Anuncio na revista Fiesta



Um relacionamento fora do casamento sempre foi um assunto que discutíamos com uma naturalidade excitante. Ríamos juntos, trocando olhares cúmplices, enquanto folheávamos revistas de relacionamento e comentávamos perfis curiosos, imaginando situações e fantasias que nos faziam arder por dentro. Sem pressa, decidimos arriscar: criar um anúncio, apenas para sentir a tensão do desconhecido.
Escolhemos a revista Fiesta, famosa em 1987 por publicar anúncios de casais e matérias sobre relacionamentos abertos. O anúncio era simples, discreto, mas carregado de ousadia, inspirado em Nelson Rodrigues. Usamos o codinome Sílvia e ele dizia assim:
"Sou bonitinha, mas ordinária. Tenho 23 anos, casada, modelo, e quero exibir meu corpo em todas as praias do Brasil. Minha fantasia é posar nua para fotografias mil. Quero que apreciem meu corpo com todo carinho e desejo. Tudo isso com a aprovação do meu maridão. Sílvia/Carlos – Cx. Postal 670."
Ao enviar, senti um frio delicioso na barriga. A ideia de expor nossa ousadia, mesmo que apenas em palavras, nos deixava excitados. Para nossa surpresa, as respostas vieram aos montes: centenas de cartas, das mais inocentes às mais escandalosamente ousadas.
Líamos juntos, sentados no sofá, corpos próximos, mãos se roçando de leve, rindo e suspirando com cada história. Alguns relatos insinuavam reconhecimento, como se alguém tivesse me visto em fotos anônimas, mesmo de olhos vendados. Cada envelope abria um pequeno universo de possibilidades.
Respondíamos a algumas cartas com provocações sutis, sem ultrapassar o limite do jogo. Mas entre sorrisos e toques discretos, sentíamos a chama crescer — a deliciosa sensação de que a fantasia compartilhada poderia se tornar realidade a qualquer instante.
Com o tempo, as cartas se tornaram mais ousadas. Muitos pediam fotos minhas sem vendas, algo que me deixou receosa. A ideia de me mostrar totalmente nua trazia medo de ser reconhecida, mas João, sorrindo, disse com calma:
— “Se quiser, eu confio em você. Isso só aumenta a diversão. Eu quero ver você se entregando à fantasia.”
Meu corpo respondeu antes da mente. Escolhi as calcinhas mais delicadas, posando com cuidado para que cada curva fosse registrada. Naquela época, as fotos precisavam ser reveladas em laboratório, passando inevitavelmente por outros olhos. O simples pensamento me deixava em brasa.
Enviar aquelas imagens tornou-se um ritual secreto. Cada envelope selado carregava parte de mim, e imaginar desconhecidos tocando minhas fotos me incendiava. João sempre estava por perto, me tocando de leve enquanto eu escrevia as respostas, misturando prazer real e imaginado.
Até que, entre tantas cartas, chegou uma diferente. A letra era familiar, e ao abrir, senti o coração disparar:
"Sílvia, reconheci você naquelas fotos. Não a modelo anônima, mas a mulher que eu já vi tantas vezes de perto. Estou fascinado em saber que sua ousadia vai além do que eu imaginava. Se quiser, podemos conversar pessoalmente. Você sabe quem sou. — Um amigo."
A carta caiu das minhas mãos. João a pegou, leu em silêncio e, em seguida, sorriu de um jeito que misturava surpresa e excitação.
— “Eu disse que era arriscado… mas também irresistível.” — comentou, passando a mão pelo meu quadril.
Senti meu corpo inteiro estremecer. Até aquele momento, tudo parecia um jogo protegido pelo anonimato dos correios. Mas agora havia um nome não dito, um rosto conhecido, alguém que fazia parte do nosso mundo real. A barreira entre fantasia e realidade começava a se desfazer.
João me encarou fundo, como quem mede até onde está disposto a ir, e disse em tom baixo, quase sussurrado:
— “E então? Vamos descobrir até onde essa brincadeira pode nos levar?”
Naquele instante, entendi que nossa vida íntima jamais seria a mesma.
