Otávio era o oposto em energia, mas igualmente atraente. Branco, cabelo liso castanho caindo de lado, olhos verdes que pareciam avaliar tudo ao redor com precisão cirúrgica. Corpo atlético, sem exageros: barriga reta, braços definidos e pernas de jogador, coxas e panturrilhas fortes.
Era sério, reservado, mas tinha uma sensualidade que escapava no jeito de passar a mão nos lábios enquanto pensava ou no modo como suava no fim da tarde.
Os dois dividiam um alojamento improvisado durante um projeto prático da faculdade. Duas camas, um banheiro, paredes finas e calor demais. Os primeiros dias foram normais: suor, ferramentas, pranchetas e olhares disfarçados. Mas havia algo no ar. Um desconforto que não era incômodo, era... curiosidade. Instinto. Alguma coisa que a razão não explicava.
Na terceira noite, o chuveiro do vestiário externo quebrou. Renato, que estava todo suado e sujo de óleo, entrou no quarto tirando a camisa. Otávio estava deitado, só de bermuda, revisando os relatórios. Levantou os olhos e parou. O corpo de Renato era grande, cheio, coberto de pelos que iam do peito até sumirem na cintura da bermuda. O volume era evidente. E o cheiro... era de homem cansado, de testosterona. Otávio engoliu seco. Não sabia o porquê, mas sentiu o pau reagir.
Renato notou. Soltou um sorriso torto, mas não comentou. Entrou no banheiro e deixou a porta encostada. A água caiu pesada. Otávio fingia continuar lendo, mas só conseguia imaginar aquele corpo molhado, os pelos ensaboados, o pau pendendo entre as coxas grossas. Ele mesmo já estava duro. E não era a primeira vez.
— Ô, acabou o sabonete aqui — gritou Renato do banheiro, com a voz abafada.
Otávio se levantou, meio hesitante, e entrou no banheiro com a toalha enrolada na cintura. Esticou o sabonete. Renato abriu a cortina só até o peito. A água escorria pelos pelos do corpo. O cheiro quente da pele molhada encheu o banheiro pequeno.
— Entra logo, porra. Tá calor pra caralho — disse, sem tirar os olhos.
Otávio hesitou. Mas entrou. Soltou a toalha. O pau semi-duro. Renato encarou. Por um segundo, ficaram se olhando, os corpos a centímetros, a água pingando entre eles. Os dois calados, mas respirando mais forte. O pau de Renato, grosso e pesado, começou a enrijecer. Otávio tentou não encarar, mas falhou.
Renato levantou a mão, encostou nos ombros de Otávio e o virou devagar. Passou as mãos ensaboadas pelas costas dele, pelos braços. Otávio fechou os olhos, arrepiado. Quando Renato desceu até a lombar, a rola dura dele roçou, quente, na bunda de Otávio. O tempo congelou.
— Relaxa, só tô lavando — murmurou, com voz baixa, mas firme.
Otávio mordeu o lábio. Não se afastou. Ficou. A água corria, e os paus estavam duros. Quando Renato deslizou a mão pela frente, até o abdômen de Otávio, o toque foi inevitável: os dois paus se encostaram. Pele com pele. Cabeça com cabeça. Um choque. Os dois gemeram baixo, quase no mesmo tom.
Nenhum deles se mexeu. Os paus se pressionavam, latejando. O de Renato mais grosso, mais quente. O de Otávio mais firme, trêmulo. A mão de Renato desceu. Pegou os dois juntos. Envolveu. Apertou. Otávio arfou, segurando na parede. O toque era sujo, direto, sem fingimento. Mãos másculas, calejadas, masturbando dois paus de uma vez só.
— Isso tá errado pra caralho — Otávio sussurrou, ofegante.
— Tá nada... olha como teu pau tá pedindo isso — respondeu Renato, enquanto fazia movimentos lentos com a mão, massageando as veias, roçando os corpos.
Otávio gemeu. Soltou a cabeça pra trás e deixou Renato conduzir. Estavam colados, as barrigas roçando, os paus babando juntos, os corpos quentes e molhados. A respiração virou gemido. Renato lambeu o pescoço de Otávio e disse no ouvido:
— Se tu gozar primeiro, amanhã cê me paga um almoço.
Otávio tentou resistir. Mas o corpo traiu. Gozo quente, forte, espirrando nos pelos de Renato, entre os próprios dedos. Tremia todo. Quando virou, ainda ofegante, viu o pau de Renato ainda duro, latejando.
— Agora limpa — Renato mandou, oferecendo o pau grosso pra ele. Otávio encarou. Engoliu seco. E se ajoelhou devagar, o gosto do próprio gozo ainda na pele.
Que clima erótico mais delirante... excelente!