“Há uma condição... O que isso significa? Minha mãe esta me testando? É alguma espécie de armadilha?”
Ela se vestiu mecanicamente para a faculdade, vestindo uma camiseta e jeans, sem realmente ver o que estava colocando. Sua mente estava ocupada decifrando o enigma. A permissão parecia tão surreal, tão inesperadamente liberal. A condição deve ser significativa, algo que mudaria fundamentalmente sua dinâmica.
No café da manhã, a atmosfera estava estranhamente normal. Clarice estava espalhando manteiga em uma torrada, tão casual quanto sempre.
- “Mãe, sobre o que conversamos ontem à noite...” - Waleska começou, sua voz trêmula.
Clarice a interrompeu suavemente, mas com firmeza.
- “Eu disse que conversaria com o Beto. Deixe isso comigo” - seu tom não admitia discussão.
Ela levantou-se levando a louça para a pia, tomou um ultimo gole de café e olhando pela janela, anunciou:
- “A Karina está aqui”
Como se fosse comandada, a buzina do carro de Karina soou do lado de fora. O momento havia passado; a realidade mundana da faculdade a chamava.
Waleska pegou sua mochila, uma sensação de frustração misturada com antecipação nervosa a consumindo. Ela estava sendo deixada no escuro, e a incerteza era um peso que ela carregaria consigo o dia todo.