Cristina se despiu lentamente, os olhos fixos nos de Alex, como se cada peça de roupa tirada fosse um pacto selado no ar. A meia-luz do abajur desenhava sombras em sua pele, e ele já não sabia mais se respirava por instinto ou por necessidade.
Ela deitou-se com as pernas entreabertas, dedos passeando lentamente pelo ventre, escorregando entre os lábios molhados. “Fica”, ela sussurrou. E ele ficou. Hipnotizado.
Quando Lucas surgiu, não houve espanto — apenas a confirmação de algo que ambos sabiam, mas nunca disseram. Cristina apenas virou o corpo, se colocando de quatro, os olhos ardendo de desejo e desafio. O cuzinho piscava, exposto e convidativo, e Lucas não hesitou.
Alex se ajoelhou à frente dela, o rosto a centímetros de sua boca entreaberta, e viu quando ela gemeu ao ser penetrada por trás. Cada estocada de Lucas fazia Cristina olhar para Alex com olhos de loucura. Ela queria os dois. Precisava. E os dois a queriam por inteiro.
O quarto virou templo. O desejo, liturgia. O suor escorria, a pele ardia, o tempo parou.
Cristina era centro, altar, tempestade. Alex se masturbava diante da cena, mas seu prazer era muito mais que físico. Era entrega, era a quebra dos limites. Era ver o amor da sua vida se deleitando com outro e, ainda assim, ser parte disso. Ser cúmplice. Ser combustível.
Quando Max entrou, a tensão explodiu. Quatro corpos. Quatro vontades. Mas só uma lei: q¹prazer absoluto.
Cristina foi erguida, montada, dobrada, explorada. Cada gemido era um feitiço, cada toque um gatilho. Não havia ciúmes, só uma sinfonia de gemidos, estalos de pele e gritos abafados no travesseiro. Era segredo. Era sagrado.
Ali, naquela cama encharcada de desejo, nasceu o círculo do prazer. Sem máscaras, sem amarras. Apenas desejo nu, cru, e verdadeiro.
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Há contos que se destacam pelo erotismo, outros pela qualidade textual, alguns pela criatividade e intensidade. Mas tudo isso reunido num mesmo texto é raridade mesmo. Excelente é pouco para elogiar esse aqui. Parabéns!!!