Admito, muitas vezes tenho preguiça. A praticidade de uma foda rápida sempre facilitou. Por outro lado, nos últimos tempos não estava dando sorte. Ou eram pessoas sem noção, ou pessoas que tentavam simular um filme pornô na hora do sexo. Ninguém transa como se fosse um filme pornô.
Os papos pareciam os mesmos, mas uma mensagem foi diferente. Começou como uma zoeira, muito específica de uma tatuagem que eu tinha. A tirada me tirou uma gargalhada. As mensagens foram indo e voltando. O papo fluiu. Deixamos claro nossos desejos, expectativas, e foi uma troca tranquila.
Quando eu dei por mim, estava com o Kauê na minha frente. Ele trouxe um vinho, o papo era descompromissado, sem pressa, assim como nas mensagens.
Devagar, assim como o vinho que partilhávamos, foi o nosso beijo.
Calmo, sem pressa, com jeito e desejo.
Kauê usava uma jock branca, com detalhes azuis e vermelhos no elástico. Contei a ele dos meus fetiches, e ele me atendeu.
Em minha cama, seu corpo se enrolou no meu, era como um. Minhas mãos acariciavam seu cabelo cacheado e volumoso. Seus pelos acompanhavam um corpo de homem, minha mão brincava com cada centímetro do seu corpo. Eu o puxava e ele vinha, quando o coloquei na beira da cama, de quatro, com um toque nas costas vi seu corpo arquear, pedindo para o penetrar.
Assim como jogamos com as palavras, nosso corpo se desenrolava, parecíamos opostos de um ímã que resistia e se forçar a estar grudado, quando tentava se afastar.
O colocando de costas na cama, via o seu desejo pulsar, balançando em sintonia, estocada após estocada. Seu rosto agora estava levemente avermelhado, sua expressão brincalhona, agora estava ausente, só existia prazer.
Sua mão me puxava para mais perto, ditava quando queria mais força, brincando com as entradas em minha virilha.
Seu cabelo, agora colava em sua testa, seu tórax também estava úmido. Encharcados, de suor e prazer. Seu tesão estava tão grande, que precisei cobrir a sua boca, com medo de acordar algum vizinho. Não se acanhou, pelo contrário, sentiu que agora poderia gemer ainda mais alto.
Sua barriga foi lavada pelo desejo que agora estava em erupção do seu pau, as pernas agora pra cima, faziam um movimento com o quadril como quem também esperava que eu chegasse no mesmo ápice. De joelhos, deixei claro a quantidade do meu prazer, espalhado agora por seu rosto, ombro e tórax.
Suave, gentil, tranquilo. Assim como sua chegada e permanência, também foi a sua saída.