Saia longa, olhar baixo, voz suave. No grupo da comunidade, todos a chamavam de “irmã Estér”. Sempre solícita, recatada, com olhos que pareciam fugir dos homens.
Mas eu sabia. Desde o primeiro instante, soube.
Era o modo como ela mordia o lábio quando pensava. Como seus olhos me atravessavam por segundos, antes de recuar como se pedissem perdão por desejar. E aquela noite, sozinhos, no corredor da casa onde o grupo se reunia, ela não fugiu. Trancou a porta atrás de nós.
Silêncio.
— Você quer ouvir uma confissão? — ela disse, encostando-se à parede, a luz amarelada do corredor tremendo sobre sua pele morena.
Respondi:
— Quero, Estou ouvindo.
Ela ergueu o olhar. Não havia mais culpa. Havia fogo.
— Eu não sou tão santa quanto pareço. Respondi - isso eu já sabia, você deve uma putinha deliciosa.
Com um só movimento, desabotoou a parte de cima do vestido e o tecido caiu até a cintura. Nenhum sutiã. Os seios firmes, cheios, marcados por arrepios. Minha respiração travou.
— Eu sonho com isso. Com você. Com sua boca em mim. E me toco nas madrugadas, pedindo perdão em seguida.
Ela se aproximou, encostou o corpo no meu, pressionando cada curva quente contra mim.
— Hoje... não vou pedir perdão.
Me beijou com fome. Língua profunda, sem hesitação. Agarrou minha nuca, puxou meus cabelos, mordeu meus lábios. Estér não era tímida. Ela era um vulcão enjaulado por aparência.
Desceu as mãos pelo meu peito, abriu meu cinto com agilidade, empurrou minha calça e me apertou com força.
— É isso o que você pensa quando finge não me olhar? — sussurrou, ajoelhando-se.
E ali, no chão frio do corredor, ela revelou o quanto sabia provocar e dominar. Boca quente, língua atrevida, mãos precisas. Cada movimento era uma confissão de desejo há muito reprimido.
Depois, levantou, virou-se de costas e empinou para mim, apoiando as mãos na parede.
— Me toma. Sem medo. Sem piedade.
A saia subiu com um só gesto. Nada por baixo. Estava molhada, escorrendo. Passei os dedos devagar, e ela gemeu baixo, desesperada.
— Isso... me faz sentir viva, me faz tremer de tesão.
A penetração foi intensa, profunda, com força, que rabo. Ela rebolava, gemia, pedia mais. As unhas arranhavam a parede, o corpo tremia a cada investida. Os gemidos ecoavam abafados, abafados como anos de desejo guardado.
Ela se virou, sentou-se sobre mim no chão, montando com força, ditando o ritmo. Me olhava nos olhos, sorrindo de forma suja, deliciosa, molhada, insaciável.
Quando o clímax veio, ela gritou meu nome entre dentes, tremendo inteira, enquanto eu me derramava dentro dela.
Silêncio novamente.
Ela levantou, ajeitou o vestido, prendeu os cabelos como antes.
— Eu volto a ser santa na frente deles... mas aqui... — sussurrou com a boca colada à minha orelha — sou só tua putinha.
E saiu, como se nada tivesse acontecido.
Que vulcão de prazer ela é, votado com certeza