Enquanto ele se entregava à água fresca, ela ficou na areia, sentindo a brisa acariciar sua pele e despertar sensações guardadas. Ali, sem olhares, sem pressa, ela deslizou as mãos pelo corpo, explorando-se com delicadeza e desejo. O calor interno crescia a cada toque, como um fogo suave que se espalhava, fazendo seu coração bater acelerado.
Quando ele voltou, seus olhos encontraram a esposa entregue a um prazer silencioso, e um sorriso profundo abriu seu rosto. Ele foi até ela com passos lentos, cautelosos, para não quebrar o encantamento. Seus lábios se encontraram num beijo intenso, carregado de promessa.
Ela o olhou nos olhos, o convite claro no brilho do seu olhar. Porém, temendo a aproximação de algum visitante inesperado numa embarcação, ele sugeriu que seguissem para um recanto mais escondido da ilha. Ela, ainda nua, caminhou ao seu lado com naturalidade e graça, sua pele iluminada pelo sol se tornando irresistível diante dele.
A tensão era palpável, um misto de excitação e desejo contido que o bloqueou momentaneamente, até que seus dedos encontraram seu corpo e despertaram-no novamente. Enquanto ele se firmava, ela acariciava-se de novo, deixando o prazer fluir como um sussurro íntimo.
O trovão distante os alertou para a solidão daquele momento, e ela, preocupada, pediu para voltarem. Com um último pedido, entregou-se ao êxtase aos seus olhos, cada gemido cheio de desejo e cumplicidade. Ele a assistiu, fascinado, e sentiu seu próprio desejo transbordar.
Ainda que não tivessem o encontro completo que sonharam, aquele instante ficou gravado na pele, no ar, no tempo — um segredo sagrado de um amor que se reinventa e se descobre a cada toque.


