transformado em uma convivência prática. Ele era um bom provedor, um homem de
rotina, mas na intimidade... ele era um frouxo.
Havia anos que Eliezer não me procurava mais, não com a paixão, não com a
curiosidade, não com a presença que eu ansiava. Nossas noites eram silêncio e as
nas madrugadas, as vezes ouvia a vizinha gemendo, de prazer em sua casa, colada
a minha Eu me sentia invisível, uma peça decorativa na casa que ele pagava.
Certo dia
entrei no Facebook, uma foto antiga da faculdade. Um comentário. Era Osvaldo. Osvaldo,
o garoto brincalhão de cabelos cacheados que me fazia rir nas aulas de História,
estava diferente, mais maduro, mas era ele sim. Uma conversa casual se iniciou,
rápida e eletrificada. Ele era caloroso, atencioso, cheio de perguntas sobre
mim.
Não
demorou para que eu me sentisse atraída e a atração se transformasse em
encontros secretos, almoços roubados, beijos apressados. E então, veio a
audácia, de nos encontrarmos no silêncio daquela casa que Eliezer havia tornado
tão fria.
Eu estava
apaixonada, e isso era fato! O que eu não sabia, era que esqueceria o facebook
aberto, e quando entrei no banho, Eliezer chegou do trabalho e foi até o notebook
ligado e viu as conversas
Quando
Eliezer finalmente me confrontou, a negação inicial foi substituída pela fúria
justa, a fúria da mulher que foi ignorada. Sim, eu joguei a culpa nele.
— Sim! É
o Osvaldo! E quer saber por quê, Eliezer? A culpa é sua! Você é um
marido ausente, um gelo na cama! Eu estava carente e fui buscar o que você me
negou! Você me forçou a isso!
Eu o
encarei com a convicção de quem não tinha mais nada a perder.
— E
entenda uma coisa, Eliezer: Osvaldo é meu parceiro, e ele vai entrar e sair por
onde eu quiser. Pela porta da frente. Você perdeu o direito de ditar as
regras no momento em que me ignorou pela última vez.
A partir
daquele momento, Osvaldo passaria a ser a visita oficial, a prova viva de que a
minha vida havia continuado, e que a frieza de Eliezer havia, finalmente, me
libertado.
Aporta de
entrada selou a nova ordem da casa. Rosa estava no controle, investida de uma
autoridade cruel, e eliezer era o objeto passivo de sua vingança. A
convivência, que já era tensa, tornou-se uma rotina de humilhações.
Osvaldo
não hesitou em acatar a ordem de Rosa. Ele passou a usar a porta da frente. A
cada barulho da chave na fechadura, o estômago de Eliezer se revirava, ele
continuava imóvel no quarto de hóspedes.
Em uma
noite de sexta-feira, o teste de Rosa atingiu o ponto mais baixo.
Eliezer
estava na cozinha, preparando um café, quando Rosa surgiu com um sorriso largo,
mas com os olhos frios.
— Amor...
— Ela usou o termo com um sarcasmo evidente. — Você poderia fazer um favor?
Osvaldo e eu estamos no quarto e com fome. Ele adora patê de alho e umas
caipirinhas. Você se importa?
Eu senti um
abuso da parte dela. Eu era o marido abandonado, sendo transformado em garçom
do amante. Eu poderia ter recusado, gritado, quebrado a louça, mas optei pelo silêncio.
Fiz as caipirinhas e o tira-gosto. O aroma do patê encheu a casa, um cheiro
familiar de cuidado e carinho, agora subvertido para servir o intruso. Coloquei
tudo em uma bandeja.
Fui em
direção ao quarto, o peso da bandeja sendo menor do que o peso da situação.
Cheguei à porta do quarto, agora palco da nova paixão. A porta estava
entreaberta.
Eu
levantei a mão para bater, mas hesitei, e foi o meu erro. Empurrei a porta, e acabei
interrompendo uma sessão de extases, e desta vez, não havia fugas.
Rosa e
Osvaldo estavam nus, entre os meus lençóis, no ápice de sua intimidade. Eles
não estavam apenas deitados; estavam visivelmente absorvidos um no outro.
Rosa de quatro, com a rola de Osvaldo toda dentro dela.
A bandeja
tremeu em minhas mãos. O silêncio da minha presença durou apenas um segundo,
até Rosa me notar. O terror em seus olhos rapidamente se transformou em indignação
simulada.
— Eliezer!
— Ela gritou, apenas levantando a cabeça e ainda com Osvaldo encaixado nela. — O
que você pensa que está fazendo?! Seu... seu Idiota!
Osvaldo
se encolheu, mas Rosa estava à frente, sua raiva direcionada totalmente a mim.
—Você
não sabe bater?! É por isso que você é corno?
As
caipirinhas em minha bandeja tremiam. Eu não conseguia falar.
— Eu...
eu só estava trazendo... — Minha voz falhou.
— Não me
interessa o que você estava trazendo! — Ela interrompeu, — Bate na porta! Você
precisa respeitar minha privacidade! Saia daqui agora!
Deixei a
bandeja na mesinha ao lado da porta e me retirei.
Voltei
para o quarto de hóspedes. Meu corpo tremia de humilhação.
Eu estava sentado na beirada da cama do quarto de hóspedes, com a testa
apoiada nas mãos, processando a última humilhação. Meu corpo ainda carregava o
peso da cena. De repente, a porta se abriu com um estrondo.
