Tudo começa no banho. Eu a vejo se depilar completamente, cada movimento da lâmina revelando sua pele lisa, suave, pronta para ser tocada. A excitação dela é visível: o olhar no espelho, a respiração ligeiramente mais pesada, o sorriso malicioso que denuncia a antecipação do que virá. Eu sei que ela não se prepara para mim, mas justamente para eles – e é aí que meu corpo inteiro estremece.
Depois, vem a escolha do vestido. Sempre curtos, sempre provocantes, mostrando as pernas nuas, insinuando o que está por baixo. Quando ela se curva para calçar os sapatos, posso ver a rendinha da calcinha excitante, mínima, feita para ser retirada com pressa. Só de imaginar outro homem puxando aquela peça com os dentes, eu já duro, latejando de tesão.
Enquanto ela se perfuma, sinto o cheiro da promessa no ar. Cada borrifada é um recado silencioso: “não sou só sua”. E eu recebo essa mensagem como um presente. Vejo-a colocar o batom, ajeitar os cabelos, dar a última olhada no espelho… e sei que está pronta. Pronta para eles.
E o que me enlouquece é exatamente isso: saber que Sandra vai sair para ser possuída, usada, desejada. Que outros vão sentir aquilo que eu sinto todos os dias – e que, quando ela voltar, trará no corpo as marcas desses encontros. Eu me deito na cama imaginando cada cena, cada gemido, cada gozada que ela vai oferecer aos seus amigos. E, no fundo, sei que esse prazer também é meu, porque não existe nada mais excitante do que ser corno dela.