Ao entrarem no bangalô privativo, ela soltou um suspiro audível. Uma cama king size com dossel branco, uma banheira de hidromassagem voltada para o mar, e uma varanda onde redes balançavam suavemente. Ela olhou para Rafael com olhos sorridentes:
— Isso aqui é um paraíso.
— Só o começo, meu amor — ele respondeu, misterioso.
Nos dias que se seguiram, Rafael alternava entre mimos e provocações. Pela manhã, ela acordava com morangos frescos e café artesanal ao lado da cama. À tarde, ele sugeria mergulhos nus no mar ou massagens com óleos perfumados. À noite, deixava bilhetes no travesseiro: “Você está pronta para ir além?”
Amanda começava a arder por dentro. Seu corpo respondia aos estímulos antes mesmo de ele tocá-la. Mas o presente ainda não vinha. E a tensão crescia.
Em uma das tardes, ela adormeceu na rede sob o sol filtrado pelas folhas. Sonhou com Rafael, mas também com mãos desconhecidas. Estava vendada, nua sobre lençóis macios. Sentia-se acariciada, beijada, lambida... mas não sabia por quem. Quando seus dedos tocaram um membro rígido, soube que não era Rafael. No sonho, ao invés de se assustar, ela sorria.
Na manhã seguinte, contou por cima o sonho para ele, entre goles de suco de laranja. Rafael apenas escutava, com um brilho intenso nos olhos.
— Estranho, não? — disse ela, provocante.
— Ou revelador.
Na noite seguinte, sonhou de novo. Desta vez, estavam em um club secreto. As luzes vermelhas criavam sombras sensuais nas paredes. Casais se observavam, se tocavam. Rafael a guiava até o centro da pista e a oferecia em dança a outro homem. Amanda sentia olhos sobre seu corpo, mãos se aproximando, um calor crescente que a fazia se molhar mesmo dormindo.
Ao acordar, levou os dedos entre as pernas e se tocou lentamente, ainda sentindo o corpo quente do sonho.
O desejo crescia. E a espera também.
Continua...