Era Rosa. Ela estava pelada, cobrindo, apenas uma camisa de seda
desabotoada, deixando parte dos seios à mostra, com o cabelo desalinhado. A
expressão dela era de uma crueldade calculista.
— Volta. — Ela ordenou, a voz baixa e tensa, mas inquestionável. — Agora.
Eu levantei a cabeça.
— O quê?
— Volta para o quarto. Agora., não vou repetir!
Eu me levantei lentamente. A curiosidade, misturada à certeza de que ela
levaria a humilhação ao limite, me arrastou. Eu a segui, meu coração batendo um
ritmo lento e pesado.
Quando entramos no quarto, Osvaldo estava sentado na beirada da cama,
terminando de beber uma das caipirinhas que eu havia preparado. Ele olhou para
mim com um misto de satisfação covarde, como um cão que desfruta da comida
roubada sob o olhar do dono, e sorriu.
Rosa parou no meio do quarto e se virou para mim.
— Sente-se. — Ela apontou para a poltrona no canto, perto da janela.
Eu me sentei. Eu não era mais um homem; era uma plateia forçada.
Rosa então se aproximou de Osvaldo, sorriu para ele, um sorriso íntimo e
cúmplice que eu nunca vira dirigido a mim. E ali, na minha frente, ela começou
a beijá-lo com uma paixão feroz e deliberada. Não era um beijo de carinho, mas
uma performance.
Osvaldo olhava pra mim enquanto saboreava os peitos de Rosa.
A cena se desenrolou em um silêncio opressor, quebrado apenas pela
respiração pesada deles e o tilintar do gelo no copo. Osvaldo, encorajado pelo
olhar de Rosa, começou a me encarar por cima do ombro dela, exibindo-se,
enquanto a fodia com vigor.
Eu fechei os olhos por um segundo. Abri-os novamente. Eu tentava focar em
outras coisas.
O silêncio do meu autocontrole quebrou a provocação dela. Rosa, frustrada
pela minha falta de reação emocional, parou o beijo e se virou para mim,
respirando fundo.
— Está vendo, Eliezer? É isso que você negou a mim. É isso que a paixão real
parece. Você está autorizado a estar aqui, para aprender como se trata uma
mulher, e como é ser um homem de verdade.
.
Eu estava sentado na poltrona, forçado a testemunhar aquela “traição”. No
calor da humilhação, algo inesperado e terrível começou a acontecer.
Quando Rosa se virou para mim, nua e desafiadora, e começou a beijar Osvaldo
com aquela paixão exibicionista, meu primeiro impulso foi fechar os olhos. Mas
Rosa havia me autorizado a estar ali, e subitamente, a dor deu lugar a
uma distorção perigosa da realidade.
Eu não estava assistindo a uma traição; de certa forma eu havia liberado
Rosa, a manifestação física do desejo que eu havia reprimido por tanto tempo
com minha passividade e frieza. Senti um arrepio. Não de nojo, mas de um prazer
clandestino.
Olhei para ela. Rosa estava tão absorta em sua performance de poder que não
percebeu a mudança no meu olhar. Ela pensava que estava me esmagando, mas
estava, na verdade, me libertando para um tipo de observação que eu jamais
teria permitido em tempos normais.
Fechei os olhos novamente, mas desta vez, não era para evitar a cena, era
para senti-la. Eu era o marido que falhou, o "bloco de gelo" que
a empurrou para outro homem. E agora, forçado a testemunhar a intensidade que
ela alcançava com outro, eu reconhecia a minha passividade, a minha falha em
ser o homem que ela precisava.
Quando ela parou o beijo e se dirigiu a mim, o tom era de lição e escárnio:
Meu corpo relaxou na poltrona. Eu não tinha mais que lutar, comecei e alisar
meu pau e já crescido comecei e bater uma punheta, eu estava muito excitado
vendo a minha mulher sentada sobre um homem e gemendo feito uma vadia.
A surpresa no rosto de Rosa foi imediata e genuína ao me ver. Osvaldo, até
então sorridente, Osvaldo pegou um frasco de lubrificante, e eu sabia para que!
Rosa olhou pra Osvaldo e pediu: ” por favor Osvaldo devagar, põe só a cabecinha.
”
Osvaldo olhou para mim, sorriu e disse: Pode deixar Rosinha! E socou tudo de
uma só vez naquele rabo preto e grande. Rosa reclamou, ele parou por um instante
com a rola ainda dentro, e depois de alguns segundos socou de novo, e agora Rosa
pedia mais, me fode amor, me fode vai, Osvaldo gozou finalmente gemendo forte,
enquanto Rosa caia desfalecida na cama.
Me levantei para sair, e fui interrompido por Rosa, com a voz tremula: Onde você
pensa que vai corninho? Fiquei espantado,
e ela completou: Vem aqui limpar essa bagunça que Osvaldo fez. Fui em direção a
cama e comecei a arruar as coisas que estavam pelo chão, Rosa com voz ríspida me
diz, limpar aí não corno, é para limpar aqui ó, apontando pra sua buceta
melada!
ME abaixei e apenas obedeci, levei uns dez minutos para limpar tudo. Quando
terminei Rosa disse que iria levar o Osvaldo até a porta e que depois tomaria um
banho. Quando eu voltar quero o quarto organizado, estou cansada e preciso descansar!
Terminei antes que ela retornasse, e fui para o meu lugar, o quarto de hospedes.




Perfeito, assim corno tem a nessessidade de ser tratado.