Não podia ser qualquer um. Tinha que ser alguém confiável, alguém que despertasse o desejo, mas não quebrasse a confiança que existia entre ele e Amanda. E, talvez por obra do destino — ou da luxúria —, essa pessoa apareceu.
Na piscina térmica do hotel, numa tarde preguiçosa, Rafael e Amanda foram abordados por um casal simpático. Lúcio, de sorriso largo e voz grave, e Isabela, de olhos intensos e corpo que exalava feminilidade. Eles estavam em lua de mel e, como eles, buscavam dias de prazer, descanso e conexão.
O entrosamento foi imediato. Um brinde ali, uma troca de histórias acolá, e logo estavam marcando um jantar casual no restaurante do resort. A afinidade entre os quatro era fluida, sem esforço. Amanda se sentia à vontade com Isabela, mas não conseguia deixar de notar a postura protetora e máscula de Lúcio. Ele falava com calma, olhava nos olhos e sorria como quem sabia mais do que dizia.
Rafael, por sua vez, deixava-se envolver pela leveza provocante de Isabela. Havia algo nela que lembrava Amanda — e, ao mesmo tempo, era o oposto. Mais espontânea, mais direta, como se enxergasse dentro das intenções dele.
Durante o jantar, os olhares começaram a pesar mais do que as palavras. Rafael e Lúcio se mediam com respeito, como se reconhecessem a força um do outro. Amanda, sentada entre os dois homens, sentia o ar eletrificado.
Naquela noite, no quarto, Amanda se despiu devagar na frente de Rafael.
— Gosta da Isabela, não é?
Ele sorriu de canto, puxando-a pela cintura.
— Ela tem algo interessante... mas nenhuma mulher me tira o ar como você.
— E o Lúcio... — ela murmurou, enquanto tirava a calcinha e subia na cama — ... tem algo. Uma energia diferente.
— Percebi. — Rafael a deitou de bruços e começou a beijar sua lombar. — Mas isso só me dá mais ideias.
Amanda riu, arqueando o corpo sob o toque dele. Não sabia exatamente o que ele queria dizer, mas algo em seu tom lhe causava arrepios.
Contiunua ...