No carro para todos verem



A noite caía sobre a cidade com uma umidade quente que grudava na pele, e o bar, iluminado por luzes âmbar e vermelhas, pulsava com o ritmo da música eletrônica que vibrava pelas paredes. Entre os corpos que se moviam no salão, eu me destacava como uma chama em meio à escuridão. O vestido preto, justo demais para ser inocente, abraçava cada curva do meu corpo como uma segunda pele, o tecido brilhante refletindo a luz a cada movimento. Os cabelos ruivos, soltos em ondas sedosas, caíam sobre os ombros nus, emoldurando o decote que já deixava pouco à imaginação. Mas sabia que pouco não era suficiente.
Meus olhos azuis, claros como gelo derretendo sob o sol, varriam o ambiente com um sorriso lento, calculado. Os homens não conseguiram evitar—olhares se pregavam em mim como agulhas, alguns discretos, outros descarados, todos famintos. Eu sentia o peso daqueles olhares como carícias invisíveis, percorrendo minha cintura estreita, meus seios empinados pressionados contra o tecido, as coxas que se roçavam a cada passo. Eles querem me comer, pensei, e a ideia me deixou úmida entre as pernas. Não era vaidade. Era poder.
Ao meu lado, meu namorado observava tudo com um sorriso preguiçoso, os dedos brincando com o copo de uísque enquanto eu me exibia. Ele conhecia aquele meu olhar, aquele brilho perigoso nos meus olhos que diziam que a noite não terminaria no bar. Não terminaria com ele. Não dessa vez. E isso não o incomodava—pelo contrário, a cumplicidade entre nós era quase palpável, um jogo que ambos sabíamos jogar bem. Eu deixei o decote do vestido escorregar ainda mais, revelando nas costas a rendinha preta da calcinha e na frente o início dos seios redondos, ele não disse nada. Apenas tomou um gole do drinque, os olhos brilhando de diversão enquanto os homens ao redor engoliam em seco.
Um deles, mais ousado, deixou o olhar demorar demais, os lábios entreabertos como se já pudesse provar a minha pele. Virei o corpo levemente na direção dele, como se por acidente, mas o movimento foi intencional—o vestido subiu um pouco mais na coxa, revelando um vislumbre da pele macia acima do joelho. O homem mordeu o lábio, as mãos se fechando em punhos sobre a mesa. Tão fácil, pensei, sentindo o calor entre minhas pernas aumentar. Tão previsível.
— Você está brincando com fogo — murmurou meu namorado, a voz baixa, só para eu ouvir, enquanto passava um dedo pela borda do copo, molhado de condensação.
Sorri, os dentes afiados brilhando sob a luz fraca.
— Eu gosto de me queimar todinha.
O terceiro drinque desceu suave, queimando pela garganta, e eu soube que era hora. Não queria ir para casa. Não queria uma cama, os lençóis limpos, o sexo previsível. Queria suor, queria mãos estranhas, queria o perigo de ser pega, o tesão de ser vista.Quando meus olhos encontraram os dele—o desconhecido no canto do bar—, não houve dúvida. Ele era alto, os ombros largos esticando a camisa branca que usava com as mangas arregaçadas, revelando antebraços cobertos por uma penugem escura. O olhar dele era escuro, quase negro, e quando me encarou, não desviou. Não sorriu. Apenas sustentou o contato, como se dissesse: Eu sei o que você quer. E eu vou te dar.
Me levantei, as pernas levemente trêmulas—não de nervosismo, mas de antecipação. O vestido colou-se às coxas enquanto caminhava na direção do banheiro, mas em vez de entrar, passei por ele, sentindo os olhares queimando minhas costas. O desconhecido me seguiu alguns segundos depois, como se por acaso, como se não tivessemos combinado nada. Mas quando saí pela porta dos fundos, o ar quente da noite batendo em meu rosto, ele estava lá, encostado na parede do fundo do bar, as mãos nos bolsos, esperando.
— Você gosta de ser observada — ele disse, não como pergunta, mas como fato. A voz era grave, áspera, como areia sob os dedos.
