A tarde caiu morna e dourada sobre a chácara. A conversa com Juliana havia sido surpreendentemente tranquila. Minha filha mais velha, sempre mais contida e observadora, simplesmente abraçou Aline e disse:
- “Eu te entendo maninha. Se é o que você quer, eu te apoio”
Havia um brilho de curiosidade em seus olhos também, uma semente que talvez um dia germinasse.
Decidimos que o lugar seria a varanda envidraçada que dava para o jardim, um espaço íntimo e ao mesmo tempo conectado com a natureza. Colchões e almofadas foram espalhados pelo chão, criando um ambiente acolhedor e sensual.
Quando chegou a hora, o ar estava carregado de uma eletricidade solene. Estávamos todas nuas, nossos corpos expostos sem vergonha, banhados pela luz âmbar do entardecer. Aline estava no centro, deitada de costas, sua juventude radiante e um pouco tensa. Lúcia estava ao seu lado, acariciando seu cabelo e sussurrando palavras de tranquilidade. Eu me sentei em uma poltrona próxima, meu coração batendo forte no peito, um misto de ansiedade e excitação intensa. Juliana optou por ficar um pouco mais distante, observando, absorvendo tudo.
Beto se aproximou com uma calma ritualística. Ele se ajoelhou entre as pernas de Aline, seu olhar encontrando o dela.
- “Tem certeza minha pequena?” - ele perguntou, pela última vez.
Ela respondeu com um aceno, seus olhos cheios de confiança.
O que se seguiu não foi um ato de pura lascívia, mas algo profundamente íntimo e comovente. Beto foi extremamente terno, seus movimentos lentos e cheios de cuidado. Ele a conhecia, sabia tocar seus pontos de prazer, e logo os gemidos suaves de Aline preencheram o espaço, misturando-se aos sons da floresta ao redor.
Meu próprio corpo reagiu com uma força avassaladora. Assistir o homem que amo fazer amor com minha filha, ver o prazer estampado em seu rosto jovem, era o afrodisíaco mais potente que já experimentei. Estava molhada, latejante, cada um dos meus sentidos aguçado ao extremo. Meus olhos encontraram os de Lúcia, e vi neles a mesma chama, a mesma devoção por aquele momento único.
Quando Beto finalmente chegou ao clímax, seu corpo estremeceu e um gemido profundo e gutural escapou de seus lábios. Ele se manteve dentro dela, deixando a semente fluir, cumprindo o desejo explícito de Aline.
Ele se afastou suavemente, e foi a vez de Lúcia. Ela se moveu com a graça de uma felina, seus olhos fixos no sexo de Aline, onde a prova do ato brilhava sob a luz fraca. Ela se abaixou e, com uma reverência que era da mesma forma erótica e maternal, começou a lamber, limpar e saborear, fazendo exatamente o que Aline tanto desejava.
O gemido que saiu da boca de minha filha foi de uma entrega total, de uma plenitude alcançada. Seu corpo arqueou e ela teve um orgasmo intenso, tremendo sob a língua habilidosa de Lúcia.
Naquele momento, não era mais uma mãe assistindo sua filha. Éramos duas mulheres, duas fêmeas, celebrando o poder do corpo, do prazer e da vida. A excitação que me consumia era tão profunda que precisei tocar-me, aliviando a tensão insuportável que se acumulava em meu ventre, me perdendo naquele êxtase coletivo.
Totalmente Epicura está história
Nossa, que escrita rica! E que conto difente... Tão bem redigido que parece que estou lendo os capítulos de um livro de romance +18, porém com aquele toque de "proibido" advindo do tom mais incestuoso da história, que foge ao tradicionalismo do que encontramos nas livrarias e adentra um terreno inusitado que enche de tesão. Amei!!