Demorei horas até ter coragem de escrever. Relia a mensagem do “amigo” e cada palavra parecia me desnudar ainda mais. João, sentado ao meu lado, acompanhava cada frase minha com um olhar de cumplicidade, excitado e ao mesmo tempo curioso para ver até onde eu iria.
Peguei o papel, inspirei fundo e deixei que minha mão escrevesse:
"Amigo,
Sua carta me surpreendeu. Confesso que estremeci ao perceber que alguém próximo me reconheceu naquelas fotos. O risco de ser descoberta sempre me excitou, mas agora esse risco tem rosto, voz e memória.
Você diz que já me viu muitas vezes de perto. Eu também acho que sei quem é você. Sua letra não me engana. Sua presença sempre despertou em mim uma curiosidade silenciosa, um desejo guardado.
Não vou negar: o simples fato de você ter me reconhecido e escrito já me deixou molhada. Saber que seus olhos atravessaram o papel e despiram meu corpo sem véus me provoca de um jeito que nenhuma fantasia anônima conseguiu até agora.
Mas não estou sozinha nessa. João leu sua carta comigo, e enquanto lia, me tocava. Ele também deseja ver até onde podemos ir.
Se você realmente quiser, escreva outra vez. Seja claro. Diga o que imagina fazer comigo — ou melhor, conosco.
Quando terminei, minhas mãos tremiam. João selou o envelope com um sorriso malicioso, como quem sabe que um limite havia sido ultrapassado. Ao deixarmos a carta na caixa de correio, senti que não havia mais volta.
Era apenas uma questão de tempo até a resposta chegar.
Alguns dias depois, o envelope chegou. Reconheci a caligrafia antes mesmo de abrir, e minhas mãos suavam como se estivessem diante de um segredo proibido prestes a explodir. João me olhava em silêncio, quase se divertindo com meu nervosismo.
Abri a carta devagar, o coração acelerado, e li em voz baixa:
"Sim, você me reconheceu. Sou eu, Marcelo. Quantas vezes estivemos juntos em rodas de amigos, quantas vezes cruzei seu olhar e imaginei como seria sentir sua pele.
Quando vi as fotos, não tive dúvida. Reconheci seus olhos, sua boca, o jeito de inclinar o quadril. Não consegui resistir. Precisei escrever.
Saber que João leu minha carta e mesmo assim sorriu… isso só me deixou mais excitado. Vocês são diferentes de tudo que já conheci.
Não quero apenas imaginar. Quero viver. Quero estar diante de vocês, olhar nos seus olhos sem disfarces. Se vocês aceitarem, posso recebê-los em meu apartamento, com calma, sem pressa. Só nós três, sem segredos.
Prometo não ultrapassar nenhum limite. Prometo respeitar cada gesto, cada olhar. Mas também prometo que, se me deixarem, vou explorar cada pedaço de você, Sílvia, enquanto João observa.
A escolha é de vocês. Mas saibam que já estou ardendo só de escrever estas linhas.
Marcelo."
Terminei a leitura ofegante. João riu baixinho, aproximou-se do meu ouvido e murmurou:
— “Marcelo… eu sabia. E você? Quer mesmo viver o que ele escreveu?”
Minha pele queimava. O limite entre fantasia e realidade tinha acabado de ser cruzado.


Foto 1 do Conto erotico: Anuncio na revista Fiesta


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Comentários


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amominhaesposa Comentou em 04/10/2025

Hummm... não vejo a hora de ler as experiências mais gostosas de vocês

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kzdopass48es Comentou em 30/09/2025

Tesão de anúncio! Agora, conta as fodas que os anúncios renderam. S2 Betto o admirador do que é belo S2

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coroa55bh Comentou em 30/09/2025

Continuar, sempre..Caminho escolhido, vá!

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casualsomente Comentou em 30/09/2025

Maravilhoso




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Ficha do conto

Foto Perfil sandrasilva
sandrasilva

Nome do conto:
Anuncio na revista Fiesta

Codigo do conto:
243570

Categoria:
Cuckold

Data da Publicação:
30/09/2025

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
1