Me aproximei, os saltos batendo no chão de concreto, até que nossos corpos quase se tocaram. Podia sentir o calor dele, o cheiro de colônia cara misturado a algo mais primitivo, mais masculino.
— E você gosta de observar — respondí, passando a língua pelos lábios pintados de vermelho escuro. — Mas acho que também gosta de participar.—
Ele não respondeu com palavras. Apenas pegou minha mão, os dedos grossos envolvendo os meus com uma posse que me fez arfar, e me levou até o estacionamento ao lado do parque. O carro dele era preto, discreto, as janelas escuras o suficiente para esconder o que aconteceria dentro. Mas não completamente. Nunca completamente.
Assim que a porta se fechou atrás, o espaço pequeno ficou carregado, o ar espesso com o cheiro de couro quente e desejo. Ele não perdeu tempo. Uma mão se fechou em meu cabelo, puxando minha cabeça para trás enquanto a outra descia pelo meu corpo, apertando um seio com força suficiente para me fazer gemer. Nossos lábios se encontraram em um beijo que não era suave—era dentes, língua, saliva, um choque de fome que me deixou tonta. Eu retribuí com a mesma intensidade, as unhas cravando em seus ombros enquanto ele me empurrava contra o banco, o corpo dele pressionando o meu, fazendo o vestido subir ainda mais.
— Você é uma linda safada — ele rosnou contra minha boca, a mão agora deslizando pela minha coxa, os dedos roçando a pele macia acima da meia-calça. — Uma puta exibicionista.—
— E você vai me foder como uma ? — respondí, ofegante, enquanto minhas mãos trabalhavam nos botões da camisa dele, arrancando o tecido para expor o peito largo, coberto por uma leve camada de pelos escuros. Seu coração batia tão forte que eu tinha certeza de que ele podia sentir através da pele.
Foi então que ouví. Um som abafado, vindo de fora do carro. Um gemido baixo, quase imperceptível, seguido pelo ritmo inconfundível de uma mão se movendo rápido sobre tecido. Congelei por um segundo, meus olhos se arregalando, antes de um sorriso lento se espalhar por meu rosto.
— Eles nos seguiram — sussurrei, a voz trêmula de excitação.
Ele não parou. Apenas sorriu, os dentes brancos brilhando na penumbra, enquanto a mão dele finalmente alcançava o que queria—o tecido molhado da minha calcinha. Os dedos dele pressionaram contra o algodão, e eu arquiei as costas, um gemido escapando de meus lábios.
— Isso te excita, não é? — ele murmurou, enquanto arrastava a calcinha para o lado, expondo-me completamente. O ar frio da noite bateu em minha pele quente, mas não era nada comparado ao calor da boca dele quando seus lábios se fecharam sobre mim, a língua longa e hábil explorando cada dobra, cada centímetro inchado de desejo.
Segurei sua cabeça, os dedos enfiados em seu cabelo, enquanto ele me devorava como se fosse sua última refeição. Os sons de fora ficaram mais altos—respirações pesadas, o som úmido de carne sendo manipulada, gemidos abafados. Eles estão se masturbando, pensei, nos observando. A ideia me deixou ainda mais molhada, o corpo tremendo enquanto ele introduzia dois dedos dentro de mim, curvando-os para atingir aquele ponto que me fazia ver estrelas.
— Porra, eu vou gozar — arfei, as palavras saindo entrecortadas enquanto ele aumentava o ritmo, os dedos batendo contra minha carne com um som molhado, obsceno.
— Não ainda — ele ordenou, afastando a boca, deixando-me vazia, necessitada. — Você vai gozar com o meu pau dentro de você. Enquanto eles assistem.
Não tive nem tempo de responder. Ele me virou com força, empurrando-me contra o banco, o vestido agora amassado na cintura, expondo minhas nádegas arredondadas. Eu sentí o ar frio novamente, mas dessa vez foi substituído pelo calor do corpo dele pressionando contra o meu, o pau duro como pedra esmagando entre minhas nádegas.
— Você quer isso, não quer? — ele sussurrou em meu ouvido, enquanto uma mão deslizava pela minha barriga, descendo até encontrar meu clitóris inchado novamente.
