A noite estava quente. A janela entreaberta deixava entrar um fiapo de vento morno, carregando o cheiro úmido da rua. Na sala, a luz amarelada do abajur desenhava sombras suaves nas paredes. Era a primeira vez que os três estavam juntos naquele espaço com o acordo silencioso selado: ela com outro, ele assistindo.
Cristina estava especialmente bonita. Um vestido curto, leve, sem sutiã. Os mamilos marcavam o tecido, pequenos pontos de provocação que Alex já não conseguia ignorar. O batom era vermelho escuro. Os cabelos soltos. A pele parecia mais quente que o normal. Carlos, sentado no sofá, a observava com um sorriso discreto. Seguro. Másculo. Um predador educado.
Alex serviu os três. Uísque. Mãos trêmulas. Fingiu normalidade, mas o sangue já pulsava baixo, pressionando a virilha. Cristina cruzou as pernas devagar, sabendo que ele olhava. Sabendo que Carlos também. E foi então que ela levantou. Sem dizer nada, caminhou até o centro da sala.
— Prontos? — perguntou, olhando apenas para Alex.
Ele respirou fundo e assentiu.
Ela então se virou para Carlos.
— Quero que me toque… como se eu não fosse dele — sussurrou.
Carlos não hesitou. Levantou, caminhou até ela devagar, e passou a mão por trás do pescoço, puxando-a para um beijo firme. Não foi romântico. Foi fome. Língua, mordida, mão na bunda, dedos subindo pelas coxas. Cristina gemeu contra a boca dele, as pernas instintivamente abrindo-se.
Alex permaneceu sentado, duro, imóvel, sentindo o corpo inteiro vibrar como se estivesse ligado na tomada. Ele não tinha mais controle. Nem queria ter.
E foi aí que o vestido escorregou pelos ombros dela…
Carlos a puxou pela cintura. Ela foi. As mãos dele passearam pelas costas nuas, enquanto ela mantinha os olhos fechados, concentrada em sentir. A respiração de Alex estava descompassada. O desejo misturado ao ciúme, à excitação, ao medo de estar indo longe demais — e ao prazer de não conseguir parar.
A primeira penetração aconteceu devagar, quase cerimonial. Cristina soltou um gemido contido. Alex engoliu em seco. Ele não sabia que tipo de dor era aquela dentro do peito — só sabia que queria ver mais.
Carlos se movimentava com firmeza. Cristina reagia, gemia, o corpo rendido. Alex, imóvel, assistia. A ereção firme pressionando a calça. O desejo e o descontrole o vencendo aos poucos.
Quando Cristina gritou o nome de Carlos — não o dele — Alex soube: tinha cruzado um ponto sem volta.
Carlos a puxou pela cintura.
Ela foi.
Sem resistência.
Quase ansiosa.
A respiração dela já estava irregular. Carlos a virou de costas, segurando firme pelos quadris. A calcinha — preta, mínima — desapareceu em um gesto brusco, puxada até o meio das coxas. Cristina apoiou as mãos na parede, empinando sem vergonha. O sexo dela estava visivelmente molhado, escorrendo. Carlos passou os dedos devagar, lambuzando, testando, sentindo. Ela arqueou o corpo.
Alex, da poltrona, abriu a calça. O pau latejava. Observava cada detalhe: o rastro de brilho entre as pernas dela, os dedos dele mergulhando, os gemidos abafados. A cena era irreal. Intensa. Dolorosamente boa.
Carlos a penetrou de uma vez. Sem aviso.
Cristina gritou.
— Ah… porra… assim…
Alex se mordeu por dentro.
A sensação era uma mistura de humilhação e êxtase.
A mulher dele, completamente entregue a outro homem — e ele ali, apenas espectador, com o pau na mão, punhetando devagar.
Os gemidos aumentaram. Carlos socava com força, segurando os cabelos dela, batendo com a cintura contra a bunda. O som dos corpos se chocando ecoava na sala. Cristina enlouquecia.
— Mais, caralho… não para… me fode… me fode na frente dele...
Alex quase gozou ao ouvir. Parou a mão. Queria aguentar. Queria sofrer mais. Queria ver mais.
Carlos tirou, girou Cristina e a pôs de joelhos. Enfiou na boca dela. Ela engolia sem esforço, com os olhos fixos em Alex. Era uma provocação direta. Um recado. A boca cheia, os olhos cheios de gozo.
Alex ofegava. Não existia mais moral ali. Só tesão cru.
Carlos gozou primeiro. No rosto dela. Ela não desviou. Abriu a boca, sujou os lábios, lambeu os dedos.
Alex não aguentou mais.
Gozo quente, jorrando nas próprias mãos. Os olhos grudados nela.
Cristina riu, suja, nua, triunfante.
— Agora sim… ele sabe quem manda.
Continua...
Gozei ao me colocar no lugar do Alex