entrega, os dois se encontraram em uma dança intensa: ela, rainha de seus gestos e comando absoluto; ele, homem que aprendia que a rendição podia ser tão excitante quanto o poder. O espaço da biblioteca desapareceu, e o mundo inteiro se resumiu à tensão entre eles — corpo, mente e vontade em perfeita harmonia, sob o domínio do sol matriarcal.
Quando finalmente descansaram, exaustos e tremendo, Ael percebeu que o prazer ali não era apenas físico. Ele havia sido transformado pela experiência: cada toque, cada comando, cada suspiro era também uma lição sobre poder, confiança e entrega, e a sociedade matriarcal não era apenas um sistema de hierarquia — era um território onde desejo e autoridade coexistiam de forma visceral.