— Quer que eu te coma na frente deles.
—Quer que eles vejam como você é uma vadia?
— Sim — eu gemí, empurrando o quadril para trás, sentindo a cabeça grossa do pau dele deslizando entre minhas dobras molhadas.
— Por favor, me fode.
Ele não precisou ser convidado duas vezes. Com um empurrão brusco, ele me penetrou completamente, o pau grosso esticando-me de uma forma que me fez gritar, as unhas cravando no couro do banco. Do lado de fora, os sons de prazer dos voyeurs aumentaram—gemidos mais altos, respirações ofegantes, o ritmo das mãos se movendo mais rápido. Eu podia quase sentir os olhares deles, como dedos invisíveis percorrendo meu corpo, e isso me deixou ainda mais louca.
— Isso, me fode!—
arfei, enquanto ele começava a me mover com força, cada estocada fazendo o carro balançar levemente, as molas do banco rangendo em protesto.
— Me fode assim, seu filho da puta.
—Deixa eles te verem me destruindo.
Ele obedeceu, as estocadas ficando mais duras, mais profundas, o som de pele batendo contra pele ecoando no espaço pequeno do carro. Eu podia sentir cada veia, cada centímetro dele dentro de mim, e quando uma de suas mãos deslizou para frente, encontrando meu clitóris novamente, soube que não aguentaria mais.
— Vou gozar —
avisei, a voz quebrada, enquanto as paredes internas da minha vulva começavam a se contrair ao redor do pau dele.
— Vou gozar na sua porra.
— Então goza —
ele rosnou, os dentes afundando em seu ombro enquanto ele me penetrava com tudo, sem piedade.
— Gozar pra esses safados.
— Deixa eles verem como você é uma puta.
E eu gozei. Um orgasmo tão intenso que me deixou sem ar, o corpo tremendo incontrolavelmente enquanto as ondas de prazer me varriam, molhando ainda mais o pau dele, que continuou a me mover sem parar, prolongando cada segundo daquilo. Do lado de fora, um dos homens gritou baixo, o som de um orgasmo masculino se misturando aos gemidos meus, e isso me fez gozar novamente, dessa vez com lágrimas escorrendo pelos cantos dos meus olhos.
Quando ele finalmente gozou dentro de mim, jorrando esperma quente e grosso, eu sentí cada pulsação, cada espasmo, como se fosse parte de mim. Nós ficamos assim por um momento, ofegantes, suados, o cheiro de sexo enchendo o carro. Então, lentamente, ele se afastou, e eu me virei, ajustando o vestido com mãos trêmulas, ainda sentindo o latejar entre as pernas.
Ao sair do carro, não resistí. Virei o rosto na direção dos homens que ainda estavam lá, as calças abertas, os paus duros nas mãos, os olhos vidrados de tesão. Um deles ainda se masturbava devagar, como se não quisesse que aquilo acabasse. Sorrí, lenta, deliberada, passando a língua pelos lábios antes de murmurar, só para eles:
— Gostaram do show, meninos?
E então, com um risinho, me virei e caminhei de volta para o bar, sabendo que eles continuariam se tocando, imaginando-me, muito depois de eu ter desaparecido na noite. De volta ao bar, o namorado me espera com um olhar que mistura diversão e desejo, sugerindo para repetir a experiência, mas desta vez com ele participando ativamente, talvez até convidando um dos homens que os observaram para se juntar a nós. Mas isso já é um outro conto.
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Comentários


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sativo Comentou em 21/11/2025

Maravilha! Conto delicioso.

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dxm1 Comentou em 21/11/2025

Maravilhosa!

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caligula- Comentou em 21/11/2025

Que delícia!




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Ficha do conto

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pietra18

Nome do conto:
No carro para todos verem

Codigo do conto:
247617

Categoria:
Exibicionismo

Data da Publicação:
21/11/2025

Quant.de Votos:
10

Quant.de Fotos:
3