O meu telemóvel vibrou. Era o meu marido. “tudo bem, amor? saudades.”
Respondi: “tudo ótimo. cansada. saudades também. beijo.”
Mentira. Eu não estava com saudades. Estava com um tédio mortal. Estava com tesão. Uma comichão que o meu casamento certinho e previsível já não coçava.
Ele estava sentado no outro extremo do balcão. Não era um executivo. Usava uma t-shirt justa, jeans gastos e botas de trabalho. Tinha braços grossos, cobertos por uma tatuagem que subia pelo pescoço. Ele bebia cerveja direto da garrafa e não falava com ninguém. Apenas observava. E ele estava a observar-me.
Depois do meu segundo whisky, ele levantou-se e veio sentar-se ao meu lado. Cheirava a cerveja e a problema.
- Sozinha na cidade grande?
- A trabalho.
Ele olhou para a minha aliança a brilhar sob a luz fraca do bar.
- E o maridão ficou em casa a cuidar do cão?
- Algo do género.
Ele riu-se, um som baixo e rouco.
Você tem cara de quem está a precisar de uma folga do “algo do género”. Tem cara de quem precisa de ser fodida como se não houvesse amanhã.
O meu coração disparou. A minha buceta contraiu-se com força. A frontalidade dele era um soco no estômago e um afrodisíaco.
- Você é sempre assim tão direto?
- Só quando vejo uma boa esposa com olhos de puta. E os teus olhos estão a gritar para eu te levar para o quarto e te arrombar até você esquecer que é casada.
Ele não esperou pela minha resposta. Levantou-se, deixou dinheiro na mesa e disse:
- Quarto 714. Dou-te dez minutos para decidires se queres continuar a ser uma boa esposa ou se queres vir ser a minha puta por uma noite.
Ele foi-se embora. Fiquei ali, a tremer. Olhei para o meu telefone. Nenhuma mensagem nova do meu marido. Bebi o resto do meu whisky de um só gole. Cinco minutos depois, eu estava a bater à porta do 714.
Ele abriu a porta já sem camisa. O peito dele era uma parede de músculo e tatuagens. Agarrou-me pelo cabelo e puxou-me para dentro.
- Puta inteligente. Sabia que você vinha.
Ele beijou-me com uma fome selvagem, a sua língua a invadir a minha boca. As suas mãos não foram gentis. Uma apertou o meu rabo com força, a outra subiu pelo meu vestido e enfiou-se na minha calcinha já encharcada.
- Caralho… você está a pingar. A pensar no meu pau enquanto mandava mensagem para o otário do teu marido?
Ele rasgou as minhas calcinhas e enfiou dois dedos dentro de mim, a foder-me ali mesmo, de pé.
- Gema para mim, sua puta casada. Quero ouvir o som da traição.
Ele atirou-me para a cama e arrancou o meu vestido. Subiu para cima de mim, o seu peso a esmagar-me.
- Pensa nele agora. Pensa no teu marido a dormir sozinho enquanto eu abro as tuas pernas e te encho com o meu pau.
Ele entrou em mim com uma estocada forte e profunda. Gritei. Era grosso, quente, e preencheu um vazio que eu nem sabia que tinha.
- Gosta disto, vadia? Gosta de ter um pau de verdade dentro de si? Um pau que te fode como o teu marido banana não tem coragem?
Ele fodeu-me com um ritmo primal, selvagem. Deu-me tapas na cara, puxou o meu cabelo, sussurrou as piores porcarias ao meu ouvido. E eu amei cada segundo. A cada estocada, eu sentia a culpa e o prazer a misturarem-se numa onda avassaladora.
- Grita o meu nome! Quero que o teu marido te ouça a gemer por outro homem!
O meu orgasmo foi um terramoto. O meu corpo arqueou-se e eu gozei com tanta força que vi estrelas. Ele continuou a martelar-me, aproveitando as minhas convulsões, antes de explodir dentro de mim, a sua leitada a queimar-me por dentro.
Ele saiu de mim, ofegante. Não disse nada. Foi para a casa de banho. Quando voltou, já estava a vestir as calças.
- Foi bom. Agora vaza.
Vesti-me em silêncio, o meu corpo dorido, o cheiro dele em mim. Fui para a porta.
- Ei.
Virei-me.
- Não se esqueça de apagar as mensagens.
Voltei para o meu quarto. O meu telefone piscou. Outra mensagem do meu marido. “dorme bem, amor. te amo.”
Olhei para o meu reflexo na tela escuro do telefone. O meu cabelo estava um caos, a minha boca inchada. Sorri. Apaguei a mensagem dele sem a ler e deitei-me. Tinha sido uma péssima esposa. E a melhor puta casada do mundo. E ia dormir como um bebé.
Mais um delicioso conto. Te tornaste uma putinha mas mataste a vontade de foder. Beijos nessa boceta maravilhosa!
Bora viajar comigo minha casela