Rafael a tomou pela mão. A palma dela estava úmida, quente.
— Está pronta? — ele perguntou com voz baixa, quase um sussurro.
Amanda assentiu. Rafael a guiou por entre as trilhas iluminadas do resort até um bangalô isolado, afastado do quarto em que estavam hospedados. À medida que se aproximavam, Amanda ouvia o mar e seu próprio coração. A porta se abriu com um leve rangido. O interior estava quase todo à meia-luz. Velas, lençóis brancos, música suave preenchendo o espaço.
— Aqui... começa o seu presente — ele disse, e a conduziu ao centro do quarto.
Amanda riu, nervosa.
— Rafael... o que você preparou?
— Apenas confie. — Ele a beijou com delicadeza e pegou uma venda de cetim vermelho. — Permita-se não ver. Apenas... sentir.
Ela hesitou um instante, mas então fechou os olhos e deixou que ele colocasse a venda. Sentiu os nós sendo amarrados atrás da cabeça. A escuridão aumentou sua sensibilidade. O som dos passos dele no chão de madeira, o cheiro do incenso, a textura dos lençóis sob suas pernas... tudo parecia mais intenso.
Rafael começou a beijá-la no pescoço, lentamente, explorando cada centímetro de pele exposta com lábios e mãos. Ela suspirava, se entregando ao ritmo que ele impunha. Seus dedos percorreram suas coxas, a barriga, os seios. Ela gemeu, e Rafael se afastou por um instante.
O que Amanda não percebeu foi que, naquele exato momento, outro homem entrou no quarto — silencioso, treinado, escolhido. Rafael o havia instruído, planejado cada detalhe com cuidado. Enquanto Amanda, vendada, respirava fundo, o desconhecido se posicionou onde Rafael estivera.
E então continuou os toques.
As mãos eram firmes, seguras. Os beijos mais intensos. Amanda percebeu a mudança, mas algo nela recusava se desconectar. Seu corpo pulsava, seus mamilos estavam rígidos, o sexo úmido. Quando a boca desceu entre suas pernas e a língua deslizou devagar sobre seu clitóris, ela arqueou o corpo e gemeu alto.
Foi quando suas mãos, errantes, encontraram algo inesperado: um membro. Erguido, espesso, quente.
Ela congelou.
— Rafael...? — murmurou, confusa.
A resposta veio rápida, suave, mas firme.
— Sou eu. Estou aqui. Curta o presente. Está tudo bem.
Amanda ficou imóvel por um segundo. O coração acelerado, a mente tentando processar. Mas o corpo... o corpo não mentia. Estava em brasa.
A tensão se rompeu. Ela soltou um suspiro longo e, aos poucos, recomeçou a se mover. Guiou as mãos pelo corpo daquele homem. Deixou-se beijar, acariciar, penetrar. Gozou com intensidade e sem culpa, num misto de prazer e vertigem.
Em determinado momento, Rafael se aproximou, tocando seu ombro, depois seu seio, e Amanda gemeu ainda mais alto. Sabia, sem ver, que estava entre dois homens. Um a surpreendera. O outro a amava.
Depois do ápice, o homem misterioso se levantou, silencioso, e saiu do quarto.
Rafael tirou a venda lentamente. Amanda piscou, tentando ajustar os olhos à luz suave das velas. Olhou para ele, ainda ofegante.
— Você...
— Gostou do presente? — ele perguntou com um sorriso sereno.
Amanda não respondeu. Apenas o puxou para si, com um beijo demorado e intenso. Seu corpo ainda tremia, mas seu olhar estava cheio de algo novo: entrega sem reservas.
Continua...