Sem muitas palavras, levantaram-se e foram, de mãos dadas, para o banheiro grande da suíte de Clarice. A água quente da ducha cascateou sobre os três, lavando o suor seco e a leve dor muscular. Foi ali, sob a água, que a cumplicidade se solidificou. Enquanto Clarice ajoelhava-se para fazer um oral lento e profundo em Beto, apoiando-se nas pernas de Waleska, a filha quebra o silêncio.
- "Obrigada” - sussurrou Waleska, passando as mãos pelos cabelos da mãe e pelas costas de Beto - "Foi a noite mais deliciosa da minha vida. Eu... Eu gostaria de poder repetir. Sempre”
Clarice parou o que estava fazendo e olhou para cima, a água escorrendo pelo seu rosto.
- "Então fique. Venha morar conosco, aqui no sítio. Há espaço de sobra”
Waleska hesitou.
- "E a Cynthia? Minha filha...”
- "Ela também” - disse Clarice, firmemente - "Ela é jovem, mas muito inteligente. E aqui ela pode aprender que a nudez não é necessariamente sexual. É sobre naturalidade, sobre não ter vergonha do próprio corpo. Mesmo assim, manteremos as portas dos quartos fechadas, e faremos nosso amor, quando ela estiver no colégio. Este é um ambiente seguro”
Waleska sorriu, aliviada e excitada com a perspectiva.
- "Está bem. Eu aceito”
O dia seguiu em um frenesi. Waleska foi para sua casa de manhã, arrumou algumas malas, pegou Cynthia, de oito anos, e explicou que iriam morar temporariamente com a vovó. Após o almoço, tratou de agilizar os trâmites para alugar sua própria casa. À tarde, já estavam todos instalados no sítio.
A energia na casa era eletrizante. Naquele mesmo dia, à tarde, a atração tornou-se incontrolável (realmente incontrolável). Retiraram a roupa no quarto de Clarice e se entregaram a uma sessão de amor lenta e profundamente táctil. Beto deitava-se de costas, e Clarice montava nele, rodeando-o, enquanto Waleska se posicionava sobre o rosto dele, oferecendo sua feminilidade. As mãos de Clarice e Waleska se entrelaçavam sobre o peito de Beto, enquanto elas se moviam em uníssono, beijando-se profundamente. Era um balé de corpos maduros e jovens, uma celebração de prazer que transcendia qualquer convenção.
Após um clímax simultâneo e intenso, um silêncio pesado e satisfeito caiu sobre o quarto. Beto desvencilhou-se suavemente do emaranhado de corpos suados e se levantou, ainda nu, para buscar água na cozinha. Ao abrir a porta do quarto, ele parou.
Lá fora, no corredor silencioso, estava Cynthia, a filha de Waleska. Ela não parecia assustada ou confusa. Seus olhos estavam arregalados, e um leve rubor corava suas faces. Ela ouvira tudo. E pelo brilho em seus olhos, o som que chegara até ela não fora de violência ou estranheza, mas de algo maravilhoso, algo que despertava em sua jovem mente uma curiosidade intensa e inocente.
O futuro naquele sítio, Beto percebeu naquele instante, seria repleto de descobertas para todos.
FIM
Amei tudooo..fotinhas excelentes..