Era uma tarde de março do ano 2000. O calor estava ameno, mas dentro de mim queimava uma chama difícil de conter. Cada passo até o shopping era acompanhado por um turbilhão de pensamentos: medo, desejo, excitação. Tremia. As mãos úmidas, a respiração curta, o coração batendo descompassado. Não era só nervosismo. Era a vertigem de atravessar um limite que, até então, só habitava fantasias. Francisco chegou pontualmente. Alto, bem vestido, olhar firme. Não precisava de palavras para se impor a calma dele já era um convite para me render. João estava comigo, à frente, observando com aquela serenidade cúmplice que sempre me desarmava. Seus olhos diziam sem palavras: vai, eu estou aqui. Francisco sentou-se ao meu lado. Trocas breves de frases, goles de chopp, sorrisos de conveniência. Por baixo de cada gesto trivial, corria uma corrente elétrica que me percorria inteira. Até que, sem aviso, sua mão pousou em minha coxa. Primeiro suave, depois firme, como quem testa e conquista território. O vestido curto que eu havia escolhido ,propositalmente leve, já não era barreira. Os dedos avançaram, lentos, centímetros que pareciam quilômetros. Pressionaram por cima da calcinha de renda escolhida para aquele instante. Arfei, surpresa, mas não recuei. Ao contrário: abri as pernas o suficiente para deixá-lo sentir minha entrega. O corpo respondeu de imediato. Eu estava sendo tocada por outro homem, em público, enquanto meu marido assistia. João sorriu de leve, os olhos brilhando de excitação. E naquele instante compreendi: não era traição, era liberdade. Era como se ele me desse asas. Francisco não teve pressa. Brincava com os dedos por cima do tecido encharcado, em círculos lentos, quase cruéis, me deixando implorar em silêncio. Meus mamilos endureciam sob o vestido, denunciando minha rendição. O rosto ardia não de vergonha, mas da ousadia de estar ali, exposta, sendo invadida de desejo enquanto desconhecidos circulavam ao redor, sem imaginar o espetáculo secreto. Pouco depois nos despedimos, com a promessa silenciosa de que aquilo era só o começo. Francisco levantou-se tranquilo, mas deixou em mim a marca ardente do que viria. No carro, o silêncio era tão intenso quanto o que nos envolveu na mesa. João pegou minha mão, guiou-a até o volume rígido sob sua calça e perguntou baixinho: — “Você está bem?” Não soube responder. Minha pele ainda vibrava, a calcinha colada pela excitação. Não era questão de estar bem ou mal. Eu estava desperta. Era um renascimento. Como toda primeira vez, trouxe dor e prazer, mas acima de tudo, deixou em mim um gosto incontrolável de quero mais.
Faca o seu login para poder votar neste conto.
Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.
Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.
Denunciar esse conto
Utilize o formulario abaixo para DENUNCIAR ao administrador do contoseroticos.com se esse conto contem conteúdo ilegal.
Importante:Seus dados não serão fornecidos para o autor do conto denunciado.